Papa Francisco deve receber o ex-presidente Lula no Vaticano, num encontro intermediado pelo atual presidente da Argentina, Alberto Fernández.
O próprio dirigente argentino já revelou à imprensa internacional que esteve com o líder católico e este concordou em ter uma conversa com o brasileiro quando este for a Roma.
Francisco, que sofreu com atos da ditadura militar argentina, na década de 70, se mostrou simpático a luta de Luiz Inácio da Silva quando este estava preso, chegando a escrever uma carta para se solidarizar com ele, chegando a pregar que a justiça terminaria por ser feita.
Quanto a Fernández, desde a campanha eleitoral deu demonstrações de apreço pelo político petista e quando venceu a disputa em seu país uma de suas primeiras manifestações foi ecoar o grito de "Lula Livre".
A eleição de Alberto Fernández não agradou ao presidente Bolsonaro, que se recusou a ir a posse do presidente da Argentina, quebrando uma tradição de bom relacionamento entre os dois países da América do Sul.
É possível que o encontro de Lula com o papa gere críticas e aborrecimento entre os integrantes do governo brasileiro, mas tanto Francisco quanto Fernández não devem estar preocupados com reações à direita.
O chefe da Igreja Católica e o dirigente argentino têm deixado muito claro sua aversão aos regimes ditatoriais e a toda forma de fascismo, se posicionando a favor da justiça, dos direitos humanos e da democracia.
*Na foto do G1 o presidente Alberto Fernández no recente encontro com Francisco.
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