As duas pesquisas divulgadas em Pernambuco pelos institutos Maurício de Nassau e Vox Populi deram ampla vantagem ao senador Armando Monteiro (PTB), na disputa contra Paulo Câmara (PSB).
O problema maior do socialista é ser um completo desconhecido no Estado. Por conta disso, o partido contratou uma equipe para produzir notícias do pré-candidato e fazê-lo aparecer nas rádios das cidades de porte médio do interior, como Garanhuns, Caruaru, Arcoverde, Afogados da Ingazeira e Petrolina.
O jornalista Inaldo Sampaio registra hoje em seu blog uma nota interessante a respeito das dificuldades do pré-candidato do PSB.
“No caso específico de Paulo Câmara, ele terá que rodar o Estado, que ainda não o conhece, em companhia do vice Raul Henry e do candidato a senador, Fernando Bezerra, que são políticos viajados. Mas se porventura na reta final correr risco de derrota para o senador, Eduardo Campos largará a campanha presidencial e virá socorrê-lo (grifo é nosso)”, escreveu Inaldo.
Ora, se o governador Eduardo Campos pode “largar a campanha de presidente” para salvar Câmara é porque admite que sua candidatura ao Planalto dificilmente vai decolar.
Por outro lado o eleitor pernambucano já deu mostras de independência mais de uma vez. Na eleições estaduais de 2006 quando elegeu o próprio Eduardo, contra o poderio (à época) de Jarbas e Mendonça.
E nas eleições municipais de 2012 o grito de independência foi mais forte: Eduardo Campos, então já líder soberano em Pernambuco, veio a Brejão e Lajedo, fazer campanha para Sandoval (PSB) e Joãozinho Dourado (PDT). Venceram Ronaldo (PTB) e Rossine (PSD), este último por uma diferença superior a 3.500 votos. Para completar em Garanhuns o povo nem deixou Antônio João (candidato do coração do governador) ser candidato. Desistiu antes de passar um vexame nas urnas.
Por fim, consideramos cedo para qualquer coisa. Dilma e Armando vão ter de trabalhar muito para se manter no topo das pesquisas. A campanha política de fato só começa depois da Copa do Mundo. (A foto de Paulo Câmara e Eduardo Campos é de Clemilson Campos, do Jornal do Commercio).
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