A verdade, e o grande problema, é que os políticos brasileiros “não estão nem aí” para a opinião pública, pois, apesar de rotulados como representantes do povo, na hora de tomar decisões levam em conta única e exclusivamente os seus próprios interesses.
Um bom exemplo dessa clara divergência entre a vontade popular e a vontade dos políticos está sendo claramente vivenciado no Recife, tomando-se por base a eleição para a escolha do prefeito da capital pernambucana, em 2012.
Em TODAS as pesquisas de intenções de votos feitas no Recife, o ex-prefeito João Paulo (PT) aparece com índices muito superiores aos seus possíveis adversários, muitas das vezes atingindo percentuais que lhe garantiriam vencer a eleição já no primeiro turno, em uma clara demonstração de que a maioria do eleitorado recifense, comunidade na qual não estou incluído, quer João Paulo como prefeito no mandato de 2013/2016.
O “nó da questão” é que João Paulo, apesar de toda essa irrefutável preferência popular, não consegue “emplacar” a sua candidatura, pois o senador Humberto Costa, que é o “dono” do PT em Pernambuco, sabe que a eleição de João Paulo criaria mais um sério concorrente para atrapalhar seu mesquinho plano de chegar ao governo estadual em 2014.
Por outro lado, o governador Eduardo Campos, que poderia interferir em favor de João Paulo, prefere ficar “vendo o circo pegar fogo”, pois sabe que quanto maior for a desunião entre os petistas, maiores são as suas possibilidades de eleger um sucessor da sua inteira confiança.
Todo esse “imbróglio” serve para deixar absolutamente claro que, pelo menos em termos políticos, de nada vale aquele velho ditado, tão cinicamente repetido nos períodos eleitorais:
“A VOZ DO POVO É A VOZ DE DEUS”.
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