Apontado como um dos principais articuladores da invasão golpista em Brasília, o cantor evangélico Salomão Vieira de Jesus foi denunciado por aplicar golpes na comercialização de passagens aéreas. O caso foi revelado pela CBN em 2019.
Salomão aparece em diversos vídeos nas redes sociais convocando bolsonaristas radicais para o movimento que invadiu Brasília. Imagens postadas por ele também dão conta de gastos superiores a 10 mil reais, para itens como cobertores para apoiadores que estavam acampados em atos bolsonaristas.
Salomão foi investigado em 2019 por oferecer passagens aéreas mais baratas com a justificativa da utilização de milhas de cartões de crédito. No entanto, as passagens nunca foram entregues aos compradores. Relatos de todo o país surgiram e, na época, a CBN teve acesso a mensagens de Salomão oferecendo os bilhetes. Um grupo de mais de 70 vítimas estimou um prejuízo de cerca de 700 mil reais.
Salomão teve a conta dele no Instagram banida após os atos antidemocráticos. Por meio de uma nova rede social privada, o cantor Salomão Vieira de Jesus disse que não se envolveu em depredações.
O Ministro da Justiça, Flávio Dino, afirmou neste domingo que está sendo realizado um trabalho de inteligência para encontrar todos os envolvidos nos atos terroristas, especialmente dos financiadores. Ministros do STF também se manifestaram afirmando que haverá punições para todos que participaram.
Já se sabe que entre as pessoas já identificadas por participarem da invasão estão um ex-vice-prefeito e funcionários públicos de várias partes do país.
Um deles é Marcos Alexandre Mataveli de Morais, ex-vice-prefeito de Pancas, Noroeste do Espírito Santo. Ele gravou e divulgou um vídeo dentro do Palácio do Planalto.
A ex-primeira-dama da Paraíba, Pâmela Bório, também integra a lista. Pâmela é ex-esposa do ex-governador Ricardo Coutinho.
Um dos servidores já identificados neste momento é Erlon Ferrite. Ele é chefe do setor de ambulâncias da Prefeitura de Penápolis, em São Paulo. Erlon inclusive aparece em um vídeo que circula as redes sociais chutando um busto de bronze no STF. A reportagem solicitou uma posição da prefeitura e ainda aguarda retorno.
Nas redes sociais, movimentos populares têm tentado identificar e apontar os extremistas que invadiram Brasília neste domingo. Um dos perfis é o "Contragolpe Brasil", que publica imagens dos rostos que aparecem nos vídeos e conta com ajuda de mais de 700 mil seguidores pelo país para chegar aos nomes. I Ministério da Justiça também lançou uma ferramenta de denúncias: denuncia@mj.gov.br
Com informações do site da CBN
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