A Prefeitura de Taquaritinga do Norte, através da Secretaria de Obras e Urbanismo, concluiu a pavimentação de mais uma rua no Distrito de Pão de Açúcar, a Rua Maria Izídia (Conhecida como rua do Bar da Fava). Os moradores do local receberam mais uma obra concebida com recursos da própria Prefeitura de Taquaritinga do Norte. A obra faz parte do maior programa de pavimentação da história do município.
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terça-feira, 29 de dezembro de 2020
Prefeitura de Taquaritinga do Norte entrega mais uma rua pavimentada em Pão de Açúcar
A Prefeitura de Taquaritinga do Norte, através da Secretaria de Obras e Urbanismo, concluiu a pavimentação de mais uma rua no Distrito de Pão de Açúcar, a Rua Maria Izídia (Conhecida como rua do Bar da Fava). Os moradores do local receberam mais uma obra concebida com recursos da própria Prefeitura de Taquaritinga do Norte. A obra faz parte do maior programa de pavimentação da história do município.
BRASIL VAI VACINAR 25 MILHÕES DE PESSOAS NO MÊS DE JANEIRO, GARANTE MINISTRO
O ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, disse, durante entrevista ao programa Brasil em Pauta, da TV Brasil, que todos os estados receberão a vacina simultaneamente. “Independentemente da quantidade da vacina, ela será distribuída igualitariamente dentro da proporcionalidade dos estados”. A entrevista com Pazuello vai ao ar neste domingo, 27, às 19h30.
A previsão do Ministério da Saúde é que 24,7 milhões de doses de vacinas estejam disponíveis em janeiro. “O cronograma de distribuição e imunização é um anexo do nosso plano de imunização”, disse Pazuello, ao acrescentar que o cronograma pode sofrer mudanças. “Você faz a previsão quando contrata, mas às vezes adianta, às vezes atrasa, e a gente vai atualizando esse cronograma.”
A expectativa de Pazuello é que alguns grupos prioritários comecem a receber a primeira dose da vacina contra a covid-19 no final de janeiro. A vacinação em massa deve começar a partir de fevereiro.
Segundo o ministro, a vacinação da população em geral deve começar cerca de quatro meses após o término da imunização dos grupos prioritários.
“São quatro grandes grupos prioritários e, após esses grupos prioritários, que a gente visualiza 30 dias para cada grupo prioritário, a gente começa a vacinar a população dentro das faixas etárias”, disse Pazzuelo. Segundo o ministro, esses 30 dias seriam suficientes para aplicar as duas doses da vacina.
Segundo o Plano Nacional de Imunização, nas primeiras fases serão vacinados grupos específicos, como trabalhadores da saúde, idosos, pessoas com comorbidades, profissionais de segurança, indígenas e quilombolas.
“Nós temos contratos firmados com quatro a cinco laboratórios, e eles vão nos dando toda essa cronologia, atualizando nosso cronograma, mas o principal número, a principal data é que até o final de janeiro nós teremos vacinas iniciais, algumas em caráter emergencial, e a vacinação em massa, já com registro, a partir de fevereiro”, disse o ministro.
Pazuello explicou que o ministério provavelmente vai receber mais de um tipo de imunizante, mas as pessoas receberão as duas doses da vacina de um mesmo laboratório, até porque são de tecnologias diferentes.
O ministro garantiu que a vacina será voluntária e disponibilizada, de forma gratuita, nas salas de vacinação em cada município.
*Fonte: Agência Brasil
A BURRICE TAMBÉM É CONTAGIOSA
O coronavírus é altamente contagioso e tudo indica que a burrice também.
Não há outra explicação para o que se vê em alguns grupos do Facebook de Garanhuns, com algumas dezenas de moradores da cidade e de municípios próximos atacando de forma grosseira o bispo da Diocese, Dom Paulo Jackson, por ter feito uma pregação defendendo a vacina contra a Covid.
Os comentários estão lá, nas tais redes sociais, com nome, sobrenomes e até fotos.
Desrespeitam totalmente o bispo, usam palavrões para defender não se sabe exatamente o quê.
Ora, Dom Paulo fez uma defesa da vida, da ciência, que pelo seu posicionamento é compatível com a fé.
Mas de 40 países já estão vacinando e no Brasil a imunização começa no próximo mês (ver matérias abaixo).
As vacinas, caros leitores e leitoras, começaram a ser estudadas no século XVIII, foram desenvolvidas a partir do século seguinte e a partir daí já salvaram milhões de vida em todo o mundo.
