Reprovação de CPI agita política de SCC

O imbróglio em torno da reprovação da proposta de criação de mais uma CPI, ocorrida na manhã desta quinta-feira (08) na Câmara de Vereadores de Santa Cruz do Capibaribe dominou o noticiário político desta sexta na Capital das Confecções.

Foi colocado em votação e reprovado o requerimento do vereador Zé Minhoca (PSDB), que pedia a abertura de uma CPI para apurar denúncias feitas pelo produtor de eventos Marcelo Fama. A proposta foi derrotada por nove votos (Junior Gomes, Jéssyca, Narah, Afrânio, Ronaldo Pacas, Zezin Buxin, Dida de Nan, Pipoca e Zé Minhoca) a sete (Ernesto Maia, Deomedes, Carlinhos, Fernando Aragão, Helinho e Vânio Vieira). O vereador Galego de Mourinha não participou da sessão.

No programa “Opinião”, o vereador Ernesto Maia fez duras críticas a reprovação do projeto. Segundo ele a bancada de situação “armou” toda a situação que levou até a reprovação da proposta. Ele também falou da possiblidade de acionar o Ministério Público, caso a proposta de CPI não vingue na Câmara. “O excesso de serviços do Ministério Público pode fazer com o que o processo se arraste por muito tempo. Defendo a instalação da CPI por conta da celeridade que poderemos dar ao caso”, disse Maia, deixando claro que não é intenção da bancada de oposição acionar o MP, de imediato, “primeiro vamos ter que aguardar o que o presidente da Câmara fará, para que só depois, tomemos a decisão de procurar ou não o Ministério Público”.

Um dos principais nomes dessa questão é o do vereador Vânio, que mesmo sendo da bancada de situação, votou pela instalação da CPI. “Sempre acreditei no prefeito Edson, por isso votei a favor da CPI. Quero que Edson mostre a transparecia do seu governo. Acredito nele”, disse o vereador.

Vânio negou ainda que tenha discutido com Edson, em uma reunião com membros do grupo de situação, que aconteceu na última terça-feira. “De forma alguma, eu nunca discuti com o prefeito”, falou.

Ele ainda bateu pesado nos membros do grupo oposicionista, que segundo ele, querem tirar proveito político da situação. “Se por acaso fosse o tio de Ernesto que estivesse envolvido em uma denúncia, ele jamais iria para as emissoras de rádio com esse discurso dele. Várias denúncias foram feitas e ele baixou a cabeça diante do que ocorria na época. A oposição quer ganhar dividendos políticos, eles não estão com interesse em ajudar o povo, tanto é que eles não votaram em matérias semelhantes que ocorreram no passado”.

Já no programa “Cresce Pernambuco” a vereadora Jéssyca Cavalcanti (PTC) não poupou críticas a Ernesto, que segundo ela, não tem moral para falar sobre CPIs. “Ele não tem moral nenhuma para tecer críticas e posar de paladino da ética e da moral. Santa cruz sabe quem é Ernesto e sabe que durante doze anos Ernesto se lambuzou na lama da corrupção dos governos municipais”.

“Eles não tem interesse algum de levar a questão ao Ministério Público. Querem, na verdade, dar pauta a Ernesto, que é candidato a deputado”, finalizou Jéssyca.

Do Blog Direto ao Ponto