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segunda-feira, 30 de junho de 2014

O PRECONCEITO, A BURRICE E A CAGADA DE FELIPÃO!

Primeiro, o preconceito.

Felipão recusa-se a escalar ao mesmo tempo dois nordestinos neste time covarde, até então, do Brasil.

Ele não coloca Hernanes – um dos poucos craques de verdade nesta equipe – porque já tem outro nordestino lá na frente, o brutamonte Hulk, pesadão, sem nenhuma leveza e a elegância dos verdadeiros jogadores do futebol-arte, e que entregou o gol de empate de bandeja aos bravos chilenos, tentou fazer gol com o braço e ainda por cima perdeu o pênalti.

Segundo, a burrice. E esta, com, vários capítulos.

Deixa Bernard no banco, um menino com talento, criatividade e uma vontade imensurável de mostrar seu belíssimo futebol, alegre e fumegante, bem diferente desse futebol apenas-força, sem o molejo e aquele jeito moleque de tocar a bola como um artista de circo. Prefere a força, somente força, como a do indefectível personagem verde da TV norte-americana, que parece não ter muita massa cinzenta dentro da caixa craniana. O pior é que o seu preferido esteja pesadão, parecendo mais com - um bote antigo nisso - companheiro das peladas do Colégio de São Bento de Olinda, da década de 1970, a quem todos chamavam de “Mãe Gorda”.

Por que não escalar Hernanes neste time de poucos talentos, enquanto insiste em Daniel Alves, a quem o fraco Patrick, do meu Sport, não fica nada a dever. Um medíocre chutador de bola, que quase entrega o ouro ao bandido, não somente neste jogo, mas nos anteriores.

Ainda no tópico da burrice, Felipão não tem o direito de deixar de fora deste time três jogadores: Maycon, Hernanes e Bernard.

Maycon é a solução mais simples, é só colocá-lo no lugar de Daniel Alves, um jogadorzinho de futebol limitado. Maycon não tem o direito, nem pode, de ser pior.

Quanto aos craques Hernanes e Bernard, não sou eu o treinador, nem tenho competência para isto. Mas Felipão tem, passou toda a sua vida no futebol e ganha milhões neste mafioso esporte, que o diga a FIFA; então, que resolva este nó.

Ou será que as empresas patrocinadoras é que mandam na escalação?

Cabe a Felipão encontrar a solução tática para escalar esses dois talentos do futebol brasileiro. Que faça sua cabeça funcionar; tire os craques do banco e mande-os para dentro do gramado, que é o lugar deles.

Ainda no item burrice, Felipão precisa ler a história de Pernambuco, para entender por que Hernanes tem na sua alma o sangue libertário de Frei Joaquim do Amor Divino Rabelo, o genial e libertador Frei Caneca. Felipão, escale Hernanes, que ele, junto com o quase adolescente Bernard, vai libertar este timeco-força da mediocridade para os braços do futebol-arte, buliçoso, simples e alegre como o Gênio Carlitos e com as proezas dos pés de Neymar.

Felipão, conheça, também, a história, a origem, do menino simples da Zona da Mata pernambucana, Hernanes. Você vai ver que Frei Caneca o inspirou e que vai jogar com ele, se a sua teimosia tiver um fim ainda nesta Copa.

Felipão, não deixe Neymar sozinho! Forme um trio de artistas da bola. 

E a cagada?...

Esta, tá na cara, ou melhor, tá nas calças.

Pode examinar as calças que Felipão usou no jogo, depois daquela bola do Chile na trave do Brasil já na prorrogação. 

*Ruy Sarinho (Torcedor, jornalista e metido a “treinador” como 99,9% dos brasileiros)

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