Antes se morria de uma simples gripe, de sarampo, de coqueluche, de febre amarela e de várias outras doenças.
Com a invenção dos imunizantes por médicos e cientistas, muitas doenças foram simplesmente erradicadas. Deixaram de existir.
O surgimento da Covid, neste final de década do século XXI, provocou uma verdadeira corrida para a fabricação de vacinas para prevenir a doença.
Investimentos pesados de bilhões de dólares foram feitos, possibilitando que num tempo relativamente curto diversos imunizantes fossem testados e tudo leva a crer que alguns já apresentam excelentes resultados.
A medicina, hoje, permite transplantes de coração, de medula, cirurgias complicadas no cérebro e vários tipos de câncer já têm cura.
Até o início do século XX, a média de vida das pessoas era de 40 anos. Hoje em alguns países é de mais de 80. Tudo isso graças à ciência, ao avanço da medicina.
E após tudo isso, depois que o homem foi à lua, inventou o telefone, o rádio, a televisão, o computador, criou a internet, muitas pessoas permanecem nas trevas, na idade média, desinformadas num mundo em que a informação e o conhecimento nunca foram tão difundidos.
Dom Paulo, certamente, não ligará para os críticos. Eles simplesmente não sabem o que fazem, o que dizem, são toupeiras humanas, merecedoras de pena.
EX-MINISTRO SÉRGIO MORO CRITICA ATRASO DA VACINAÇÃO NO BRASIL
O ex-ministro Sérgio Moro usou o Twitter para criticar o atraso da vacinação no país e chegou a questionar se o Brasil tem um presidente da República.
Moro, que ajudou a eleger Jair Bolsonaro, com seus vazamentos imorais na campanha política de 2018, foi ministro da Justiça do presidente que agora critica.
“Vários países, inclusive da América Latina, já estão vacinando seus nacionais contra a COVID-19. Onde está a vacina para os brasileiros? Tem previsão? Tem Presidente em Brasília? Quantas vítimas temos que ter para o Governo abandonar o seu negacionismo?”, isso foi o que escreveu o ex-juiz, usando a rede social.
TORCEDORES DO SANTA CRUZ SE MOBILIZAM PELA RECUPERAÇÃO DA CASA DE BACALHAU, NA BOA VISTA
A casa em que morou Jairo Mariano (Bacalhau), no bairro da Boa Vista, está em condições precárias.
Por conta disso, torcedores do Santa Cruz, o clube das multidões do Recife, estão se mobilizando para recuperar o imóvel.
Os tricolores pedem ajuda, inclusive, à direção do Santa e ao prefeito de Garanhuns. Como o mandato de Izaías termina depois de amanhã, caberá a Sivaldo decidir se faz alguma coisa nesse sentido.
Bacalhau, que morreu em 2018, era o torcedor simples do Santinha e chegou a sair de Garanhuns de bicicleta para ver seu time jogar no Recife ou em outras cidades.
O site do Jornal do Commercio publicou reportagem sobre a mobilização dos torcedores para que a casa de Jairo Mariano seja recuperada.
*Foto: NE 10.
SÍLVIO NASCIMENTO SE MOSTRA CONTRÁRIO A UM NOVO LOCKDOWN, REFORÇA AVANÇOS DO TURISMO BRASILEIRO E DESTACA VISITA DOS PREFEITOS
“EDUARDO DA FONTE VAI SER VOTADO POR UM PREFEITO E UM VICE-PREFEITO”, DIZ LULA DA FONTE AO FALAR DA PARCERIA DO PAI COM FÁBIO E HELINHO ARAGÃO EM SANTA CRUZ DO CAPIBARIBE
O presidente municipal do PP (Partido Progressista) em Recife, Lula da Fonte, em entrevista ao Blog do Alberes Xavier avaliou o resultado positivo que a sigla teve nas eleições municipais deste ano.
“Percorremos várias cidades do Agreste, Litoral e Sertão e conseguimos ter esse grande feito com a eleição de vários quadros importantes para o partido. Isso é o reflexo de um trabalho que meu pai se dedicou e que nos próximos quatro anos teremos muitos desafios para ajudar na administração desses prefeitos”, falou.
Questionado sobre a eleição de Fábio Aragão em Santa Cruz do Capibaribe, Lula reafirmou que a parceria irá se estender em 2022 e destacou que participou ativamente da campanha.
