A Ordem do Mérito Cultural, criada em 1995, nos seus 17 anos de
existência condecorou 500 personalidades nacionais e estrangeiras de 60
instituições públicas e privadas. Sempre se destacou como sendo um
“Samba do Crioulo Doido”, equiparando desiguais: ao mesmo tempo em que
presta merecidíssimas homenagens, prestigia, pessoas e instituições
culturalmente duvidosas, desmerecendo, desmoralizando e banalizando a
comenda. Na gestão de Marta Suplicy não poderia ser diferente.
Foto: Antonio Cruz/ABr![](https://lh3.googleusercontent.com/blogger_img_proxy/AEn0k_vQnaFmkMbddQ95FAOhMb1JLRqjtP7pDafwaJQedCLWp0XPt3LTQgmDvgMuUJxTC_jGf-rPke07qKuTH0bGoIOqihDjUMsvFStkJTcUrTAZEeeYEj7PvpYu3vxHZERq8pNTTfL0faViJawk1vdLDAkeFFVDVUDAt8dC=s0-d)
“Minha vida é andar por este país, pra ver se um dia descanso feliz...” disse Dilma no discurso, citando Luiz Gonzaga
“Minha vida é andar por este país, pra ver se um dia descanso feliz...” disse Dilma no discurso, citando Luiz Gonzaga
O
Salão Nobre do Palácio do Planalto foi ocupado, nesta segunda-feira (5)
por artistas e intelectuais e alguns picaretas, durante a entrega da
Ordem do Mérito Cultural, um dos primeiros atos visíveis de Marta
Suplicy, a frente do Ministério da Cultura.
Todos os anos, a Ordem do Mérito Cultural homenageia uma personalidade. Este ano, o escolhido foi o compositor popular e instrumentista Luiz Gonzaga, pelo centenário de seu nascimento, diz Agência Brasil, por isso o a decoração do ambiente foi toda feita com motivos e plantas comuns da região nordeste como mandacarus, e músicas do repertório do Rei do Baião foram executadas, durante a cerimônia. Elba Ramalho e Chambinho do Acordeão, (que interpreta Luiz Gozanga no filme "Gonzaga - de Pai pra Filho"), entoaram Asa Branca, o extra oficial, Hino Nacional do Nordeste, de Luiz Gonzaga e Humberto Teixeira.
Dilma começou o discurso cumprimentando o neto de Luiz Gonzaga, Daniel Gonzaga, neto de Luiz Gonzaga e a “nossa querida, queridíssima, Elba Ramalho”
Adiante fala do filme “Gonzagão – de pai para filho” [Gonzaga – de pai para filho] dizendo que assistiu que classificou de “emocionante e comovente”.
Adiante falando de Gonzagão comentou:
” Esse extraordinário músico, ao cantar as tristezas e as alegrias do Sertão, ajudou o brasileiro, a brasileira, a conhecer melhor o seu próprio país. Se sua obra se resumisse ao que foi apresentado aqui – Asa Branca –, já justificaria todas as nossas homenagens e todo o nosso reconhecimento, mas Gonzagão fez muito mais.
Nos deixou músicas eternas, e nos marcou com forte sentimento de brasilidade. Tornou o sertão nordestino, aquele sertão mais humilde, num mundo universal. Quem de nós não se comoveu com Assum Preto? Quem de nós não se agita na cadeira ao ouvir o Xote das Meninas? Qual de nós já não cantarolou muitas vezes versos como este – que eu não tenho o talento... eu não tenho o talento das nossas cantoras aqui presentes. Mas que eu vou recitar para vocês: “Minha vida é andar por este país, pra ver se um dia descanso feliz. Guardando as recordações das terras por onde passei, andando pelos sertões, e dos amigos que lá deixei”. – e apesar da declamação desastrada e sem graça ganhou aplausos da plateia.
Entre os agraciados na edição
2012 do maior prêmio da cultura nacional estão artistas e instituição
pernambucanas importantes como o escultor, pintor, desenhista,
gravurista e ceramista Abelardo da Hora; o dramaturgo, jornalista e escritor Aguinaldo Silva ; o cantor e compositor Alceu Valença (que recentemente nos envergonhou assinando um manifesto em apoio ao mensaleiro José Dirceu); a cantora e grande mulher Elba Ramalho que apesar de ter nascido na Paraíba, tem por certo dupla cidadania e é pernambucana por adoção dos pernambucanos; a - Orquestra Popular Bomba do Hemetério atualmente sob o comando do genial Maestro Forró.
