ESPECIAL 62 ANOS DE SANTA CRUZ DO CAPIBARIBE
Raymundo Francelino Aragão
Um homem que é história
Raymundo Francelino Aragão, nasceu no dia 27 de setembro de 1911, filho de José Francelino Aragão e Raimunda Maria Aragão, Dona Dom. Raymundo Aragão é sem dúvidas, o herói da independência de Santa Cruz do Capibaribe.
Foi sacristão, comerciante e motorista de caminhão, transportando a produção de sua vila para a capital pernambucana.
Aos 19 anos, casou-se com Petronila Moraes, a Tunia, filha do comerciante José Moraes da Silva, tendo desta união, nascido 15 filhos, mas apenas 9 deles, se criaram:
José Moraes Aragão (Zé)
Waldenice Moraes Aragão Araújo (Dice)
Waldeny Moraes Aragão de Melo (Nininha)
Maria do Socorro Aragão Florêncio (Socorro)
Maria Auxiliadora Moraes Aragão Silva (Dôra)
Teresinha Moraes Aragão Santiago (Terezinha)
Maria das Graças Moraes Aragão Vasconcelos (Gracinha)
Raimundo Francelino Aragão Filho (Aragãozinho)
Maria de Lurdes Moraes Aragão (Lurdinha).
Raymundo Aragão nasceu líder por natureza aos 18 anos, já participou do primeiro movimento para a emancipação de sua terra natal, mostrando sua inclinação para a política. Era o ano de 1929.
Foi eleito vereador em 1936, mas seu mandato foi breve, devido a chegada do Estado Novo, onde se fecharam as Câmaras de Vereadores e o Congresso nacional.
Em 1937 já liderava o movimento emancipalista de sua vila.
Foram muitos empecilhos para Santa Cruz se emancipar, e num ato de covardia, o prefeito de Taquaritinga do Norte de 1938, rebaixou Santa Cruz a categoria de 3ª Distrito, tendo a Vila do Pará ocupado o 2º Distrito, mas Raymundo não se esmoreceu e reagiu com seus companheiros, não desistindo da luta. Ele era a esta altura a representação da bravura e pujança dos santa-cruzenses.
Neste mesmo ano de 1938, foi enviado um memorial do movimento a um Interventor Federal, mostrando a força econômica de Santa Cruz, que já possuía 1.206 habitantes, 406 casas, luz elétrica e tinha uma feira maior do que a da sede Taquaritinga do Norte. Foram tantos absurdos contra a emancipação, que até o nome da Vila de Santa Cruz trocaram: Vila do Capibaribe.
Foram várias tentativas, até que em 1947 Raymundo Aragão foi eleito mais uma vez vereador representando os interesses de sua terra. Este mandato foi até 1951.
Sempre colocando a emancipação como principal bandeira, o terceiro mandato de vereador aconteceu de 1951 a 1955.
De tanta luta, veio à vitória, e no dia 29 de dezembro de 1953, Santa Cruz foi emancipada pelas mãos do governador Etelvino Lins de Albuquerque. Era um sábado, duas horas da tarde, quando o telegrama do governador chegou às mãos de Raymundo Aragão.
TEÓFANES FERRAZ TORRES FILHO- 1953
Com Santa Cruz emancipada, foi nomeado um prefeito interino, até que a primeira eleição acontecesse. O Tenente paraibano, Teófanes Ferraz Torres Filho, foi nomeado, governando de 1953 a 1954. Ocorre que o tenente gostou do cargo e já havia colecionado amizades na cidade e resolveu disputar a eleição.
Foi um ato de coragem, pois a derrota para Raymundo Aragão era inevitável para qualquer um. O tenente se afastou da função e disputou a primeira eleição, perdendo claro.
JOÃO DEODATO DE BARROS- 1954
Com a saída do Tenente Teófanes Ferraz Torres Filho para disputar a primeira eleição, coube a João Deodato de Barros ser nomeado prefeito também interino.
O curioso é que João Deodato saiu candidato à vice na chapa de Raymundo Aragão e também a vereador, pois a lei permitia.
João Deodato foi eleito vice e também vereador. Um fato histórico e muito curioso.
RAYMUNDO ARAGÃO-1955
Herói da Independência de Santa Cruz do Capibaribe, Raymundo Aragão foi eleito 1º Prefeito constitucional do município, numa eleição de favas contatadas.
Enfrentando o tenente Teófanes Ferraz Torres Filho, Raymundo Aragão venceu fácil a primeira eleição em 1955, governando o município e implantando todas as obras estruturadoras.
Nesta eleição foram eleitos vereadores:
Situação- João Deodato de Barros, José Francisco Barbosa, Rodolfo Francelino Aragão, Inácio Abílio Aragão, Antônio Colino Irmão e Manoel Barbosa Xavier.
Oposição: Braz de Lira, João Morais da Silva e Lourival Ferreira de Moraes.
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