Nem a ditadura ousou sentar na mesa do senado pra impedir uma sessão
Ao ver, no início da tarde, as senadoras Gleisi Hoffmann (PT-PR), Lídice da Mata (PSB-BA), Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM), Fátima Bezerra (PT-RN) e Regina Sousa (PT-PI) transformar a mesa do presidente do Senado num grotesco restaurante, com a cena bizarra garfando comida, conclui, mais uma vez, que não se faz mais oposição com seriedade neste País. A cena é patética. As senadoras só esqueceram um detalhe: de usar o nariz de palhaças.
Afinal, no lugar onde se encaminham as votações mais importantes da vida nacional – o Senado é a casa revisora do Congresso – as ditas cujas instalaram um picadeiro. Mas não são as primeiras nem serão as únicas. Há menos de 30 dias, deputados da oposição ocuparam também a mesa da Câmara numa atitude juvenil, mesmo tendo entre os manifestantes parlamentares idosos e que gozam do respeito dos brasileiros, como Luiza Erundina.
Uma vez foram reclamar ao saudoso Ulysses Guimarães, quando presidente da Câmara, do baixo nível do Congresso. Com a sabedoria própria da sua personalidade, respondeu:
“Está achando ruim? Então, espere o próximo”.
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