Do jornalista José Torres, na Sexta-Feira Santa:
Hoje, é sexta-feira santa. Os pensamentos tomam conta de mim e relembro como era a semana santa, nos meus tempos de menino/adolescente.
Na chamada quarta-feira de trevas, pela madrugada, existia o famoso serra-velho. Brincadeira pesada sempre comandada por jovens a azucrinar a paciência dos notórios da cidade. Na minha rua, a Martins Júnior, as vítimas preferidas eram o comerciante Firmino Soares e o agropecuarista José Romão, mais conhecido como Marinheiro.
Na sexta-feira da Paixão e Morte de Cristo, a então Rádio Difusora de Caruaru, só tocava música clássica e voltava à sua programação normal no sábado de aleluia.
E era no sábado que, em diversas artérias da cidade, havia a malhação do Judas, sempre representado por figuras políticas, comerciantes e pessoas outras que, aos olhos da população, não teriam se conduzido a contento durante os últimos meses.
Hoje, está tudo mudado. E olha que não faz tanto tempo assim. Ou será que faz? Isso é o de menos. Aliás, na primeira semana de Abril estava em Teresina quando faleceu um Deputado estadual e a emissora FM da Assembleia Legislativa, passou o dia a tocar músicas clássicas. Lembrei-me de um passado não muito distante. Lembrei-me de Caruaru de antanho.
Tenham um bom dia e uma boa páscoa.
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