“Meu pai tem um carinho especial por Santa Cruz, pra onde já destinou mais de 10 milhões de reais sendo o deputado que mais colocou emendas em seus quatro mandatos. Eu tive a oportunidade de ver nos olhos das pessoas a insatisfação com a atual gestão. Eduardo vai ter a chance de ser votado por um prefeito e um vice-prefeito na cidade”, pontuou.
Por fim, o jovem foi perguntado se tem pretensões políticas para 2022, e deixou bem claro que vai se reunir com membros do partido para colocar seu nome à disposição.
“Sou um soldado do partido e estarei pronto para qualquer convocação que venha a ser convidado. Irei me reunir com os integrantes e em 2022, se tudo for de acordo, estaremos pleiteando uma vaga na Alepe (Assembleia Legislativa de Pernambuco) para representar os pernambucanos”, concluiu.
segunda-feira, 21 de dezembro de 2020
Paz entre Carlinhos e Fábio
Parece que finalmente vai haver paz entre o vereador Carlinhos da Cohab (PP) e Fábio (PP). O prefeito eleito procurou o vereador pra uma conversa, mostrando grandeza e humildade ao procurar quem mais defendeu o projeto de Fernando e depois o do próprio prefeito.
Na história política de Santa Cruz, nunca um prefeito foi eleito com uma bancada tão pequena, apenas quatro de dezessete vereadores. Essa novela deverá ter bons capítulos nos próximos dias e Fábio finalmente começou a entender a importância dos políticos dentro da gestão, até porque ele próprio é um politico.
A próxima prova de fogo de Fábio já será no dia da posse 01/01, onde ocorre a eleição da câmara e a bancada governista é a menor. Mas em Santa Cruz tudo pode acontecer, 6 já ganhou pra 7 e o atual presidente da câmara, Augusto Maia (PSB), também fazia parte de uma bancada de apenas três vereadores quando venceu.
Tanto Carlinhos como Augusto, por terem experiência no legislativo, deverão ser peças fundamentais na articulação dentro da câmara de vereadores em 2021, ajudando o prefeito eleito Fábio no diálogo com os demais vereadores.
VÍRUS SE TORNA MAIS PERIGOSO E TODO CUIDADO É POUCO
A pandemia parece longe de terminar. As notícias são preocupantes. Na Inglaterra o vírus apareceu com uma mutação e dizem que se tornou mais mortal. No Brasil, em São Paulo, a média de mortes por Covid se multiplicou por quatro, nos últimos sete dias.
Eram 22 mortes por dia, até 10 de novembro, e na última sexta-feira a média chegou a 88 óbitos/dia.
Assustador.
Pra quem acha que a Inglaterra e São Paulo estão distantes, é bom lembrar que ele está em todo lugar.
Em Garanhuns, já foram registrados 4.101 casos, com 83 mortes.
A esperança é mesmo a vacina, não vejo outra.
China já vacinou mais de um milhão de pessoas e não está dando reação.
Vamos torcer para que dê certo lá e em todo o mundo, para que o pesadelo acabe.
*Ilustração: Revista Exame
O NEGACIONISMO DESAFIANDO A CIÊNCIA
Por Ayrton Maciel
Há nove meses, quando os governos estaduais – em sua maioria – decretaram quarentena, lockdown e bloqueio de divisas, a vida se transformou num prolongado confronto entre o iluminismo e o obscurantismo, o misticismo e o conhecimento, o curandeirismo com medicamentos e a ciência metodológica. A ignorância sempre nega e procura desacreditar as descobertas, o conhecimento científico, particularmente na medicina – afinal, trata-se da vida, da morte, das causas e da cura -, visando a fazer prevalecer as crenças e filosofias abstratas sobre a existência humana e a relação entre a Terra e o céu ou o universo.
Em meio ao abstracionismo, surgem os que acreditam que são “messias”, que receberam “tarefas”, ou não acreditam, apenas falseiam sobre o desconhecido para manipular leigos e desinformados.
Religiões, tiranos, imperadores, conquistadores e místicos, os personagens e episódios se sucedem ao longo da história humana. A ignorância sempre foi um campo aberto a ser cultivado. A Peste Negra ou a Praga foi a pandemia mais devastadora da humanidade (75 a 200 milhões de pessoas na Eurásia, com pico na Europa entre 1347 e 1351). Causou convulsões religiosas, sociais e econômicas.