A Ordem do Mérito Cultural, criada em 1995, nos seus 17 anos de existência condecorou 500 personalidades nacionais e estrangeiras de 60 instituições públicas e privadas. Sempre se destacou como sendo um “Samba do Crioulo Doido”, equiparando desiguais: ao mesmo tempo que presta merecidíssimas homenagens, prestigia, pessoas e instituições culturalmente duvidosas, desmerecendo, desmoralizando e banalizando a comenda.
Neste ano, entre os 41 homenageados estavam figuras como Orlando Orfei um empresário circense italiano, domador de leões, pintor, escritor, dublê de cinema e músico) e na mesma empreitada foi homenageado o escritor baiano Jorge Amado(in memoriam), que dispensa apresentações. O lamentável é que até por uma questão de ordem alfabética, o baiano, tem como vizinho na lista o maranhense José Sarney, atualmente presidente do Senado, como se fossem equivalentes em talento, respaldo cultural e importância para a cultura brasileira.
Não custa lembrar que Sarney entrou para a Academia Brasileira de Letras, após ter conseguido uma milionária doação para a instituição, enquanto presidente da ARENA, o partido que sustentava os governos militares. Sarney foi reconhecido como escritor acadêmico, pelo risível romance intitulado, “Marimbondos de Fogo”. No seu discurso de posse, em 6 de novembro de 1980, agradece honrado a presença do então Presidente da República o general João Baptista de Figueiredo, lider militar, da chamada revolução de 1964, que implantou a ditadura no Brasil, a quem Sarney serviu por 20 anos e a qual traiu, na leva de ratos abandonando o navio, na eleição de Tancredo Neves em 1985.
Enquanto Jorge Amado não merece esse vexame, Sarney não merece constar de nenhuma lista descente.
A relação dos homenageados prossegue com a apresentadora Hebe Camargo , in memoriam; o cantor e compositor Herivelto Martins, in memoriam; a genial atriz Marieta Severo; o lendário ator e cineasta Mazzaropi, in memoriam; a atriz Regina Casé; o grande ator Paulo Goulart; o dramaturgo, ator e jornalista Plínio Marcos; o bloco afro baiano Olodum e o apresentador e empresário Silvio Santos que não compareceu, entre outros.
Todos os anos, a Ordem do Mérito Cultural homenageia uma personalidade. Este ano, o escolhido foi o compositor popular e instrumentista Luiz Gonzaga, pelo centenário de seu nascimento, diz Agência Brasil, por isso o a decoração do ambiente foi toda feita com motivos e plantas comuns da região nordeste como mandacarus, e músicas do repertório do Rei do Baião foram executadas, durante a cerimônia. Elba Ramalho e Chambinho do Acordeão, (que interpreta Luiz Gozanga no filme "Gonzaga - de Pai pra Filho"), entoaram Asa Branca, o extra oficial, Hino Nacional do Nordeste, de Luiz Gonzaga e Humberto Teixeira.
Dilma começou o discurso cumprimentando o neto de Luiz Gonzaga, Daniel Gonzaga, neto de Luiz Gonzaga e a “nossa querida, queridíssima, Elba Ramalho”
Adiante fala do filme “Gonzagão – de pai para filho” [Gonzaga – de pai para filho] dizendo que assistiu que classificou de “emocionante e comovente”.
Adiante falando de Gonzagão comentou:
” Esse extraordinário músico, ao cantar as tristezas e as alegrias do Sertão, ajudou o brasileiro, a brasileira, a conhecer melhor o seu próprio país. Se sua obra se resumisse ao que foi apresentado aqui – Asa Branca –, já justificaria todas as nossas homenagens e todo o nosso reconhecimento, mas Gonzagão fez muito mais.
Nos deixou músicas eternas, e nos marcou com forte sentimento de brasilidade. Tornou o sertão nordestino, aquele sertão mais humilde, num mundo universal. Quem de nós não se comoveu com Assum Preto? Quem de nós não se agita na cadeira ao ouvir o Xote das Meninas? Qual de nós já não cantarolou muitas vezes versos como este – que eu não tenho o talento... eu não tenho o talento das nossas cantoras aqui presentes. Mas que eu vou recitar para vocês: “Minha vida é andar por este país, pra ver se um dia descanso feliz. Guardando as recordações das terras por onde passei, andando pelos sertões, e dos amigos que lá deixei”. – e apesar da declamação desastrada e sem graça ganhou aplausos da plateia.
