Sérgio Lima/FolhaO deputado Jader Barbalho (PMDB-PA) renunciou nesta terça (30) ao mandato de deputado federal.
Bate em retirada a um mês do término da legislatura.
Figurinha carimbada da política nacional, Jader não estará no Congresso a partir do ano que vem.
Sua foto foi arrancada do álbum pela Lei da Ficha Limpa.
Barrado pela Justiça Eleitoral, Jader foi às urnas agarrado a um recurso judicial.
Elegeu-se com 1,8 milhão de votos. Porém...
Porém, ao julgar o recurso que assegurara a Jader o direito de pedir votos, o STF confirmou o veto higiênico.
É sobre esse pano de fundo que Jader renuncia. Em carta dirigida à Câmara, ele anotou:
"A vontade do povo paraense rejeitou a decisão do TSE –pela inelegibilidade da minha candidatura”.
Alheio às “barbalhidades” que o fizeram um ficha suja, Jader queixou-se da imprensa e dos adversários:
“A campanha jornalística odiosa com que meus inimigos atentaram contra meu nome como candidato, por todos os meios midiáticos possíveis, inclusive, panfleto”.
Manteve as lanças erguidas:
"Retorno ao Pará para empreender minha luta, ainda acreditando na via judicial para corrigir a violência política de que sou vítima em plena democracia”.
Enxerga do seu lado “1,8 milhão de paraenses, brasileiros, que não têm dúvida quanto à minha elegibilidade e me escolheram como seu senador da República".
A carta de Jader já foi lida no plenário da Câmara. Vai agora à publicação no Diário do Congresso. A impressão consumará o ato.
A lamentar apenas o fato de Jader ter demorado tanto a renunciar. No mais, sua ausência preencherá na Câmara uma lacuna.
Eleito em 2006, Jader faltou à maioria das sessões deliberativas. Absteve-se de comparecer a cerca de 60% das sessões.
Membro de uma mísera comissão, não deu as caras em nenhuma reunião. Não proferiu um mísero discurso em plenário. Não apresentou um escasso projeto.
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