O negacionismo da ciência condenou o físico, matemático, astrônomo e filosofo italiano Galileu Galilei (1564-1642) à prisão “indefinida”. A Inquisição o acusou de heresia e a Igreja Católica o puniu com o silêncio recluso. Galileu defendia a teoria de Nicolau Copérnico de que o Sol, e não a Terra, era o centro do Sistema Solar. A Igreja sustentava que a Terra era o centro do universo. Criador do método científico, e com inúmeras contribuições à ciência, Galileu comprovou a teoria de Copérnico, mas foi condenado a renunciar publicamente a suas ideias.
O governo americano havia proibido aglomerações públicas e fechado teatros e cinemas.
A Gripe Espanhola (1918-1919), surgida em Kansas (EUA), matou 50 milhões no mundo e o combate à pandemia enfrentou o obscurantismo, a incredulidade e a ignorância. Em São Francisco (EUA), moradores rebelaram-se contra as restrições, criaram a Liga Anti-Máscara – desconfiados da sua eficácia para conter a doença – e exigiram a volta à vida normal. O governo americano havia proibido aglomerações públicas e fechado teatros e cinemas. No Brasil, os jornais – repletos de anúncios de remédios que se diziam capazes de prevenir e de curar a gripe – levam a uma demanda que obriga, no Rio, a prefeitura a tabelar preços.
Sem um sistema universal de saúde, o presidente Wenceslau Braz recorre ao sanitarista Carlos Chagas para conter a pandemia. Sob resistência de opositores a restrições, Chagas abre hospitais de campanha nas principais cidades do país, fecha as escolas, repartições públicas, restaurantes e bares, e proíbe eventos com aglomerações. No Rio, capital mais afetada, abre 27 postos nas estações de trem. Pela imprensa, inicia campanha de prevenção, como a higienização das mãos, e recomenda não se visitar pessoas doentes.
Catorze anos antes, em 1904, o Rio de Janeiro havia enfrentado o que a imprensa da época chamou de “a mais terrível das revoltas populares da República”: bondes tombados, trilhos arrancados, calçamentos destruídos por três mil revoltosos. A causa: a lei tornando obrigatória a vacina contra a varíola, numa cidade afetada também pela peste bubônica e a febre amarela. A lei da vacinação obrigatória, idealizada pelo sanitarista Oswaldo Cruz, provoca a Revolta da Vacina. Menos de duas semanas e o presidente Rodrigues Alves se vê obrigado a desistir da vacinação obrigatória. A ignorância e o obscurantismo conseguem uma vitória.
A curiosidade para descobrir e conhecer foi essencial.
Ser a favor da ciência é ser defensor da perpetuação do ser humano (os hominídeos teriam dado origem ao ser humano e surgiram há 2,6 milhões de anos). O homo sapiens há cerca de 300 mil anos. Primeiro a seleção natural, mas só o conhecimento acumulado e a ciência é que permitiram a continuidade da espécie, o seu desenvolvimento e o progresso material. A curiosidade para descobrir e conhecer foi essencial.
Ser negacionista, por questão ideológica, misticismo ou fundamentalismo religioso, é a apologia à ignorância científica – em todas as áreas do conhecimento -, é desprezar a descoberta, é obscurantismo. Por consequência, ser contra vacinas é imaginar que antes foi sempre melhor, e isso depois de 2,6 milhões de anos do aparecimento dos hominídeos. O mundo nunca foi melhor, se considerarmos as limitações da vida, o que não tínhamos e que nos melhorou ao possuirmos, resultado do conhecimento e da ciência.
Qual a vacina que já causou mortes e sequelas à população mundial? Se um anti-ciência não vai tomar a vacina, é uma decisão egocêntrica. Se decidiu mudar, e vai tomar vacina contra a Covid, mas não a chinesa (por questão ideológica ou misticismo), é ecocentrismo com preconceito. Se decidiu tomar, porém, só a americana ou a inglesa, é porque quer radicalizar as diferenças e é indiferente às consequências. Se decidiu tomar, mas só depois que muita gente tenha tomado, não tenha morrido e não tenha ficado sequelada, é porque é seguidor de apologistas “do que for pior”.
E, finalmente, se é negacionista, um anti-ciência, entretanto vai tomar a vacina contra Covid exclusivamente porque, se não tomar, não conseguirá viajar a Nova Iorque, Roma, Londres, Paris… ou não renovará o passaporte, é porque está precisando refletir sobre a importância de sua existência entre os hominídeos se houvesse nascido na Era do Pleistoceno. As vacinas chinesa, americana-alemã, inglesa, russa e qualquer outra que vier é que vão reorganizar a vida da humanidade, inclusive na economia. Tomar sem preconceito, venha de onde vier, é ser a favor da ciência.
