Nós que gostamos de política e que acompanhamos diuturnamente o desenrolar dos fatos que movimentam a política, temos nos deparado com especulações e notícias, postadas nos grandes meios de comunicação nacional, acerca do estado depressivo em que se encontra o ex-Presidente da República, LUIZ INÁCIO, o “LULA”.
Alguns insinuam que o seu estado depressivo decorre do resultado do seu tratamento contra o câncer, que o tem obrigado a ficar no isolamento, deixando de fazer aquilo que mais gosta, qual seja, usar da grande capacidade de articulador e aglutinador de forças, em volta do grande projeto político do PT, que é permanecer no Poder (leia-se, na Presidência) se, possível, por décadas. Outros, opinam que o estado do ex-Presidente se deve ao temor da doença, em si mesma, aspecto até compreensivo para nós que somos finitos e temos plena consciência de nossa breve estada aqui na terra.
Vou mais além e acredito que a estes fatores deve-se acrescentar um outro, qual seja, o seu afastamento da linha de frente desta grande peleja, já que não é mais o Presidente da República. É apenas especulação, reconheço, como tantas outras que estão sendo veiculadas.
Entretanto, para alguém como “LULA” que realizou o maior dos sonhos de um político, que é chegar à Presidência da República, não deve ser fácil voltar aos bastidores deste grande palco. Daí, é até compreensível que esteja em depressão.
Mas, como digo, todos temos o nosso tempo e isto não é diferente para “LULA”. Engana-se quem pensa o contrário. É que em política é absolutamente ilusório pensar que você pode continuar a mandar no País, ou mesmo numa Prefeitura, após deixar de ser Presidente ou Prefeito. É pura ilusão.
E isto nos ensina a história, pois esta frase, salvo engano, vem dos tempos do início do Império Anglo-Saxônico, quando falecia o soberano, imediatamente se dava notícia ao povo, que proclamava nas ruas: “O Rei está morto, Viva o Rei!”
Esta frase significa nada mais que a aclamação ao novo monarca que vai tomar posse do trono, eis que, “rei morto, rei posto”.
Talvez a maior lição da máxima acima, seja a de que ninguém é eterno ou insubstituível e é a pura verdade, pois, como costumo dizer, todos temos o nosso tempo e na política não poderia ser diferente.
No caso da Presidente Dilma, vemos sinais, a cada dia, que na verdade é ela quem manda no Brasil; quem está com a caneta na mão.
Perguntariam vocês que me lêem, onde quero chegar com esta tergiversação toda? E respondo, é simples.
É que não raros são os exemplos de homens públicos, que acreditam que podem colocar um laranja em seu lugar e vão continuar no poder.
Ora senhores, façam-me um favor!
Esta prática, não republicana, frise-se, nunca funcionou, pois quem manda é quem está com a caneta na mão!
Tomemos o exemplo das empresas fantasmas, que de fato são comandadas por pessoas inescrupulosas e que colocam um “laranja” à frente, para burlar o fisco, sonegando impostos, dando golpes e o resultado é sempre o mesmo: Mais cedo ou mais tarde sempre são descobertos. Se são punidos, isto é outra história.
Por isto acredito que a tentativa de adotar esta prática, extremamente questionável do ponto de vista ético (e porque não acrescentar, do ponto de vista legal), na política, não funciona, pois, como diz o ditado popular, “Rei morto, Rei posto e viva o rei”!
Um abraço a todos.
*PAULO ROBERTO DE LIMA é graduado em Filosofia pela Universidade Católica, bacharel em Direito pela Faculdade de Direito do Recife e atualmente exerce o cargo de Procurador Federal.
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