Apu Gomes/FolhaCaiu a última ameaça à posse de Tiririca (PR-SP). O palhaço-deputado livrou-se da acusação de falsidade ideológica.
Aliviou-o o juiz Aloisio Silveira, da 1ª Zona Eleitoral de São Paulo. Para ele, Tiririca provou que dispõe de noções básicas de leitura e escrita.
Tomado pelo despacho, o juiz não enxerga em Tiririca um erudito. Mas acha que a cultura que coube dentro dele é suficiente.
"A Justiça Eleitoral tem considerado inelegíveis apenas os analfabetos absolutos, e não os funcionais", anotou o magistrado.
Algoz de Tiririca, o promotor Maurício Lopes acusava-o ter anexado ao registro de sua candidatura uma declaração falsa.
Manuscrito, o documento serviria para atestar a alfabetização do candidato. Quem redigiu, porém, foi a mulher de Tiririca.
Os advogados do neo-deputado alegaram que, graças a um acidente na mão, o cliente não consegue encostar o dedo indicador no polegar.
Por isso, Tiririca teria solicitado a ajuda da mulher na hora de redigir a declaração à Justiça Eleitoral.
Fiando-se nos testes a que Tiririca se submeteu, o juiz considerou-o dotado de "um mínimo de intelecção do conteúdo do texto, apesar da dificuldade na escrita".
Incorporou à sentença a tese de que Tiririca tem "certo comprometimento de seu desenvolvimento motor”.
Menciona “parecer técnico” levado aos autos pela defesa. A despeito disso, anotou o juiz, Tiririca “demonstrou disposição para a escrita."
Se quiser, o promotor Maurício Lopes pode recorrer da decisão. Não o fará, porém, sem refletir um par de vezes.
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