No início do ano em curso, em Pão de Açúcar, um grupo de pessoas
dessa comunidade realizou uma reunião que teve como foco discutir a necessidade
de uma possível candidatura a prefeito de um filho deste distrito. Essa
postulação surgiu da necessidade de reconhecimento da força política e
econômica que o distrito alcançou, sobretudo, nas duas últimas décadas.
No cenário político, na
atual legislatura o distrito detém quase a metade dos assentos na câmara
municipal e nas últimas três eleições para prefeito Pão de Açúcar foi
determinante para consolidação do grupo que hoje administra nossa cidade, sem
esquecer que já elegeu vários filhos seus no cargo de vice-prefeito (Manoel
Boneco, Lulu, Borges e Lero) e, no entanto, nunca teve o devido reconhecimento.
No cenário econômico
todo o município e toda a região tem conhecimento do potencial dessa
comunidade, haja vista as baixas taxas de desemprego, somado a uma localização
geográfica privilegiada para quem tem como principal atividade a produção e
comercialização de confecções.
Nesse contexto, teve início a busca por um nome que
tivesse o poder de agregar o máximo de forças e que realmente representasse
algo novo, com novas propostas, trazendo de volta a esperança, assim, Milton
Cícero, com sua peculiar humildade, já dizia: ”tenho coragem e determinação para
ser candidato a prefeito, mas se alguém que aqui se encontra ou que não esteja
aqui se dispor a ser candidato e agregar mais que o meu nome, saio de cena e
além de apoiá-lo vou militar para essa pessoa”.
Assim começa a nascer
o primeiro candidato a prefeito filho de Pão de Açúcar, oriundo do seio do
povo, nascido e criado nesta comunidade, autêntico representante das camadas
menos favorecidos de nossa sociedade. Esse grupo não se contentou com uma única
opção, tendo buscado outros nomes realizando reuniões com “Lero, Irmão Batata”,
dentre outros, no entanto, não houve interesse por parte destes em construir
uma alternativa, não houve disposição para arriscar, ninguém se dispôs a “sair
de sua comodidade, do seu conforto” e arriscar-se em uma nova empreitada com
resultado final incerto, em outros termos, não toparam disputar a prefeitura
representando Pão de Açúcar.
Não se deve entender
que nessa busca houve um processo de “bairrismo”, revestido de atitudes
xenofóbicas, na verdade, buscou-se um representante da comunidade que nesse
momento – a nosso ver – apresentava maior densidade político/econômica e que
trouxesse a marca da novidade, que carregasse consigo toda potencialidade da mudança.
Milton Cícero representa hoje para Pão de Açúcar e para Taquaritinga o
ressurgimento da esperança, qualidade que num futuro não tão distante poderá
estar personificada em um filho de Gravatá do Ibiapina, Vila do Socorro,
Algodão, Jerimum ou qualquer outro recanto da nossa extensa zona rural, assim
como da sede do município.
Esgotados todos os
nomes potencialmente viáveis para uma candidatura majoritária era chegado o
momento de buscar apoio, de formar uma união com todas as forças possíveis que
estivessem a disposição para construção de uma “nova Taquaritinga”. Impossível
se mostrou qualquer alternativa de composição com o grupo que atualmente
administra nossa cidade, haja vista o caráter excessivamente centralizador do
atual prefeito e da subserviência dos seus seguidores, fato comprovado diante
da total ausência de liberdade para divergência ideológica dentro do grupo e,
mesmo muito deles reconhecendo a arrogância, a prepotência e o despreparo do
atual prefeito o apoiam, por medo de mudar ou meramente por comodismo.
Na busca por apoio
batemos em todas as portas, sentamos a mesa com praticamente todas as
lideranças políticas compromissadas com o futuro desta terra e,
surpreendentemente, de onde menos esperávamos, tivemos irrestrito apoio, já que
Jânio Arruda e seu grupo político abraçaram Milton Cícero de uma maneira sem
igual, calando todos àqueles que apostavam na ausência de humildade em Jânio –
diferentemente do atual prefeito, o qual praticamente nunca deu oportunidade para
que outros nomes crescessem. É bem verdade que Jânio não é perfeito, assim como
nós também não o somos, no entanto, dentre suas qualidades deve-se reconhecer,
a partir de agora, a humildade. Vale dizer que a escolha do vice-prefeito de
Milton coube ao grupo político de Jânio, recaindo sobre Jarbas Pinto, o qual
sempre demonstrou ser um homem sério, com experiência comprovada, um gestor
excelente e que ainda muito tem a contribuir com essa terra.
Sabíamos que
enfrentaríamos dificuldades e que não estaríamos isentos de críticas, sobretudo
que tentariam – falsamente – desqualificar a candidatura de Milton, atribuindo
a ela ser desprovida de independência, que seria uma invenção de grupos
políticos há muito estabelecidos na cidade, o que não tem qualquer fundo de
verdade, como está provado; no que tange ao apoio de Jânio, deve-se reconhecer
seu peso político em Taquaritinga e que nenhuma campanha política nesse
município poderia desprezar tal apoio, o que está cabalmente evidenciado no
palanque Calabar, onde se tem comemorado excessivamente adesões com pouca ou
sem qualquer força política, a exemplo de Anália Arruda, Mendes, Zé Rinaldo,
Fabinho e Celângio.
O filho de Pão
de Açúcar, com uma história de vida e luta idêntica a de qualquer um de nós, um
homem vindo do seio povo, alimentou um sonho e talvez nunca tivesse imaginado
que seu sonho tomaria proporções colossais como as existentes hoje, na verdade,
o sonho de Milton Cícero agora é o sonho do povo de Taquaritinga do Norte e
sonho que se sonha junto se torna realidade.
* Jucelino Tavares Ferreira.
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