A lei de talião, do latim lex talionis (lex: lei e talio, de talis: tal, idêntico), também dita pena de talião, consiste na rigorosa reciprocidade do crime e da pena — apropriadamente chamada retaliação. Esta lei é frequentemente expressa pela máxima olho por olho, dente por dente.
Desde quando começou esta arenga no Grupo Boca Preta, de Santa Cruz do Capibaribe, que as pessoas sabiam que o desfecho faria, inevitavelmente, algumas vítimas. Alguém iria "pagar o pato", no dito popular.
A fadiga da junção Edson e Diogo, que deu ao grupo de situação da Capital da Moda, várias vitórias, entre elas a tomada da prefeitura das mãos de José Augusto Maia, líder do Grupo adversário, denominado Taboquinhas, culminou nesta cisão, que para muitos poderia ter sido adiada, mas o açodamento de apoiadores de ambos, que começaram a se incomodar com atitudes, digamos assim menores, provocou o rompimento mais rápido do que se esperava.
Quando Diogo foi acusado, isso por várias vezes, por parte do grupo Boca Preta de estar ausente nas horas mais difíceis do governo Edson Vieira, ele respondia e minimizava falando que era por causa do seu trabalho como secretário na Assembleia Legislativa e esta desculpa era aceita pela maioria. Neste momento de rompimento esta acusação volta à tona com muita força.
O apoio incondicional do prefeito Edson Vieira ao deputado federal Bruno Araújo fez com que o prefeito acompanhasse as críticas que Bruno fazia ao governo Paulo Câmara e Diogo, aliado do Campo das Princesas, ficava muito incomodado com isso. Diogo até chegou a mencionar que "pessoas na frente do governador o elogiavam e quando ele virava as costas desciam a lenha", em um discurso para a assinatura da ordem de serviço para a duplicação da BR 104.
Juntando-se a isso vieram algumas atitudes atribuídas a Diogo Moraes, que segundo pessoas ligadas a Edson foram determinantes para que o rompimento se concretizasse. A nomeação de Dimas Dantas para um cargo no LAFEPE, a substituição do Diretor do Ciretran no município e o cancelamento da nomeação para a direção da Escola José Francelino do professor Itamar Leite, marido da Vereadora Jéssyca Cavalvanti.
Edson, por sua vez, parte para a ofensiva e coloca o nome de sua esposa Alessandra Vieira como pré candidata a deputada estadual e critica abertamente as atitudes do deputado Diogo Moraes.
Estava formado o bolo, com todos seus ingredientes, para a guerra começar.
A exoneração da vereadora Jéssyca da direção da Escola Adilson Bezerra foi o fato mais comentado da semana que se passou e com isso as cobranças para que Edson contra ataque estão na boca dos principais assessores do prefeito.
Uma lista com os nomes das pessoas ligadas a Diogo e seus apoiadores, que tem cargo na prefeitura começa a ser elaborada e após o carnaval, segundo informações, quem constar da lista será afastado de suas funções. Ressalvando-se, claro, quem tem cargo efetivo.
Um professor bem conhecido por sua aproximação com o deputado poderá será a primeira vítima.
E daí por diante as outras exonerações poderão ser efetivadas.
A ordem de exonerar será do gestor e isso implicará em muitas críticas e descontentamentos, mas se não o fizer o prefeito Edson pode dar a impressão de fraqueza, não agindo como querem seus mais fieis apoiadores.
Uma citação da Vereadora Jéssyca Cavalcanti, principal defensora do prefeito Edson Vieira, dá o tom do momento: "Ou calça de veludo ou bunda de fora".
Por Jairo Gomes
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