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terça-feira, 16 de abril de 2013

Ato terrorista na Maratona de Boston, causa mortes, amputações e centenas de feridos


As duas fortes explosões ocorreram na chegada da Maratona. Segundo a polícia, as explosões foram causadas por duas bombas "poderosas".O governador de Massachusetts, Deval Patrick, disse em uma entrevista para a imprensa que mais de cem pessoas ficaram feridas, algumas gravemente
Fotos: Reuters


Foto: Getty Images


Foto: John Tlumacki/Getty Images
Momento da explosão, quando os maratonistas retardatários alcaçavam a linha de chegada



Duas poderosas bombas, embalados com pólvora, rolamentos de esferas e estilhaços para maximizar os ferimentos nas vítimas, explodiram, quase que simultaneamente, perto da linha de chegada da Maratona de Boston, na tarde de segunda-feira, matando três pessoas. Um menino de oito está entre os mortos. O Hospital Geral de Massachusetts comunicou que estava tratando de 19 pessoas feridas, seis delas em estado grave. De acordo com a rede CNN, há 132 pessoas feridas - incluindo oito crianças.

O ato terrorista ocorreu às 14h45, horário local, (15h45 hora de Brasília) no momento em que milhares de corredores, 23.000 estavam escritos, terminavam a 117ª edição da maratona, iniciada quatro a considerada a mais antiga do mundo, disputada desde 1897. Muitas pessoas estavam no local, em clima festivo, esperando pela chegada dos corredores.

Uma rádio local informou que a primeira explosão ocorreu perto de uma loja de equipamentos esportivos e a outra próxima a uma arquibancada, na Boylston Street, altura do número 673, no centro de Boston.

Testemunhas falam ter visto feridos graves, com membros as pernas amputados, e muito sangue.

A prova deste ano era disputada por pelo menos 131 corredores brasileiros. O Itamaraty afirmou que não há registro de vítimas brasileiras.

As repercussões de segurança foram sentidas em todo o país, principalmente, em Washington aumentando a segurança no entorno da Casa Branca e em Nova York, eternamente cautelosa depois dos atendados de 11 de setembro de 2001.
Foto: Alex Trautwig/Getty Images
O esquadrão antibomba em ação no local
Nos instantes caóticos após as explosões, houve relatos de pelo menos dois outros artefatos encontrados nas proximidades. Pelo menos um deles, foi disparado, numa explosão controlada, pelo esquadrão antibomba.

Embora não haja suspeitos declarados, há versões de que um cidadão saudita, com cerca de 20 anos, estaria sendo interrogado, por que, segundo testemunhas, estava agindo suspeitamente antes da explosão.

O presidente Obama, em discurso na Casa Branca, condenou e prometeu levar os responsáveis pela explosão à justiça.

"Vamos chegar ao fundo disso", disse o presidente. "Nós vamos encontrar quem fez isso, e nós vamos descobrir por que eles fizeram isso. Todos os indivíduos responsáveis, quaisquer grupos responsáveis vão sentir o peso da justiça ".

Cautelosamente o presidente não usou a expressão terrorista, ao se referir ao incidente.

Mas, à noite, segundo as agências de notícias, a Casa Branca adotou a versão de que se tratava de um "ato de terror" e o FBI, a polícia federal americana, assumiu as investigações do caso.

Todos os anos, centenas de milhares de pessoas acompanham ao vivo a Maratona de Boston, e a maior concentração acontece perto da linha de chegada. As explosões ocorreram mais de cinco horas depois do início da prova, quando os principais atletas já a haviam concluído, mas muitos amadores continuavam correndo.


Dos 23.326 corredores que começaram a prova, 17.584 a terminaram antes das explosões.
Foto: Kem McGagh/Associated Press


Foto: Charles Krupa/Associated Press


Foto: David L. Ryan/The Boston Globe/Getty Images


Foto: Boston Globe
A Maratona de Boston é tradicionalmente realizada no Dia dos Patriotas, a terceira segunda-feira de abril. A corrida começa na localidade de Hopkinton, Massachusetts, e termina na praça Copley, em Boston.

Antes das explosões, o etíope Lelisa Desisa e a queniana Rita Jeptoo venceram as provas masculina e feminina, respectivamente, mantendo o domínio africano nessa distância.
Foto: Tyler Wakstein/ Twitter
Técnicos e peritos examinam resídios dos explosivos no local do atentado

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