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domingo, 11 de dezembro de 2011

VEJA e CARTA CAPITAL: uma guerra ideológico-editorial

 Linhas editoriais definidas: “privataria tucana” e “estelionato político” no PT ganham as capas de duas das principais revistas do país neste fim de semana
Sob o título de capa “A trama dos falsários”, o material publicado por Veja traz o flagra feito pela Polícia Federal, em escuta telefônica autorizada pela Justiça, de uma fraude que teria como objetivo atribuir a culpa do mensalão aos adversários do PT. No grampo, o estelionatário Nilton Monteiro, preso por falsificação de notas promissórias, é flagrado “cobrando pagamento e proteção dos deputados petistas que o contrataram para forjar provas contra adversários tucanos”, como registra frase de capa destacada abaixo de trecho de um diálogo entre o contraventor e um assessor do deputado petista Rogério Correia.
“No começo de 2006, a chamada Lista de Furnas quase enterrou a CPI dos Correios, que investigava o mensalão, maior escândalo do petismo. O documento elencava doações irregulares de campanha, no valor de 40 milhões de reais, a adversários do governo Lula, e serviria para mostrar que práticas escusas de financiamento não eram adotadas apenas pelo partido do presidente, mas seriam comuns a todas a legendas. Poucas semanas depois, porém, descobriu-se que a tal lista não passava de grosseira falsificação. (…) VEJA teve acesso a conversas gravadas pela Polícia Federal com autorização judicial, no primeiro semestre de 2006. Elas evidenciam que o estelionatário Nilton Monteiro – preso em outubro deste ano por forjar notas promissórias – agiu sob os auspícios dos deputados Rogério Correia e Agostinho Valente (hoje no PDT) com o objetivo de fabricar a lista. Há diálogos seguidos entre Monteiro e Simeão de Oliveira, braço direito de Rogério Correia”, registra a reportagem intitulada “PT usou estelionatário para desencaminhar CPI dos Correios”, matéria cuja arte de capa mostra um homem ao telefone, com broche do PT na lapela do terno e rosto escondido por um sombreado que sugere a obscuridade da ligação.
Escândalo Serra
CartaCapital escancara em sua capa a manchete “O escândalo Serra”, com foto de um meditabundo presidenciável tucano, mãos entrelaçadas sob o queixo e olhos fechados. A revista relata episódios registrados no livro A privataria tucana, “resultado de 12 de trabalho do premiado repórter” Amaury Ribeiro Júnior em que, segundo a revista, lançam-se luzes “sobre as falcatruas das privatizações do governo Fernando Henrique Cardoso”.
Lembrando que Amaury foi indiciado pela PF, durante a corrida presidencial do ano passado, por integrar grupo disposto a quebrar sigilos fiscal e bancário de tucanos, CartaCapital em seguida destaca que o livro de 343 páginas registra “documentos inéditos de lavagem de dinheiro e pagamento de propina, todos recolhidos em fontes públicas, entre elas os arquivos da CPI do Banestado”.
“José Serra é o personagem central dessa história. Amigos e parentes do ex-governador paulista operaram um complexo sistema de maracutaias financeiras que prosperou no auge do processo de privatização”, diz a publicação semanal, que elenca casos diversos da “privataria tucana” e menciona personagens como Verônica Serra, filha do ex-governador de São Paulo; Ricardo Sérgio de Oliveira, diretor da área internacional do Banco do Brasil; e Verônica Dantas, irmão do banqueiro Daniel Dantas, preso e processado em 2008 por diversos crimes no âmbito da Operação Satiagraha, da PF.


Confira aqui o material de ambas as revistas.

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