Na visão caolha do governo e dirigentes sindicais ou blogueiros progressistas, qualquer país, partido ou bando que se oponha aos Estados Unidos merece o tratamento de amigo de infância. Foi assim com os aiatolás atômicos, com Muammar Khadaff, louvado por Lula como “irmão e líder”.
É assim com genocidas africanos, com tiranetes cucarachas e até
com o Estado Islâmico, um viveiro de degoladores que Dilma Rousseff acha
possível regenerar com meia dúzia de diálogos amáveis e muito carinho. É
natural que seja assim com os psicopatas a serviço do Islã.
Foto:Georges Wolinski
Texto de Augusto Nunes
Fontes: Blog do Augusto Nunes
O tom burocrático da nota divulgada pela presidente Dilma Rousseff
escancara a inexistência de indignação real. Decididamente, o governo
brasileiro não enxerga ─ ou não quer enxergar, o que dá no mesmo ─ as
dimensões perturbadoras do ataque sofrido pelo semanário satírico
francês Charlie Hebdo. Foi uma das mais chocantes operações terroristas
registradas no planeta. Foi a mais insolentee repulsiva ação do gênero
ocorrida na França depois da Segunda Guerra Mundial. Foi o mais selvagem
desafio às liberdades democráticos sedimentadas pela civilização
ocidental. Foi outra sangrenta evidência de que os fanáticos adoradores
de Maomé estão decididos a revogar todos os limites impostos pela
geografia e pela lei.
Enquanto a onda de indignação nascida na Paris ensanguentada pela
milícia islâmica se espalhava pelo mundo, entidades que deveriam
defender o jornalismo e a preservação de direitos sem os quais tal
profissão é só mais uma fraude voltaram a envergonhar o Brasil com a
reedição do espetáculo do cinismo. Alguns sindicatos optaram pelo
silêncio, como se o som das rajadas de balas numa redação fosse uma
retomada extemporânea do foguetório que saudou a virada do ano. Houve os
que prolongaram os lamentos pela presença entre os mortos de
cartunistas famosos, como Wolinski (foto acima), para fingir que só não
se assombraram com o atrevimento dos matadores por falta de espaço. Dois
ou três comunicados até ousaram enxergar um atentado ao direito de
expressâo, mas trataram os liberticidas patológicos com a brandura
recomendada a companheiros de luta contra o imperialismo ianque.
Na visão caolha do governo e dos seus sabujos fantasiados de dirigentes
sindicais ou blogueiros progressistas, qualquer país, partido ou bando
que se oponha aos Estados Unidos merece o tratamento de amigo de
infância. Foi assim com os aiatolás atômicos, com o doido de pedra
Muammar Khadaff, louvado por Lula como “irmão e líder” enquanto
arrrastava a Líbia de volta ao tempo das cavernas. É assim com genocidas
africanos, com tiranetes cucarachas e até com o Estado Islâmico, um
viveiro de degoladores que Dilma Rousseff acha possível regenerar com
meia dúzia de diálogos amáveis e muito carinho. É natural que seja assim
com os psicopatas a serviço do Islã.
No universo dos países democráticos, os jornalistas brasileiros a
serviço do lulopetismo são os únicos que lutam pelo fim da liberdade de
imprensa e pela implantação da censura, sempre encoberta por codinomes
bisonhos como “controle social da mídia”, “regulação dos meios de
comunicação” ou “democratização da mídia”. Seja qual for o disfarce, o
que esses incapazes capazes de tudo pretendem conseguir é algum
instrumento que ajude a materializar o sonho do poder perpétuo e
absoluto, que exige a eliminação de jornalistas para quem a verdade e a
independência estão infinitamente acima de velharias ideológicas ou
religiosas.
Para obter o mesmo resultado que o PT persegue cavalgando a censura com
codinome, e aplaudindo a milícia que tentaram invadir o prédio da
Editora Abril, os soldados de Maomé usaram armas pesadas. Tudo somado, a
diferença entre a companheirada e os matadores de cartunistas é que os
celebrantes de missa negra não aceitam ser recompensados depois da
chegada ao paraíso com a posse de uma das 11 mil virgens. Os devotos de
Lula preferem receber o pagamento neste mundo e o quanto antes. De
preferência, em dinheiro vivo.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Por favor, registrar E-mail