*Ayrton Maciel é jornalista. Trabalhou no Dario de Pernambuco, Jornal do Commercio e nas rádios Jornal, Olinda e Tamandaré. Ganhador do Prêmio Esso Regional Nordeste de 1991. Escreve aos domingos para o blog Falou e Disse.
SIVALDO PRETENDE PRESTIGIAR OS QUE ESTIVERAM AO SEU LADO NA CAMPANHA
A administração de Sivaldo Albino terá um vice-prefeito do PT, o médico Pedro Veloso, e políticos ou técnicos do Partido dos Trabalhadores no primeiro e segundo escalões de governo.
Os petistas podem ainda ocupar outros espaços.
Embora o novo prefeito seja muito comedido com as palavras, pese cada decisão, dá para perceber que ele pretende prestigiar quem o apoiou na campanha e acreditou no projeto político do PSB.
Agora, quem espera participar da gestão jogando contra, fazendo pressão, tem tudo para ser solenemente ignorado.
*Foto: Thomas Ravelly.
HISTÓRIA DO BRASIL - A REVOLTA DA VACINA
Por Juliana Bezerra*
A Revolta da Vacina foi um motim popular ocorrido entre 10 e 16 de novembro de 1904 na cidade do Rio de Janeiro, então capital do Brasil. Seu pretexto imediato foi uma lei que determinava a obrigatoriedade da vacinação contra a varíola, mas também é associada a causas mais profundas, como as reformas urbanas que estavam sendo realizadas pelo prefeito Pereira Passos e as campanhas de saneamento lideradas pelo médico Oswaldo Cruz.
No início do século XX, o planejamento urbano da cidade do Rio de Janeiro, herdado do período colonial e do Império, não condizia mais com a condição de capital e centro das atividades econômicas. Além disso, a cidade sofria com sérios problemas de saúde pública. Doenças como a varíola, a peste bubônica e a febre amarela assolavam a população e preocupavam as autoridades. No intuito de modernizar a cidade e controlar tais epidemias, o presidente Rodrigues Alves iniciou uma série de reformas urbanas e sanitárias que mudaram a geografia da cidade e o cotidiano de sua população. As mudanças arquitetônicas da cidade ficaram a cargo do engenheiro Pereira Passos, nomeado prefeito do Distrito Federal. Ruas foram alargadas, cortiços foram destruídos e a população pobre foi removida de suas antigas moradias. Ao médico Oswaldo Cruz, que assumiu a Diretoria Geral de Saúde Pública em 1903, coube a campanha de saneamento da cidade, que visava erradicar a febre amarela, a peste bubônica e a varíola. Com este intuito, em junho de 1904, o governo fez uma proposta de lei que tornava obrigatória a vacinação da população. A lei gerou debates exaltados entre os legisladores e a população, e, apesar da forte campanha de oposição, foi aprovada no dia 31 de outubro.
O estopim da revolta foi a publicação de um projeto de regulamentação da aplicação da vacina obrigatória no jornal A Notícia, em 9 de janeiro de 1904. O projeto exigia comprovantes de vacinação para a realização de matrículas nas escolas, para obtenção de empregos, viagens, hospedagens e casamentos. Previa-se também o pagamento de multas para quem resistisse à vacinação. Quando a proposta vazou para a imprensa, o povo indignado e contrariado iniciou uma série de conflitos e manifestações que se estenderam por cerca de uma semana. Embora a vacinação obrigatória tenha sido o deflagador da revolta, logo os protestos passaram a se dirigir aos serviços públicos em geral e aos representantes do governo, em especial contra as forças repressivas. Um grupo de militares florianistas e positivistas, com o apoio de alguns setores civis, tentou se aproveitar do descontentamento popular para realizar um golpe de Estado na madrugada do dia 14 para o dia 15 de novembro, que, no entanto, foi derrotado.
No dia 16 de novembro, foi decretado o estado de sítio e a suspensão da vacinação obrigatória. Dada a repressão sistemática e extinta a causa deflagradora, o movimento foi refluindo. Na repressão que se seguiu à revolta, as forças policiais prenderam uma série de suspeitos e indivíduos considerados desordeiros, tivessem eles relação com a revolta ou não. O saldo total foi de 945 pessoas presas na Ilha das Cobras, 30 mortos, 110 feridos e 461 deportados para o estado do Acre.
