Aos 77 anos, com problemas de saúde por conta da Síndrome de Alzheimer, Marco Antônio Maciel recebeu uma justa homenagem ontem da Câmara Federal, por proposta do deputado Augusto Coutinho.
A sessão solene em Brasília foi prestigiada por políticos de diferentes partidos, como Jarbas Vasconcelos (PMDB), Armando Monteiro (PTB), João Lyra Neto (PSDB), José Agripino (DEM), André de Paula (PSD), Fernando Bezerra Coelho (PSB e Silvio Costa (PT do B).
Maciel começou a fazer política ainda quando estudante, foi deputado estadual e federal, senador, governador de Pernambuco, ministro e vice-presidente da República.
Embora tenha sido da Arena e líder do Governo Geisel na Câmara Federal, é respeitado até por setores à esquerda e em 50 anos de vida pública nunca foi divulgado que cometeu o menor deslize, sendo considerado um dos políticos mais honestos do Brasil.
Conciliador, ao lado de Ulisses Guimarães arquitetou a aliança PMDB/PFL, em 1984, que elegeu Tancredo Neves presidente da República e pôs fim ao regime militar.
Tancredo morreu antes da posse e Sarney assumiu, mas aí já é outra história...
Num momento político como este que o Brasil vive – com crises política e econômica – lideranças do porte de Ulisses Guimarães, Franco Montoro, Mário Covas, Tancredo Neves, Fernando Henrique e Marco Maciel, certamente fazem muita falta.
Alguns deles já nos deixaram e Fernando Henrique e Marco Maciel não participam mais da política como antes porque a idade ou a doença dificulta as coisas.
Em Garanhuns, Maciel sempre teve uma ligação muito estreita com o médico e ex-deputado federal José Tinoco. Tanto que é padrinho de um dos seus filhos, Jorge Branco, casado com a deputada estadual Priscila Krause.
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