Frances de Pontes Peebes é uma escritora brasileira e norte americana. Nasceu em Recife, com apenas 5 anos foi morar em Miami e hoje vive em Chicago .
Embora tenha ido ainda criança para os Estados Unidos, nunca esqueceu o Recife e Pernambuco. O bairro e o mercado da Madalena, a Torre, a ponte da Capunga, Boa Viagem, Candeias e o sítio que possui em Taquaritinga do Norte estão para sempre em suas lembranças, apesar de viver tão distante de suas origens.
Frances Peebes é filha da pernambucana Lúcia Pontes e do americano David Peebles, que trabalha na Odebrecht há mais de 20 anos.
Ela também trabalhou na multinacional, mas deixou o emprego para seguir sua vocação de escritora. Começou com os contos, um deles inspirado num poema de Carlos Drummond de Andrade, uma de suas referências literárias.
Confessa ter paixão pela cearense Raquel de Queiroz, gosta de Machado de Assis, Nélida Pinon, Graciliano Ramos, José Lins do Rego, além de autores americanos, japoneses, ingleses e do colombiano Gabriel Garcia Marquez.
Em 2008 Frances Pontes publicou seu primeiro romance, que saiu primeiro em inglês, recebendo rasgados elogios da crítica americana e na edição em português recebeu o título de “O Cangaceiro e a Costureira”.
Um grande livro contando a história de duas irmãs que vivem em Taquaritinga do Norte na década de 30, época do cangaço. Poderia parecer mais um romance regional, na linha de outros já publicados. Vai além disso. Frances tem estilo, escreve bem como poucos. Torna seus personagens fortes, densos, universais. Caracteriza o Recife e o interior de Pernambuco das primeiras décadas do século XX de maneira muito expressiva.
O Brasil, Pernambuco e Taquaritinga do Norte precisam conhecer mais a escritora brasileira norte-americana.
Porque ela é boa mesmo e também porque não nos esquece. Todo ano, sempre que pode, passa umas semanas no seu sítio em Taquaritinga. Ainda tem parentes na cidadezinha do Agreste Setentrional de Pernambuco.
Descobri o livro “O Costureira e o Cangaceiro” há poucos dias. Um achado e tanto.
Frances me conquistou com seu talento e embora more em Chicago parece saber mais do Brasil de que muitos que vivem por aqui. É tocante vê-la confessando seu amor pela sua terra natal, pelo seu país de origem.
“Tudo que eu escrevo é uma carta de amor para Pernambuco, para o Brasil. Tenho muitas saudades. Escrever é uma maneira de matar essas saudades”, confessou a escritora numa entrevista à imprensa nacional.
É assim o jeito de ser da autora da “Costureira e o Cangaceiro”.
No li este livro em português e é muito bom. Ele retrata a história de Taquaritinga do Norte de forma muito legal e atraente. Vale a pena ler e parabenizar a autora pela excelente obra.
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