'Não há surpresa. Voltaram a negar minha permissão de saída. É a ocasião número 19 em que violam o meu direito de entrar e sair do meu país', escreveu a blogueira. Yoani Sánchez, que apesar da obtenção do visto brasileiro, não vai poder vir ao Brasil para o lançamento Brasil para assistir à estreia do documentário 'Conexão Cuba-Honduras', do cineasta Dado Galvão.
Foto: Reuters
Yoani Sánchez, A frágil blogueira temida pelos irmãos Castro
Yoani Sánchez, A frágil blogueira temida pelos irmãos Castro
Fontes: Veja , The New York Times, O Globo, Folha de São Paulo, Revista Época, Jornalism in the America , ”Blog Junior Albuquerque"
A ditadura de Cuba não surpreendeu e negou novamente nesta sexta-feira a permissão para que a blogueira dissidente Yoani Sánchez deixasse a ilha e visitasse o Brasil para assistir à estreia do documentário 'Conexão Cuba-Honduras', de Dado Galvão, no qual a cubana é uma das personagens.
A informação foi confirmada por Yoani em uma mensagem postada em sua conta no Twitter.
'Não há surpresa. Voltaram a negar minha permissão de saída. É a ocasião número 19 em que violam o meu direito de entrar e sair do meu país', escreveu a blogueira.
Yoani, postou uma imagem do feio documento negando sua saída do país e questionou o respeito à resolução 13 da Declaração de Direitos Humanos - em referência ao preceito sobre a livre circulação e o direito das pessoas 'a sair de qualquer país inclusive do próprio e de retornar a seu país'.
A blogueira comenta que recebeu 'centenas de mensagens de indignação e solidariedade' e agradeceu o 'otimismo' de 'todos os que tiveram a esperança que desta vez ela conseguiria', mas ressaltou que é 'uma prisioneira'.
'Se todo este esforço serviu para revelar o absurdo migratório em que estamos presos os cubanos, então valeu a pena', comentou em outra mensagem.
Em seguida, Yoani qualificou como 'coisas de totalitarismos' o fato de o presidente cubano, Raúl Castro, estar visitando a Venezuela enquanto ela não pôde ir ao Brasil.
O filme de Galvão, responsável pelo convite a Yoani, trata da repressão da liberdade de expressão na ilha caribenha e também durante o golpe de Estado que depôs o presidente hondurenho Manuel Zelaya em 2009.
A blogueira enviou uma carta à presidente Dilma Rousseff para pedir que intercedesse por ela perante Raúl Castro por ocasião da visita da governante à ilha nesta semana.
No seu blog Yoani transcreveu uma frase de Dilma, quando da sua posse na presidência: “Prefiro um milhão de crítica ao silêncio das ditaduras”. Comentário nosso: Pena que Dilma tenha mudado de ideia e silenciado.
Yoani, postou uma imagem do feio documento negando sua saída do país e questionou o respeito à resolução 13 da Declaração de Direitos Humanos - em referência ao preceito sobre a livre circulação e o direito das pessoas 'a sair de qualquer país inclusive do próprio e de retornar a seu país'.
A blogueira comenta que recebeu 'centenas de mensagens de indignação e solidariedade' e agradeceu o 'otimismo' de 'todos os que tiveram a esperança que desta vez ela conseguiria', mas ressaltou que é 'uma prisioneira'.
'Se todo este esforço serviu para revelar o absurdo migratório em que estamos presos os cubanos, então valeu a pena', comentou em outra mensagem.
Em seguida, Yoani qualificou como 'coisas de totalitarismos' o fato de o presidente cubano, Raúl Castro, estar visitando a Venezuela enquanto ela não pôde ir ao Brasil.
O filme de Galvão, responsável pelo convite a Yoani, trata da repressão da liberdade de expressão na ilha caribenha e também durante o golpe de Estado que depôs o presidente hondurenho Manuel Zelaya em 2009.
A blogueira enviou uma carta à presidente Dilma Rousseff para pedir que intercedesse por ela perante Raúl Castro por ocasião da visita da governante à ilha nesta semana.
No seu blog Yoani transcreveu uma frase de Dilma, quando da sua posse na presidência: “Prefiro um milhão de crítica ao silêncio das ditaduras”. Comentário nosso: Pena que Dilma tenha mudado de ideia e silenciado.
