Nos anos 60, 70 e 80, principalmente, o futebol pernambucano tinha três grandes times de futebol, que muitas vezes fizeram bonito nas competições nacionais.
O Náutico teve uma verdadeira seleção de craques, até 1968, com destaque para o goleiro Lula Monstrinho, o atacante Bita, Salomão, Nilo e Lala.
Depois foi a vez do Santa Cruz brilhar nos gramados, com jogadores do nível de Luciano, Ramon e Givanildo.
A partir dos anos 80 o Sport se tornou mais forte que seus rivais e tem conquistado a maioria dos títulos estaduais e regionais.
O futebol pernambucano hoje está nivelado por baixo e Náutico e Santa se esforçam para superar Central, Serra Talhada e Salgueiro e não para ser igual ao Sport.
Vai longe o tempo em que tínhamos jogadores como Henágio (Santa), Roberto Coração de Leão (Sport) e Jorge Mendonça (Náutico). Dos três, o melhor elenco é o do Sport, que, no entanto, está longe dos grandes times que armou num passado não tão distantes.
Sem dinheiro, sem um grande público nos estádios, e ainda com a violência dando às cartas, dentro e fora dos gramados, resta aos clubes investir na garotada, nas categorias de base. É o que vêm fazendo principalmente os tricolores e alvirrubros. Se persistirem nesse trabalho, se houver paciência e apoio – por parte da torcida, dos dirigentes e dos cronistas esportivos – poderemos ver o Náutico e o Santa com um bom time num futuro próximo.
O problema, logicamente, não é só de Pernambuco. Em todas as praças de futebol – como na Bahia, no Ceará e mesmo no Rio de Janeiro – tem havido uma decadência no futebol. Isso se reflete inclusive a nível de Brasil, pois até pouco tempo atrás ninguém jamais poderia imaginar que a seleção nacional seria goleada por 7 x 1 numa Copa do Mundo. E dentro de casa.
O Campeonato Pernambucano de Futebol já foi melhor, mesmo com os sacos de pancadas do passado – Íbis e Santo Amaro. Hoje é um arremedo do que já foi. É praticamente uma competição de um turno só, que daqui a pouco acaba. E os campeões nem têm tanto a comemorar.
O futebol passou a ser um espetáculo dominado pela televisão (pela Rede Globo) e os clubes hoje estão mais interessados em fazer bonito na série B e chegar à série A, quando então os jogadores poderão ser vistos na telinha em horário nobre.
Não há mais craques. Há jogadores esforçados e técnicos fazendo milagres. Que saudades dos tempos de Baixa, Ramon, Miruca e Elói.
Esses meninos de hoje, para chegar ao nível dos jogadores do passado, vão ter de ralar muito.
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