Quando o presidente Rodrigues Alves assumiu o governo, em 1902, nas ruas da cidade do Rio de Janeiro acumulavam-se toneladas de lixo.
Desta maneira, o vírus da varíola se espalhava. Proliferavam ratos e mosquitos transmissores de doenças fatais como a peste bubônica e a febre amarela, que matavam milhares de pessoas anualmente.
Decidido a reurbanizar e sanear a cidade, Rodrigues Alves nomeou o engenheiro Pereira Passos para prefeito e o médico Oswaldo Cruz para Diretor da Saúde Pública. Com isso, iniciou a construção de grandes obras públicas, o alargamento de ruas, avenidas e o combate às doenças.
A reurbanização do Rio de Janeiro, no entanto, sacrificou as camadas mais pobres da cidade, que foram desalojadas, pois tiveram seus casebres e cortiços demolidos. A população foi obrigada a mudar para longe do trabalho e para os morros, incrementando a construção das favelas.
Como resultado das demolições, os aluguéis subiram de preço deixando a população cada vez mais indignada.
Era necessário combater o mosquito e o rato, transmissores das principais doenças. Por isso, o intuito central da campanha era precisamente acabar com os focos das doenças e o lixo acumulado pela cidade.
Primeiro, o governo anunciou que pagaria a população por cada rato que fosse entregue às autoridades. O resultado foi o surgimento de criadores desses roedores a fim de conseguirem uma renda extra.
Devido às fraudes, o governo suspendeu a recompensa pela apreensão dos ratos.
Contudo, a campanha de saneamento realizava-se com autoritarismo, onde as casas eram invadidas e vasculhadas. Não foi feito nenhum esclarecimento sobre a importância da vacina ou da higiene.
Num tempo onde as pessoas se vestiam cobrindo todo o corpo, mostrar os seus braços para tomar a vacina foi visto como "imoral". Assim, a insatisfação da população contra o governo foi generalizada, desencadeando "A Revolta da Vacina".
O médico Oswaldo Cruz (1872-1917), contratado para combater as doenças, impôs vacinação obrigatória contra a varíola, para todo brasileiro com mais de seis meses de idade.
Políticos, militares de oposição e a população da cidade se opuseram à vacina. A imprensa não perdoava Oswaldo Cruz dedicando-lhe charges cruéis ironizando a eficácia do remédio.
Agitadores incitavam a massa urbana a enfrentar os funcionários da Saúde Pública que, protegidos pelos policiais, invadiam as casas e vacinavam as pessoas à força. Os mais radicais pregavam a resistência à bala, alegando que o cidadão tinha o direito de preservar o próprio corpo e não aceitar aquele líquido desconhecido.
O descontentamento se generalizou, somando aos problemas de moradia e ao elevado custo de vida, resultando na Revolta da Vacina Obrigatória. Entre 10 e 16 de novembro de 1904, as camadas populares do Rio de Janeiro saíram às ruas para enfrentar os agentes da Saúde Pública e a polícia.
O centro do Rio de Janeiro foi transformado numa praça de guerra com bondes derrubados, edifícios depredados e muita confusão na Avenida Central (atual Avenida Rio Branco). A revolta popular teve o apoio de militares que tentaram usar a massa insatisfeita para derrubar, sem sucesso, o presidente Rodrigues Alves.
O movimento rebelde foi dominado pelo governo, que prendeu e enviou algumas pessoas para o Acre. Em seguida, a Lei da Vacina Obrigatória foi modificada, tornando facultativo o seu uso.
Revolta teve saldo de 945 pessoas presas na Ilha das Cobras, 30 mortos, 110 feridos e 461 deportados para o estado do Acre.
Movimento inspirou novelas, minisséries e até ópera. A obra "O Cientista", do maestro brasileiro Sílvio Barbato, conta a vida de Oswaldo Cruz e dedica uma cena inteira ao acontecimento.
*Fonte: https://www.todamateria.com.br/revolta-da-vacina/
Juliana Bezerra - Bacharelada e Licenciada em História, pela PUC-RJ. Especialista em Relações Internacionais, pelo Unilasalle-RJ. Mestre em História da América Latina e União Europeia pela Universidade de Alcalá, Espanha.
QUANDO O PREFEITO BRIGA COM O VICE E É DERROTADO
Prefeito brigar com o vice às vezes é um péssimo negócio. Dois exemplos disso podem ser colhidos nas eleições municipais deste ano, no Agreste de Pernambuco.
