A carteira de habilitação de Indio da Costa, ex-candidato a vice-Presidência na chapa de José Serra (PSDB) e ex-deputado federal, foi apreendida na noite desta quarta-feira em uma operação da Lei Seca, no Rio de Janeiro. Ele se recusou a fazer o teste do bafômetro e ficará um ano sem poder dirigir.
Ao site de VEJA, Indio da Costa (ex-DEM) afirmou que havia tomado somente uma taça de vinho às 13 horas, durante o almoço, e foi levado embora por um motorista. Às 23 horas, quando levava a namorada para casa após o jantar, foi parado na blitz e não quis assoprar o bafômetro. "Eu estava muito tranquilo para dirigir, mas não sei por quanto tempo o vinho fica no sangue para ser identificado no teste", justifica.
O ex-deputado argumenta que fisicamente já não sentia qualquer efeito do álcool dez horas após ingeri-lo, mas temia que uma pequena quantidade fosse apontada no exame, o que o deixaria sem carteira por um ano. "Achei mais prudente ficar sem ela apenas cinco dias e preferi não arriscar", explica. "Sou um ser humano normal e não vejo problema em tomar um vinho no almoço, mas não entendo desse assunto de bafômetro. Se desse 0,001 gramas e eu ficasse sem carteira iam sair dizendo que eu bebi uma caixa de vinho".
Legislação - Ao recusar o teste do bafômetro, Indio da Costa demonstrou não conhecer o Código de Trânsito Brasileiro. De acordo com a lei 11.705 de 2008, que o alterou, a tolerância admitida para um motorista que se submete ao teste do bafômetro é de 0,2 gramas de álcool por litro no sangue. Uma única lata de cerveja ou taça de vinho já é suficiente para alcançar esse limite.
Quem for pego com essa quantidade no sangue deve pagar multa de 957 reais, perde a carteira de habilitação por um ano e tem o carro apreendido até que um condutor habilitado o leve. Se o valor ultrapassar 0,6 grama o motorista pode ser preso. Ao contrário do que o ex-deputado acredita, quem se recusa a se submeter ao exame está sujeito às mesmas penalidades de quem teve a embriaguez confirmada. Ou seja, Indio da Costa ficará um ano sem sua habilitação, e pagará a mesma multa de 957 reais.
No dia 17 de abril, no Rio de Janeiro, o senador Aécio Neves (PSDB-MG) também foi parado em uma blitz enquanto dirigia. Assim como Indio, Aécio não quis soprar o bafômetro e teve a carteira de habilitação apreendida. Como o documento estava vencido, o tucano teve que pagar uma multa de 957 reais.
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