Tudo começou como uma possível e despretensiosa aliança entre um político dissidente e um partido disposto a abrigá-lo. No desenrolar das negociações, avolumaram-se as pretensões e as possibilidades. Ao final, segundo a Veja essa provável “aliança Kassab e Campos, engordará a base aliada do governo e poderá provocar a maior movimentação na política brasileira desde a fundação do PSDB, em 1988”. Uma triste notícia para a democracia brasileira.
Foto: Agência Estado/Abr
Kassab quer ser Governador de São Paulo e Eduardo Campos, presidente do Brasil, acreditam que unidos, chegarão lá.
Fontes: Veja - 14/02/2011 , Blog Estadão, Diário de Pernambuco, Folha de Pernambuco
Um misto de destino, oportunismo e engenharia política, está propulsando uma poderosa aliança do partido presidido pelo governador de Pernambuco, Eduardo Campos e um grupo dissidente dos Democratas liderados pelo Prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab.
Tudo começou com o descontentamento de Kassab ao constatar que o seu partido lhe negaria apoio para disputar a vaga de Governador de São Paulo em 2012, por comprometimento do diretório estadual com a candidatura a reeleição do tucano Geraldo Alckmin.
A princípio Kassab viu a possibilidade de migrar para o PMDB, via o vice-presidente Michel Temer. Mas as negociações parecem ter empacado, pelo mesmo motivo, o diretório paulista do PMDB, não é suficientemente confiável, aos olhos do Democrata.
No vácuo político entrou o governador de Pernambuco Eduardo Campos oferecendo a legenda que preside, o Partido Socialista Brasileiro, para apoiar o projeto do prefeito paulista. Embutida na proposta está incluso o sonho de Eduardo Campos de se viabilizar como candidato a presidente em 2012.
Conversa vai conversa vem os fatos evoluíram. Burocraticamente Kassab vai aguardara Convenção Nacional dos Democratas, no próximo 15 de março, para anunciar seu desligamento do Partido.
Tecnicamente kassab sairia do DEM para fundar um novo partido, que já tem até nome, o Partido da Democracia Brasileira (PDB), uma manobra legal que impediria a cassação do seu mandato e de outros dissidentes que estão de malas prontas para deixar os democratas.
O novo partido desde o começo seria da base aliada da Presidenta Dilma Rousseff e segundo cálculos sua formação daria uma baixa em 20% da tropa oposicionista, para gáudio do governo, que vê nisso a oportunidade de reduzir sua dependência do PMDB.
O PDB, terá vida curtíssima, trata-se apenas de um artifício legal transitório. Já nas eleições de Prefeito, em 2012, para Prefeitos e Câmaras Municipais, fundir-se-ia ao PSB, o Partido de Campos e a partir daí marchariam tonificados, para as eleições gerais de 2014.
O projeto inicialmente apenas uma manobra localizada, começou a tomar importância nacional, e já se fala que uma alternativa de poder para enfrentar a polarização entre petistas e tucanos, que se revezam na Presidência há quase duas décadas.
A nau dos dissidentes ganha cada vez mais importância com os anúncios de adesão que não para de crescer. Já se tem, como certo, nomes como o do governador de Santa Catarina, Raimundo Colombo que virá acompanhado do senador Luis Henrique (PMDB/SC), da prefeita de Ribeirão Preto, Dárcy Vera, e de 20 deputados federais.
Fala-se ainda que a nova legenda arrastará, surpreendentemente, veementes oposicionistas, como a senadora e presidente da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil, Kátia Abreu (TO), o ex-senador Jorge Bornhausen (SC) e o respeitadíssimo senador Demóstenes Torres (GO).
Por isso a Veja concluiu que “Kassab e Campos querem provocar a maior movimentação na política brasileira desde a fundação do PSDB, em 1988”.
Essa não é uma boa notícia. Eduardo era do governo e continuou, mas essa enxurrada de opoisitores aderindo ao governo Dilma, representas mais deterioração na política brasileira. A democracia brasileira vai ao fundo poço.
Postado por: Junior Albuquerque.
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