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domingo, 5 de dezembro de 2010

FHC e Cabral defendem, no mesmo dia, a legalização da maconha. Está no ar uma campanha suprapartidária?

O governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral, afirmou que vai levar à presidente eleita, DilmaRousseff, a ideia de defender em fóruns internacionais "uma discussão" sobre a legalização planetária das drogas leves. Em entrevista à Folha e à RedeTV!, ele disse que "a repressão pura simples não tem sido inteligente" e que "a proibição leva a mais prejuízo do que uma ação inteligente do poder público". Cabral ressalvou que a legalização das drogas não poderia ser adotada por um único país, mas por um conjunto de países. "Isso tem de ser discutido na ONU e no G-20 [grupo das 20 maiores economias]", disse ele. "É um tema que merece a atenção dos chefes de Estado." Na visão do governador, uma experiência poderia ser feita com a maconha. Para ele, a repressão às drogas mata "inocentes" e demanda um "gasto" que poderia ser aplicado em outras áreas.

Agora vejam o que FHC disse em sua coluna mensal, publicada pelos maiores jornais do Brasil, intitulada "Golaço do Rio", onde rasga elogios ao governo federal, estadual e municipal e, lá no meio, também defende a legalização das drogas:

Se agora, no Rio de Janeiro, as ações combinadas das autoridades políticas e militares abriram espaço para um avanço importante, é preciso consolidá-lo. Isso não será feito apenas com a presença militar, a da Justiça e a do Estado. Este está começando a fazer o que lhe corresponde. Cabe à sociedade complementar o trabalho libertador. Enquanto houver incremento do consumo de drogas, enquanto os usuários forem tratados como criminosos e não como dependentes químicos ou propensos a isso, enquanto não forem atendidos pelos sistemas de saúde pública e, principalmente, enquanto a sociedade glamorizar a droga e anuir com seu uso secreto indiscriminadamente, ao invés de regulá-lo, será impossível eliminar o tráfico e sua coorte de violência. A diferença entre o custo da droga e o preço de venda induzirá os bandos de traficantes a tecer sempre novas teias de terror, violência e lucro.
Sem que o Estado, inclusive senão que principalmente no nível federal, continue a agir, a controlar melhor as fronteiras, a exigir que os países vizinhos fornecedores de drogas coíbam o contrabando, não haverá êxito estável no controle das organizações criminosas. Por outro lado, sem que a sociedade entenda que é preciso romper o tabu e veja que o inimigo pode morar em casa e não apenas nas favelas e se disponha a discutir as questões fundamentais da descriminalização e da regulação do uso das drogas, o Estado enxugará gelo. Ainda assim, só por liberar territórios nos quais habitam centenas de milhares de pessoas, o Rio de Janeiro enviou a todos os brasileiros um forte sinal de esperança

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