João Campos (PSB) ainda nem se reelegeu prefeito do Recife, mas já está com os olhos voltados para 2026, quando teremos eleição para governador de Pernambuco.
O prefeito da capital e a governadora Raquel Lyra (PSDB) já estão movendo as peças no xadrez político, ela pensando em garantir um segundo mandato, ele em tirar ela do Palácio das Princesas.
No último lance desse embate antecipado, a ex-prefeita de Caruaru atraiu para seu lado o ministro André de Paula e o PSD, nomeando a filha deste, conhecida como Cacau de Paula, como secretária de Cultura do Estado.
Rápido no gatilho - e aqui vai uma analogia com os filmes de faroeste - João nem acusou o baque. Se aliou a um político mais forte ainda, eleitoralmente, do que André de Paula.
O prefeito do Recife simplesmente somou ao seu grupo Miguel Coelho, que governou Petrolina mais de seis anos e disputou a eleição passada, obtendo boa votação.
Caso João Campos se reeleja prefeito logo no primeiro turno, como as pesquisas indicam, imediatamente vai virar pré-candidato ao governo.
Com duas vagas ao senado, o socialista poderá montar uma chapa muito competitiva: quem sabe o próprio Miguel disputando uma dessas vagas e Marília Arraes a outra.
Impossível João e Marília juntos? Ora, senhores e senhoras, é política. Quem diria que Lula e Alckmin, que se atacaram durante anos, iriam se juntar numa chapa para ganhar a eleição?
Estamos apenas desenvolvendo um raciocínio. Muita coisa ainda vai rolar até 2026, passando por 2024, mas tudo é possível.
Raquel pode ser boa política. Mas esse "menino" aí, João Campos, filho de Eduardo e bisneto de Miguel Arraes é habilidoso demais, jeitoso demais, além de bom administrador, como tem mostrado no Recife.
Aguardemos as cenas dos próximos capítulos.
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