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quarta-feira, 28 de dezembro de 2011

CPI das privatizações foi protocalada na Câmara

Com 206 assinaturas a CPI das privatizações foi protocolada pelo deputado Delegado Protógenes. Destina-se a apurar denúncias sobre pagamento de subornos relacionados às privatizações dos anos 90. O alvo principal é o pré-candidato a Prefeitura de São Paulo e ex-candidato a presidente da República José Serra. A CPI baseia-se nas acusações contidas no livro “A privataria tucana”, do jornalista Amaury Ribeiro Jr. O autor do livro, ano passado, foi indiciado pela PF, por violação de sigilo fiscal, corrupção ativa, uso de documentos falsos e oferta de vantagem a testemunha. Ele era da equipe de campanha de Dilma Rousseff.

Foto: José Cruz/ABr
O controverso deputado Delegado Protógenes autor do pedido de CPI Privataria pretendendo investigar, 17 anos depois, possíveis irregularidades nas privatizações feitas no Governo Fernando Henrique Cardoso


O deputado Delegado Protógenes (PCdoB-SP) protocolou nesta quarta-feira (21) a CPI da Privataria, para investigar pagamentos de propinas e lavagem de dinheiro durante as privatizações da década de 90, feitas no governo de Fernando Henrique Cardoso (PSDB).

As acusações estão no livro “A privataria tucana”, do jornalista Amaury Ribeiro Jr., que também dispersa acusações sobre espionagem dentro do próprio PT. O requerimento apresentado tinha 206 assinaturas e vai ser levado à análise pelo presidente da Câmara, Marco Maia (PT-RS), que até agora não autorizou a criação de nenhuma comissão parlamentar de inquérito, apesar de outras quatro estarem “na fila”.

Mas hoje Maia disse que vai autorizar a instalação de outras duas CPIs. Também afirmou que a investigação sobre a “privataria” parece ter o objetivo de esclarecer os fatos e dar voz aos acusados de corrupção no livro. “É uma CPI explosiva, com contornos muito claros de debate político”, avaliou Maia. A análise para a abertura da apuração só vai acontecer em 2012.

Protógenes, cinicamente, disse que, apesar do ano eleitoral, a CPI não será usada como instrumento de difamação de adversários na corrida às prefeituras no ano que vem. (O deputado imagina que todos são idiotas, como ele) Ainda disse que a CPI deverá chamar para depor os personagens citados por Amaury no livro, como o ex-governador José Serra (PSDB), o tesoureiro tucano Ricardo Sérgio, o banqueiro Daniel Dantas e o ministro do Desenvolvimento Econômico, Fernando Pimentel, do PT.

O livro de Amaury usa muitos documentos obtidos pela CPI do Banestado, que apurou lavagem de dinheiro, e apontou indícios contra integrantes do PT e do PSDB. Por conta disso, houve um ‘acordão’ para encerrar os trabalhos. “Vamos ver a realidade para ver se não haverá um outro ‘acordão’”, desafiou o líder do PSOL, Chico Alencar (RJ), que acompanhava a entrevista coletiva.

Mesmo que Protógenes estivesse bem intencionado em apurar os fatos, a CPI seria um circo se acontecesse. O PT não está interessado em que haja nenhuma apuração, quer que permaneça o clima de suspeição. Por outro lado, uma CPI não se sabe para que lado pode caminhar, essa história de ouvir o ministro do Desenvolvimento Econômico, Fernando Pimentel, do PT, nas investigações, mata a CPI no nascedouro: o governo, com ampla maioria na Câmara, não quer nem ouvir falar em Pimentel depondo para os deputados .
Foto: José Cruz/ABr
O jornalista Amaury Ribeiro Júnior, autor do livro, “Privataria Tucana”, junto ao seu advogado, deixando sorrateiramente a Polícia Federal após ter sido indiciado sobre o caso de quebra do sigilo fiscal de pessoas ligadas ao PSDB, em 25 de outubro de 2010, em plena campanha eleitoral pelo segundo turno.


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