A convocação por parte do presidente da Câmara dos Deputados ao ministro da Educação, Cid Gomes, para que explique suas declarações de que a Casa “tem uns 400 ou 300 deputados achacadores” foi considerada insuficiente pelo líder da Oposição, deputado Bruno Araújo (PSDB-PE).
O tucano defende a demissão imediata do ministro e a solicitou, de público, à presidente Dilma Rousseff (PT), na tribuna da Câmara em sessão nesta quarta-feira (veja discurso na página do PSDB-PE no Facebook clicando AQUI).
Para Bruno, a decisão da presidente de manter ou não Cid Gomes no cargo – após graves agressões dirigidas ao Parlamento – medirá o tipo de relação que a petista pretende ter com o Legislativo.
“Se a presidente Dilma tiver noção da liturgia da relação entre os poderes, ela não estará aguardando o resultado dessa convocação unânime. Se ela tiver noção do momento de fragilidade política do seu governo, se tiver noção da gravidade econômica pela qual passa o País, se tiver respeito pela instituição parlamentar, ela demite hoje o ministro da Educação. Se não o fizer, estará fazendo uma clara opção de dizer aos seus auxiliares que relação imagina ter com o Congresso, que tem dado demonstrações claras de divergências políticas”.
No discurso, o parlamentar recorreu ao dicionário para reforçar a gravidade do termo usado pelo ministro Cid Gomes para definir a Câmara dos Deputados. “Achecador – o que achaca, indivíduo que achaca alguém, extorquindo-lhe dinheiro, ladrão, vigarista, autoridade que recebe dinheiro de gatunos, gatuno especialista em conto do vigário”.
“É essa a referência que o ministro da República faz da Casa da representação popular. Senhora presidente, mostre ao país o que a senhora pensa do Congresso. Demita o ministro e mostre sua relação com o poder Legislativo. O mantenha e diga como quer a relação com esse poder”, apelou Bruno Araújo.
Do Blog de Mário Flávio
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