O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva já volta à cena no dia 10 de fevereiro, num evento que marca os 31 anos do PT. O partido lhe devolverá, simbolicamente, a presidência de honra. Todo mundo sabe quem manda lá. É o Babalorixá de Banânia. Mas o ritual é importante. Lula precisa presidir alguma coisa, nem que seja clube de futebol de botão. Na carta-convite enviada aos parlamentares, José Eduardo Dutra, presidente da legenda, diz que a presença da presidente Dilma Rousseff é apenas “provável”.
Vamos ver. Pode ser um encontro interessante, especialmente se Lula decidir jogar conversa fora, como foi hábito nos oito anos em que governou o país. As duas mitologias a que me referi num texto de ontem podem se encontrar, estreitando-se, como diria o poeta, num abraço insano: a fanfarronice dele e a dita austeridade dela.
É claro que a devolução simbólica poderia se dar sem uma solenidade pública. Mas certamente o Apedeuta exige um evento, o que evidencia o controle que ele tem do partido - e, pois, de uma fatia considerável da República. No governo Dilma, não custa lembrar, o peso dos petistas é maior do que era no governo do próprio Lula.
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