Não é à toa que a TV Globo anda sendo bombardeada nas redes sociais e até no New York Times.
Nas ruas também: durante o carnaval um cidadão no Rio de Janeiro foi chamado para uma entrevista ao vivo pela GloboNews e disse no ar, para constrangimento da repórter: “Não dou entrevista a Globo porque o diretor da emissora é nazista”.
Ainda no Rio, uma senhora fez ainda pior quando convidada para falar sobre o carnaval: “Ô Globo vai tomar no c...”, disparou.
Mas a emissora da maior audiência no Brasil parece que não tá nem aí para fatos como esses e as críticas que recebe dos “blogs sujos” e através das redes sociais.
Na segunda-feira de carnaval, a TV Globo boicotou sem o menor pudor o desfile da Vila Isabel, escola de samba que homenageou o ex-governador pernambucano Miguel Arraes.
A Vila levou o público do sambódromo ao delírio, principalmente por conta do samba enredo composto por Martinho da Vila para celebrar o centenário de Arraes.
Tanto a escola de samba quanto o cantor popular foram solenemente ignorados.
As outras escolas de samba foram mostradas na telinha, mas imagens da Vila Isabel não foram mostradas ao vivo, porque no horário foi exibido o educativo programa Big Brother Brasil.
O boicote ao líder político socialista foi registrado por blogueiros e jornalista nacionais conhecidos, como Francisco Castro e Paulo Henrique Amorim.
Mas essa atitude da "vênus platinada" não conseguiu ofuscar o belo desfile da Vila Isabel.
Miguel Arraes foi homenageado pela escola, festejado pelos foliões e pela mídia comprometida com a história recente do país.
E para completar o professor Paulo Freire, que trabalhou com o ex-governador, foi indicado como patrono da educação no Brasil, graças a um projeto da deputada federal Luíza Erundina (PSB).
Aprovada na Câmara, a proposta já foi sancionada pela presidenta Dilma Rousseff (PT).
Quando se trata de personagens de esquerda - caso de Arraes e Freire - a grande imprensa só tem interesse em distorcer a história ou procura criminalizar.
Líderes como Arraes, Brizola, Freire, Lula e Dilma, porém, estão no coração do povo e a história lhes fará justiça.
O mesmo não se pode dizer dos Carlos Lacerda, dos generais de 64 ou da direita envergonhada de hoje, tão bem representada pelo playboy Aécio Neves.
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