Foto: Antonio Cruz/ABr ![](https://lh3.googleusercontent.com/blogger_img_proxy/AEn0k_t3MPtF08945YP7icGuG0STUTgE9Phm8RwGzMLqPB3gr-07RRXhhBVdN9GgP8dyi3Cmz55fATAYPkMQ5-yUFGChs__pvnAxQnSMVgWvB_4LZE8QluA12KPeiTKLuWJIL5PQYkUgAjHXxuzR8uiO3v6MxPVB9K8QlD2KGCeMMaPgULQWfPagSaliWQwe6aH2fQ=s0-d)
A poeta e atriz capixaba isa Lucinda e o pernambucano Alceu Valença, durante cerimônia de entrega da Ordem do Mérito Cultural 2012, no Palácio do Planalto.
A poeta e atriz capixaba isa Lucinda e o pernambucano Alceu Valença, durante cerimônia de entrega da Ordem do Mérito Cultural 2012, no Palácio do Planalto.
![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgi_Y2Pxf1lszIKsMBS4v_aOjOaKq3xiuMqZkTw35J1QSigzr9J7SOn_zVIYkenE6CzgBWhCaM7E_4q6VnhJSofaSfFlTycJhKHPOxjn-vu2Bb4Fq3saHg8XPAbXBaSHPjmSJjy7NcDg4U/s640-rw/rotaq(1).gif)
A Ordem do Mérito Cultural, criada em 1995, nos seus 17 anos de existência condecorou 500 personalidades nacionais e estrangeiras de 60 instituições públicas e privadas. Sempre se destacou como sendo um “Samba do Crioulo Doido”, equiparando desiguais: ao mesmo tempo que presta merecidíssimas homenagens, prestigia, pessoas e instituições culturalmente duvidosas, desmerecendo, desmoralizando e banalizando a comenda.
Neste ano, entre os 41 homenageados estavam figuras como Orlando Orfei um empresário circense italiano, domador de leões, pintor, escritor, dublê de cinema e músico) e na mesma empreitada foi homenageado o escritor baiano Jorge Amado(in memoriam), que dispensa apresentações. O lamentável é que até por uma questão de ordem alfabética, o baiano, tem como vizinho na lista o maranhense José Sarney, atualmente presidente do Senado, como se fossem equivalentes em talento, respaldo cultural e importância para a cultura brasileira.
Não custa lembrar que Sarney entrou para a Academia Brasileira de Letras, após ter conseguido uma milionária doação para a instituição, enquanto presidente da ARENA, o partido que sustentava os governos militares. Sarney foi reconhecido como escritor acadêmico, pelo risível romance intitulado, “Marimbondos de Fogo”. No seu discurso de posse, em 6 de novembro de 1980, agradece honrado a presença do então Presidente da República o general João Baptista de Figueiredo, lider militar, da chamada revolução de 1964, que implantou a ditadura no Brasil, a quem Sarney serviu por 20 anos e a qual traiu, na leva de ratos abandonando o navio, na eleição de Tancredo Neves em 1985.
Enquanto Jorge Amado não merece esse vexame, Sarney não merece constar de nenhuma lista descente.
A relação dos homenageados prossegue com a apresentadora Hebe Camargo , in memoriam; o cantor e compositor Herivelto Martins, in memoriam; a genial atriz Marieta Severo; o lendário ator e cineasta Mazzaropi, in memoriam; a atriz Regina Casé; o grande ator Paulo Goulart; o dramaturgo, ator e jornalista Plínio Marcos; o bloco afro baiano Olodum e o apresentador e empresário Silvio Santos que não compareceu, entre outros.
Foto: : Antonio Cruz/ABr![](https://lh3.googleusercontent.com/blogger_img_proxy/AEn0k_tPYusoq0-8a68hZYvbHatMp2UEkbwFlFpU4DzDC4ugbm8uGr74aCieQyQ0Cfd5o3L-_4AYVmWkjPeHQr6WWOq62JGHedgj1LZ05xvrpVQzUYLQWrVTPE5pMB48qfchkkHm03GstDyc6U4IbhgJ8yqZTW4NL_AgEln2hkpUol2MDkDt_N67agpAd5QQErmPmZM=s0-d)
A presidenta Dilma Rousseff, e os premiados, a lendária e canonizada, paraibo-pernambucana, cantora Elba Ramalho e o canastrão maranhense, José Sarney, presidente do Senado e dono do Maranhão.
A presidenta Dilma Rousseff, e os premiados, a lendária e canonizada, paraibo-pernambucana, cantora Elba Ramalho e o canastrão maranhense, José Sarney, presidente do Senado e dono do Maranhão.
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