Em São Bento do Una, terra dos Valença, Débora Almeida e o seu vice, Alexandre Batité, romperam politicamente.
Resultado: Batité disputou a prefeitura pelo MDB, contra o padre Fábio (PSB), que mesmo com o apoio do poderoso grupo Almeida foi derrotado impiedosamente.
Alexandre somou 11.198 votos e Fábio ficou com 9.148, uma diferença superior a 2 mil votos.
Em Panelas, no Agreste Central, aconteceu mais ou menos a mesma coisa. Ruben de Lima (PSB), vice-prefeito, teve a coragem de se rebelar contra a prefeita do município, Joelma Campos (MDB).
Ela foi candidata à reeleição, com o apoio de Sérgio Miranda, que mandava e desmandava em Panelas há duas décadas.
O vice derrotou até algumas pesquisas que apontaram ele atrás. Ruben somou 8.640 votos e Joelma 6.672.
Em Garanhuns, na eleição de 2016, Izaías Régis estava brigado com a vice Rosa Quidute. Como estava muito forte escolheu um vice do seu gosto, Haroldo Vicente, e deu um banho nas urnas.
Este ano, porém, Haroldo foi vice na chapa de Silvino e não ajudou muito. Candidatos governistas foram derrotados pelo deputado Sivaldo Albino que no dia primeiro de janeiro toma posse como novo prefeito.
Quando o vice é forte, faz feito Alexandre e Ruben e se dá bem. Haroldo não teve coragem de romper com Izaías, quando foi humilhado, preferiu continuar na sombra e naufragou junto com Silvino.
DIRETOR DA ANVISA ALEX CAMPOS FALA SOBRE A AUTORIZAÇÃO DO USO EMERGENCIAL E TEMPORÁRIO DA VACINA CONTRA COVID-19
DIRETO DE BRASÍLIA — “Esse é o maior desafio da minha vida profissional”, revelou o recém-empossado diretor da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), Alex Campos, ao Cidade em Foco da Rede Agreste de Rádios e ao Blog do Alberes Xavier.
PREFEITO ELEITO ROBERTO ASFORA, VICE-PREFEITO RUBIENO E VEREADORES SÃO DIPLOMADOS PELA JUSTIÇA ELEITORAL
A Justiça Eleitoral realizou nesta manhã (17) a diplomação do prefeito eleito de Brejo da Madre de Deus, Roberto Asfora (PL), vice-prefeito, Rubienho Catanha (PL) além dos vereadores que vão ocupar a Casa José Cupertino de Souza.
CANTOR SERTANEJO EDUARDO COSTA DEMONSTRA ARREPENDIMENTO POR TER APOIADO BOLSONARO
Mais um cantor veio a público para fazer autocrítica pelo apoio a Jair Bolsonaro, na eleição de 2018.
Desta vez foi o sertanejo Eduardo Costa, que numa entrevista à rádio Jovem Pan de São Paulo confessou ter se arrependido do apoio fervoroso ao atual presidente.
“Hoje eu não apoio ninguém, só quero ver meu país melhor. Naquela época eu saí da casinha porque estava revoltado com a situação do país. Coloquei para foder nas minhas redes sociais, comecei, inclusive, a falar de política de uma forma agressiva. Percebi que conseguimos eleger um político usando nossa influência como artista, mas não conseguimos tirá-lo de lá”, disse o cantor.
Eduardo mudou seu posicionamento político e disse que estudou muito para deixar a ignorância de lado. “É muito triste ver que eu tentei transformar a minha opinião em realidade, a discordância política é maravilhosa. Através desta minha reflexão, comecei a gostar de algumas coisas da esquerda. Por exemplo, o pessoal da esquerda é mais corajoso, tem mais peito, é um pessoal que chega e faz”, pontuou na entrevista.
“O povo brasileiro paga um preço muito caro por votar mal. Isso não significa que eu voto bem. Votamos, colocamos o cara lá e só depois vemos a besteira que fizemos”, desabafou o artista. Poucos dias atrás, o cearense Raimundo Fagner fez o mea culpa por ter apoiado Bolsonaro.
