Nenhum
juiz pode agir como dono do mundo. Mesmo se for presidente do Supremo Tribunal Federal.
No Poder
Judiciário existe muita gente boa, magistrados
que honram a toga e tentam realmente fazer justiça.
Infelizmente,
existem também os corruptos (quem não se lembra do juiz Nicolau, que
desviou milhões na construção de um prédio em São Paulo?) e os arbitrários, que
abusam do poder e gostam de pisar nos subalternos.
Parece
ser o caso do juiz de Surubim, Ivan Alves de Barros, afastado do cargo por decisão
do Tribunal de Justiça do Estado, atendendo uma solicitação da Ordem dos Advogados
do Brasil, seccional de Pernambuco.
O presidente da OAB, Pedro Henrique Reinaldo Alves,
revelou
que o juiz Ivan Alves age de forma desrespeitosa e até degradante como
magistrado, tratando de forma desrespeitosa advogados, representantes do
Ministério Público e os próprios jurisdicionados.
A decisão do TJ prevê o afastamento do juiz –
que reponde a outros três processos – enquanto tramitar o procedimento
administrativo disciplinar, ou seja, até que o Tribunal conclua as
investigações sobre os fatos denunciados pela OAB.
“Com
esta decisão, o Tribunal restaura e
preserva a dignidade da magistratura em Surubim. Saio daqui orgulhoso do
nosso
Judiciário”, disse o presidente da seccional pernambucana da Ordem dos
Advogados, conforme registro do jornalista Inaldo Sampaio.
Ao expor em detalhes as arbitrariedades
cometidas pelo juiz de Surubim, Pedro Henrique relatou a perseguição a
advogados, através de decisões desfavoráveis e a intimidação mediante violência e uso de arma de fogo.
Caso
procedam todas as acusações feitas pela Ordem dos Advogados, devemos
lamentar que existam juízes com esse tipo de comportamento, manchando a
imagem de um Poder que tem a obrigação de dar o bom exemplo.
Fotos: 1) O juiz Ivan Alves de Barros; 2) O presidente da OAB-PE, Pedro Henrique
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