O Ministério das Relações Exteriores concedeu a Yoani o visto para entrar no Brasil, mas a blogueira precisava que o Governo de Cuba lhe outorgasse a permissão para viajar ao exterior.
Nos últimos anos Yoani Sánchez, de 35 anos, recebeu vários prêmios no exterior que não pôde receber porque o Governo cubano não lhe concedeu as permissões de saída correspondentes, segundo ela mesma relatou em diversas ocasiões.
Em 2009 a revista Época já publicava uma matéria falando do impedimento da saída de Yoani de Cuba. Dizia que a blogueira já está acostumada a marcar presença “virtual” em eventos no exterior. Nunca pode comparecer, por exemplo, aos lançamentos dos seus livros no exterior.
O seu Blog Generación Y ganhou prêmios na Espanha, na Alemanha e nos Estados Unidos mas Yoani nunca pôde comparecer às cerimônias para recebê-los.
Os problemas de Yoani com a imigração de Cuba começaram em 2004, quando ela voltou de uma temporada de quase dois anos na Suíça. Por uma imposição do regime castrista, o cubano que volta após mais de 11 meses no exterior não tem mais direito a morar na ilha.
Para evitar sua expulsão, Yoani rasgou seu passaporte e somente se apresentou aos oficiais da imigração meses depois. O governo a perdoou, mas desde então impede qualquer viagem dela. Quando Yoani criou o Generación Y, em abril de 2007, a situação, é claro, só piorou.
Toda ditadura entre outras coisa é burra no trato com dissidentes. Se tivessem deixado a blogueira Yoani comparecer aos eventos para o qual está sempre convidada, ela perderia paulatinamente a visibilidade na mídia.
Em pouco tempo ela estaria ESATÁ tão esquecida, como a paraibana (como é mesmo o nome dela?) que estava no Canadá.
Além de talentosa e uma ferrenha critica do regime cubano, Yaoni vai assim ficando cada vez mais importante, graças a ditadura. Qualquer dia desses acaba ganhando o Nobel da Paz, vai ter que agradecer a Raúl Castro.
Nos últimos anos Yoani Sánchez, de 35 anos, recebeu vários prêmios no exterior que não pôde receber porque o Governo cubano não lhe concedeu as permissões de saída correspondentes, segundo ela mesma relatou em diversas ocasiões.
Em 2009 a revista Época já publicava uma matéria falando do impedimento da saída de Yoani de Cuba. Dizia que a blogueira já está acostumada a marcar presença “virtual” em eventos no exterior. Nunca pode comparecer, por exemplo, aos lançamentos dos seus livros no exterior.
O seu Blog Generación Y ganhou prêmios na Espanha, na Alemanha e nos Estados Unidos mas Yoani nunca pôde comparecer às cerimônias para recebê-los.
Os problemas de Yoani com a imigração de Cuba começaram em 2004, quando ela voltou de uma temporada de quase dois anos na Suíça. Por uma imposição do regime castrista, o cubano que volta após mais de 11 meses no exterior não tem mais direito a morar na ilha.
Para evitar sua expulsão, Yoani rasgou seu passaporte e somente se apresentou aos oficiais da imigração meses depois. O governo a perdoou, mas desde então impede qualquer viagem dela. Quando Yoani criou o Generación Y, em abril de 2007, a situação, é claro, só piorou.
Toda ditadura entre outras coisa é burra no trato com dissidentes. Se tivessem deixado a blogueira Yoani comparecer aos eventos para o qual está sempre convidada, ela perderia paulatinamente a visibilidade na mídia.
Em pouco tempo ela estaria ESATÁ tão esquecida, como a paraibana (como é mesmo o nome dela?) que estava no Canadá.
Além de talentosa e uma ferrenha critica do regime cubano, Yaoni vai assim ficando cada vez mais importante, graças a ditadura. Qualquer dia desses acaba ganhando o Nobel da Paz, vai ter que agradecer a Raúl Castro.
Foto: Desmond Boylan/Reuters
Yoani, em sua casa em Havana produzindo o seu Blog “Generación Y”, um calo nos interesses da ditadura cubana.
Yoani, em sua casa em Havana produzindo o seu Blog “Generación Y”, um calo nos interesses da ditadura cubana.
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