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quinta-feira, 6 de janeiro de 2011

Promoções eleitoreiras são ponta de iceberg. Conselho Nacional do MP deve fazer correição em Pernambuco


Tudo que os promotores não queriam, no período eleitoral para o cargo máximo do órgão, era mostrar a ‘face ruim’ da instituição. No entanto, virada a página do voto, os fatos devem vir à tona com mais facilidade.
Neste sentido, o que a Globo Nordeste revelou hoje pode ser apenas a ponta de um iceberg. É o que dizem os próprios promotores do órgao, sob reserva.
Ainda na campanha, o Núcleo Integrado de Repressão ao Crime Organizado (Nirco), um dos órgãos que compõem a inteligência do MP, informou aos candidatos que o MPPE iria ser objeto de uma correição (ampla investigação realizada pela corregedoria) em janeiro ou fevereiro, logo após a conclusão de um trabalho de investigação semelhante no MP de São Paulo, onde foram encontradas irregularidades. O Nirco investiga todo mundo, mas não tem competência para investigar o chefe, no caso, Varejão. Até hoje, só correram correições em São Paulo e antes, no Piauí, onde foi uma festa.
“O MPPE hoje está sendo gerido como uma prefeitura do interior”, reclama um promotor, pedindo anonimato.
Além dos 27 nomes citados na reportagem da Rede Globo, de acordo com as denúncias internas, outros 25 nomes de promotores teriam sido nomeados agora em dezembro, com os nomes no Diário Oficial, embora as comarcas não tenham sido sequer indicadas ainda.
Antes destas, ao longo dos últimos meses, mas de forma espaçada, teriam saído 50 portarias com teor semelhante.
Estas nomeações eleitoreiras teria criado um buraco no sertão, trazendo gente para a capital em troca de votos nos candidatos oficiais. A situação, para alguns, seria uma forma de abuso de poder, prejudicando a própria eleição.
“É uma imoralidade. Os candidatos da situação já saírarm com uma centena de votos no bolso”, reclama uma fonte do MPPE

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