JATAÚBA: Histórias da guardiã da mata Comadre Fulozinha é uma personagem mitológica do Nordeste brasileiro, é um ente mitológico um espírito fantástica e misteriosa de uma cabocla de longos cabelos, ágil, que vive na mata protegendo a investida na natureza de predadores e caçadores, é uma caboclinha que tem longos cabelos negros, que lhe cobre o corpo, ela é caminhante, brincalhona e viver na mata do nordeste brasileiro, consegue desaparecer sem deixar rastro e gosta de ser agradada com presentes, principalmente mingau, fumo e mel.
Na semana passada no distrito do Jacu, município de Jataúba, a senhora Josefa Izabel, de 72 anos como de costume saiu às três horas da tarde junto de sua netinha de apenas 6 anos, Maria Aparecida, que por sinal é muito esperta (sabida), enquanto sua avó catava galhos de árvores, Aparecida juntava um fecho(galhos de árvores) foi quando ela sentiu uma queimação forte em seu pescoço, más não percebeu nada e também não viram ninguém. Voltaram pra casa e no caminho Aparecida começou a se reclamar de uma dor na cabeça e barriga ,quando chegaram em casa, Aparecida falou a sua mãe, a senhora Maria Josefa da Silva Santos, que estava com esses sintomas ,foi ai que sua mãe percebeu que o cabelo de Aparecida que era longo e estava todo encolhido e feito uma trança, perguntou quem tinha feito aquilo em seu cabelo, ela respondeu ninguém tinha mexido nele, foi ai que dona Josefa Isabel, com sua infinita sabedoria e acreditar em mitologia falou que era a comadre Fulozinha!
A garota passou cinco dias sentindo muita dor de cabeça e febre, a mãe não conseguia desembaraçar os nós que deram no cabelo da sua filha, sem saber o quer fazer e vendo a menina sofrendo ela decidiu cortá-lo, o mais interessante dessa história foi que quando a mãe cortou o cabelo da menina, tanto a febre como a dor sumiram! Coisas da mitologia brasileira.
Algumas pessoas a confundem com Caipora (ou Caapora) ou Curupira. Tem personalidade zombeteira, algumas vezes malvada, outras vezes prestimosa. Diz-se que corta violentamente com seu cabelo aqueles que a mata adentram sem levar uma quantidade de fumo como oferenda e também lhes enrola a língua.
Ela protege a caça contra os caçadores, desorientando-os com seus assobios e fazendo com que eles fiquem perdidos na mata. Furtiva, seu assovio se torna mais baixo quanto mais próxima ela estiver, parecendo estar distante. Ela também gosta de fazer tranças e nós em crina e rabo de cavalo, que ninguém consegue desfazer, somente ela, se for agradada com fumo e mel.
Diziam alguns que a Comadre Fulozinha era uma criança que se perdeu na mata quando ainda era pequena, ela procurou o caminho de volta para sua casa, mas não achou e acabou morrendo, seu espírito passou a vagar pela floresta em busca do caminho de volta para casa.
(Por Ruy Siqueira e Collar / Blog Jataúba News)
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