O acidente vascular cerebral, popularmente chamado de derrame, é uma resposta às contínuas agressões da pressão alta nas paredes dos vasos. Reféns desse ataque sem tréguas, as artérias da cabeça não conseguem se dilatar e ficam suscetíveis a entupimentos. Nesse cenário, picos hipertensivos costumam servir de estopim para um vasinho se entupir (ou estourar), deixando de levar suprimentos a um grupo de neurônios. O AVC tem consequências trágicas: tem alto índice de mortalidade e é capaz de deixar várias sequelas, motoras e cognitivas.
Há dois tipos de AVC: o isquêmico, de longe o mais comum, é fruto direto de uma obstrução numa artéria no cérebro. Em geral, o pico de pressão alta faz um pedaço de uma placa se rasgar e navegar até um vasinho menor, que é entupido. Aí o fornecimento de oxigênio e nutrientes a uma área da massa cinzenta é parcial ou totalmente cortado. O que acontece depois? Neurônios e mais neurônios morrem.
No outro tipo de AVC, o hemorrágico, é que há um “derrame” de verdade. A pressão nas alturas agride, ao longo dos anos, os vasos no cérebro. Isso propicia a formação de balõezinhos em seu trajeto. Aí, durante uma elevação drástica e abrupta da pressão, o esforço para o sangue passar provoca a ruptura das paredes já fragilizadas da artéria. Nesse estouro, a hemorragia invade uma extensão do cérebro, arrasando um monte de células nervosas.
Tanto o AVC isquêmico como o hemorrágico são graves. Os danos à qualidade de vida vão depender justamente das áreas cerebrais afetadas – de acordo com o local, há comprometimentos à fala, à visão, à movimentação e à coordenação dos braços e das pernas… E isso quando ele não é fatal! É ou não é pra se cuidar?
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