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segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

Alckmin age para pôr fim à era Serra no Bandeirantes

Foto: divulgação
O governador eleito de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), engrena um profundo rearranjo na administração estadual e tenta impor, tacitamente, um rompimento com a estrutura serrista no Palácio dos Bandeirantes. Das 26 secretarias paulistas, o tucano decidiu mudar o comando de sete e extinguir uma. Ele estuda, ainda, emplacar nomes de sua lavra em pelo menos 13 pastas, liquidar a existência de mais duas e criar outras três.
Até agora, a equipe de transição de Alckmin resolveu extinguir a Secretaria de Ensino Superior e pretende decretar o fim da pasta de Relações Institucionais, considerada "inócua" pelos alckmistas. Ambas foram criadas pelo ex-governador José Serra (PSDB). Para substitui-la, a transição avalia recriar a Secretaria de Governo e Gestão Estratégica, para articulação interna. Um dos nomes cotados para a tarefa é o atual secretário de Cultura, Andrea Matarazzo.
Outra secretaria que pode ser extinta é a de Comunicação, cujas atribuições, em forma de coordenadoria, poderiam ser repassadas à nova pasta de Governo ou à Casa Civil, comandada por Sidney Beraldo, chefe da transição tucana. Serão criadas, em contrapartida, a Secretaria de Turismo, desmembrada da atual pasta de Esporte e Lazer, com vistas à Copa do Mundo de 2014, e a de Gestão e Desenvolvimento Metropolitano, para coordenar o guarda-chuva de infraestrutura estadual.
Contra-ataque
Essa reconfiguração do Palácio dos Bandeirantes, contudo, depende do intrincado tabuleiro de xadrez que está à frente de Alckmin. Uma das peças que mais luta por espaço é o grupo serrista, que contra-ataca às movimentações. A ala fiel a José Serra pressiona, por exemplo, para emplacar o atual governador Alberto Goldman (PSDB) e mais dois secretários - Mauro Ricardo (Fazenda) e Luiz Antônio Guimarães Marrey (Casa Civil) - no tabuleiro.
A manutenção de espaço serrista passa ainda pela Secretaria de Segurança Pública, tocada atualmente por Antonio Ferreira Pinto. O principal nome alckmista que poderia sucedê-lo, Saulo de Castro Abreu Filho, foi indicado para Transportes.

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