Sérgio Moro está de olho na eleição presidencial de 2020.
Como a esquerda está quieta, sem nome definido para a disputa de daqui a três anos e meses, o Ministro da Justiça é hoje o principal nome a ameaçar a reeleição de Bolsonaro.
Ele nega ter essa pretensão, é claro, até porque se admitisse seria demitido do cargo antes do previsto.
Mas a relação dos criminosos mais procurados do país, divulgada ontem por Moro, com direito a chamada no Jornal Nacional, não passa de marketing, principalmente porque a imagem do ex-juiz já foi chamuscada pelas revelações do The Intercept e outros veículos de imprensa.
Até O Globo da família Marinho dia desses publicou um editorial com críticas ao ministro.
Moro, evidentemente, vive uma relação complicada com o presidente. Este tem humilhado o subordinado em algumas ocasiões. O carrasco de Curitiba, frio como uma geladeira no polo norte, aguenta as cacetadas e nem pensa em largar o osso.
Precisa do cargo para viabilizar seu projeto de poder, que começou lá atrás, com a perseguição do PT e ao presidente Lula, às empresas nacionais e a tudo que cheirasse a esquerda.
Tucanos, democratas (do DEM), empresas estrangeiras e outros foram poupados, a Globo transformou um homem comum – que nem sabe as regras mínimas do bom português – em Super Herói e ele aí está, forte, um perigo à esquerda e à direita.
Bolsonaro bem que queria demitir o ministro incômodo já este ano, mas vai ter de aguentá-lo ainda durante um tempo, pois Moro continua com a popularidade em alta e o capitão pode perder muitos votos se livrar-se dele agora.
Sérgio Moro é tão ardiloso que na sua lista de criminosos procurados não incluiu ninguém ligado ao clã Bolsonaro, como o capitão Adriano da Nóbrega, acusado de comandar uma milícia perigosa no Rio de Janeiro.
A direita está forte no Brasil. Tem Bolsonaro, Sérgio Moro e ainda podem ser candidatos o governador João Dória e o apresentador Luciano Huck.
Não são tão diferentes entre si. Talvez um fale melhor, outro se vista com mais esmero, um terceiro tenha modo mais refinados.
Mas todos representam o ideário das elites, que desde o descobrimento estão mais é se lixando para o populacho.
Quatro anos em política é uma eternidade e temos quase esse tempo até a eleição presidencial.
Até lá, tudo pode acontecer, até as esquerdas acordarem e apresentaram um nome com chances de enfrentar os engomadinhos da direita.
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