Uma recomendação do Ministério Público Federal e do Ministério
Público Estadual já está dando dor de cabeça nos secretários de saúde e nos prefeitos
de Pernambuco. É que o órgão de defesa da ordem jurídica e da cidadania fez uma
recomendação aos municípios para que instalem o ponto eletrônico no trabalho de médicos e dentistas.
Resultado: Tem município que procurou atender a recomendação,
como foi o caso de Jucati e logo de saída perdeu três médicos.
A medida preocupa igualmente cidades de porte médio, como Garanhuns
e municípios menores, como Jucati, Jupi, Capoeiras e Caetés.
A recomendação do Ministério Público é bem intencionada e certamente
pretende moralizar o trabalho dos profissionais de saúde. Mas na prática poderemos
ter um colapso do sistema, que como todos sabem já funciona precariamente.
Se não houver uma flexibilização dessa medida poderemos ter
um afastamento massivo de médicos e dentistas em todas as cidades, provocando o
caos.
Na verdade não se pode querer aferir o trabalho de um profissional
de saúde pelo cartão de ponto. Um bom médico pode salvar 10 vidas em cinco minutos
e pode bater o ponto, passar oito horas no consultório ou num hospital sem produzir
absolutamente nada.
Recomendação similar a essa feita aos municípios pernambucanos
foi adotada na região de Campinas, em São Paulo, com o prazo de 180 dias para
ser cumprida.
Aqui a exigência é maior: O ponto eletrônico deve ser instituído em 30
dias, conforme o Ministério Público Federal. Provavelmente não vai dar nem para
fazer a licitação da compra de equipamentos em tempo hábil.
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