Prefeitura de Taquaritinga do Norte recebe troféu do Unicef
terça-feira, 15 de dezembro de 2020
SIVALDO ALBINO PARTICIPA DE SEMINÁRIO DE PREFEITOS ELEITOS, EM GRAVATÁ
Prefeito eleito de Garanhuns, Sivaldo Albino (PSB) tem contado com agenda cheia nas últimas semanas. Já esteve fazendo uma série de contatos em Recife e Brasília, inclusive em ministérios, em busca de investimentos para o município. Tem agilizado também a montagem de sua equipe e acompanhado de perto o trabalho da equipe de transição. No domingo esteve presente na partida que levou o Sete de Setembro de Garanhuns de volta à primeira divisão do Campeonato Pernambucano de Futebol, em 2021.
Nesta segunda-feira, Sivaldo Albino participou de um importante evento de formação e troca de experiências. A AMUPE realizou no Hotel Canáriu's, em Gravatá, o Seminário para Novos Gestores, sob o comando de José Patriota, presidente da Associação Municipalista de Pernambuco.
Da programação, Sivaldo Albino destacou a palestra do Dr. Dimas Tadeu Covas, diretor do Instituto Butantan, de São Paulo, que versou sobre a crise sanitária, os avanços das pesquisas e a vacina que vem sendo produzida no laboratório paulista, a CoronaVac, em parceria com o laboratório chinês SinoVac. O Governador Paulo Câmara, que participou por videoconferência, parabenizou os futuros prefeitos, destacando a importância das parcerias entre o Estado e os municípios para o futuro de Pernambuco. Albino aproveitou o evento justamente para aproximar relações, formar parcerias e trocar experiências exitosas com instituições, órgãos públicos e privados que possam agregar investimentos em Garanhuns, a exemplo do encontro com Rodrigo Novaes, Secretário de Turismo de Pernambuco, e ex-colega de bancada na Assembleia Legislativa.
O seminário da AMUPE segue nesta terça-feira. Já na quarta e quinta, Sivaldo Albino cumpre agenda de compromissos na ALEPE e no Palácio do Campo das Princesas, contando inclusive com reuniões com secretários de estado.
*Vox Comunicação
EDITORIAL DA FOLHA CHAMA BOLSONARO DE ESTÚPIDO, DELINQUENTE E ASSASSINO
Jornal Folha de São Paulo e Portal UOL publicaram um editorial arrasador em cima do presidente Jair Bolsonaro.
Segue o texto da imprensa paulista:
Passou de todos os limites a estupidez assassina do presidente Jair Bolsonaro diante da pandemia de coronavírus. É hora de deixar de lado a irresponsabilidade delinquente, de ao menos fingir capacidade e maturidade para liderar a nação de 212 milhões de habitantes num momento dramático da sua trajetória coletiva. Chega de molecagens com a vacina!
Mais de 180 mil pessoas morreram de Covid-19 no Brasil pela contagem dos estados, subestimada. A epidemia voltou a sair do controle, a pressionar os serviços de saúde e a enlutar cada vez mais famílias. Trabalhadores e consumidores doentes ou temerosos de contrair o mal com razão se recolhem, o que deprime a atividade econômica. Cego por sua ambição política e com olhos apenas em 2022, Bolsonaro não percebe que o ciclo vicioso da economia prejudica inclusive seus próprios planos eleitorais.
O presidente da República, sabotador de primeira hora das medidas sanitárias exigidas e principal responsável por esse conjunto de desgraças, foi além. Sua cruzada irresponsável contra o governador João Doria esbulhou a confiança dos brasileiros na vacina. Nunca tão poucos se dispuseram a tomar o imunizante, segundo o Datafolha.
Com a ajuda do fantoche apalermado posto no Ministério da Saúde, Bolsonaro produziu curto-circuito numa máquina acostumada a planejar e executar algumas das maiores campanhas de vacinação do planeta. Como se fosse pouco, abarrotou a diretoria da Anvisa com serviçais do obscurantismo e destroçou a credibilidade do órgão técnico.
Abandonada pelo governo federal, a população brasileira assiste aflita ao início da imunização em nações cujos líderes se comportam à altura do desafio. Não faltarão meios jurídicos e políticos de obrigar Bolsonaro e seu círculo de patifes a adquirir, produzir e distribuir a máxima quantidade de vacinas eficazes no menor lapso temporal.
O caminho da coerção, no entanto, é mais acidentado e longo que o da cooperação entre as autoridades federais, estaduais e municipais. Perder tempo, neste caso, é desperdiçar vidas brasileiras, o bem mais precioso da comunidade nacional.
Basta de descaso homicida! Quase nada mais importa do que vacinas já —e para todos os cidadãos.