Só fui conhecer James Dean pouco tempo atrás, já tendo completado 66 anos.
Mas escuto falar dele na TV, no cinema, leio sobre ele nos jornais e revistas desde criança.
O ator morreu em 1955, dois anos antes do meu nascimento. Mas o vi bonito, cheio de vida, nos três filmes que assisti recentemente, e o levaram ao estrelato.
Em "Vidas Amargas" é como se Dean estivesse interpretando ele mesmo. Cal, um garoto triste, atormentado, sofre com a discriminação descarada do pai, que demonstra claramente a preferência pelo irmão Aaron.
Além disso, o rapaz imagina que a mãe morreu há muito tempo, até descobrir que ela está viva, na verdade fugiu do marido excessivamente dominador.
James volta a interpretar um adolescente rebelde em "Juventude Transviada", seu filme mais popular. Um trabalho ainda hoje atual, ao retratar a vida dos "rebeldes sem causa", jovens perdidos, em conflito com os país, mesmo tendo boa condição financeira.
"Assim Caminha a Humanidade" é um clássico e neste filme James Dean teve a oportunidade de fazer um papel mais adulto, fugir do estereótipo de adolescente revoltado ou incompreendido.
Este terceiro longa foi lançado nos cinemas após a morte do ator, num acidente automobilístico.
Tinha apenas 24 anos, fez poucos filmes, porém virou uma lenda do cinema americano e mundial.
Assim como Marylin Monroe, que morreu aos 36, James foi eternizado pelos filmes, como galã que foi, pelos papéis com os quais tantos jovens, de gerações e gerações à frente se identificaram.
A arte tem este poder: de manter vivos os escritores, cantores, atores, artistas plásticos.
Nasci dois anos depois da morte de James Dean e o conheço um pouco. Quando Marylin nos deixou eu tinha apenas cinco anos. Mas não esqueço seu corpo escultural, seus olhos grandes, sua boca sensual.
Pode-se esquecer com facilidade um grande empresário, um político, um gerente de banco ou até mesmo um professor ou professora - tão importantes na nossa vida.
Não é tão fácil, contudo, esquecer a existência de Ludwig Beethoven, Fiódor Dostoiévski, Pablo Picasso, Marylin Monroe, James Dean ou brasileiros como Machado de Assis, Érico Veríssimo, Elis Regina e Antônio Carlos Belchior.
Foi um prazer, James Dean!
Retratado de forma encantadora, numa canção da cearense Mona Gadelha.
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