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domingo, 26 de julho de 2015

Bate papo Luciano Bezerra


Atualmente um dos 17 vereadores na Câmara de Santa Cruz do Capibaribe. Formado em Direito e Ciência Contábeis. Quando jovem professor de informática e quando criança coroinha da igreja Matriz. Traços rápidos da vida de Luciano da Silva Bezerra, participante do quadro ‘Bate-Papo’ na ultima semana.

Natural de Pesqueira viveu poucos anos em Poção até se fixar de vez na Terra Santa. Com mais três irmãos, a mãe Maria Clara Silva Bezerra e o pai José Maria Bezerra, rapidamente se identificou com a cidade e construiu sua família. Acompanhe nas próximas linhas causos e curiosidade em sua trajetória.

Infância
Enquanto crescia brincando nas ruas de Santa Cruz do Capibaribe, Luciano presenciava o pai trabalhando no Mercado Público Municipal, onde vendia cereais e a mãe ingressando na confecção. Com o olhar de uma criança imaginava que todo o mercado fosse do pai. “Eu passava em frente e dizia ‘o mercado de papai’. Bem queria”, relembra.

Moleque marrento - O garoto costumava passar as férias em Poção, onde se exibia após um período em outra cidade. Fato que desagradava outros colegas. “Certa vez cheguei num campinho todo engomadinho de branco... e comecei a falar que os meninos não sabiam jogar bola, que eu jogava melhor que todos eles juntos. E me chamaram para provar, e respondi ‘Só não vou, porque estou de branco’”. Depois disso só foi visto a carreira do pequeno Luciano pelas ruas de Poção...

Tempos de Coroinha e primeira eleição
A disputa era pela presidência do “Grupo de Teatro Evangelho em Nossa Vida”, da Igreja Matriz. O então presidente, Coroinha Luciano Bezerra, pouco se esforçou para a eleição na confiança da vitória. No entanto, o resultado positivo não veio e o choro foi inevitável.
Perdeu, mas levou – “Eu era o presidente e o Ney Lima articulou-se com o meu irmão Claudionor para me tirar do cargo. Realmente eu fiquei inconformado e chorei. Meu irmão que ganhou para presidente se comoveu com a situação e falou para todos que como presidente estava renunciando e passando o cargo para mim”, conta às gargalhadas.
Durante o período, além do hoje radialista Ney Lima, Luciano conta que professor Rimário Clismério, o conselheiro Zé Alves e Emanoel Glicério (in memória), eram seus colegas coroinhas.


Estudos
Com o ensino fundamental e médio concluído do extinto Cenescista, Luciano guarda boas recordações de uma turma que praticamente lhe seguiu desde o primeiro ano escolar.
“Desde a primeira série até o antigo segundo grau (atual ensino médio) fiz lá e fiz amizades que carrego até hoje. Por exemplo, Junior Gomes e Fábio Aragão são desde esse período. Costumo dizer que existe amigos mais chegados que irmãos e vem dessa desse Colégio. Estudei também com Magali Oliveira, Fabrícia, Francineide e muita gente boa”, diz orgulhoso.

Mestres
Ainda sobre o Colégio, Luciano não esquece as aulas de educação física do professor Zé Carlos, nem em sala de aula com José Nivaldo (In memoria) a quem faz um destaque especial.
 “Foi com ele a minha primeira oportunidade real de trabalho, numa escola de informática. Era um professor fantástico e tinha uma visão fora de série. Devo muito a ele”, diz emocionado.

Tempos de universitário
Formado em Ciências Contábeis pela Universidade Estadual da Paraíba (UEPB) e em Direito pela Associação Caruaruense de Ensino Superior (ASCES), guarda muitas recordações, principalmente das viagens diárias. Algumas assustadoras também.
“Quem viaja pra Campina faz dois cursos. A graduação e um curso de convivência. E acaba vivenciando tudo de uma forma muito intensa”, conta e fala de causos de terror também. “Nós tivemos dois assaltos. Em um deles confundiram com lotação de comerciantes e levaram todos para dentro do mato. O pavor foi tamanho que ficamos até às 5h da manhã dentro do carro”, relembra.
Em outra oportunidade, levaram a sua aliança de recém-noivado. “Era o que eu tinha de valor, Ainda tentei esconder, mas não deu”, diz.

Vida política – Derrota, derrota, derrota e vitória
Como é possível perceber, desde criança Luciano gostou das disputas eleitorais (liderança entre coroinha e grupos estudantis fizeram parte de sua criancice e adolescência). Na família, primos também já haviam ingressado pelo mesmo caminho, quando Luciano ainda era criança.
Durante adolescência começou na campanha de 1996. Eleição entre o Padre Bianchi e Ernando Silvestre, tendo o segundo como vencedor. “Com a habilidade que já tinha em informática, eu fazia a digitação das cartilhas dos fiscais”, conta.
No referido pleito, havia um motivo especial para o engajamento. De família tradicional na Igreja Católica, havia um desejo imenso de ver o padre administrando a cidade.

Coordenador de Campanha
No ano de 2004, a disputa foi entre José Augusto Maia que buscava a reeleição e Dr.Nanau representando a oposição. Uma nova derrota, mas que valeu de muita aprendizagem.

Na coordenação ainda contou com dois amigos dos tempos colegiais. O hoje vereador Junior Gomes e o atual Secretário Fábio Aragão.

Curiosidade – A esposa Diocleide costuma dizer que esta eleição marcou um trauma em sua vida. Recém-casados não esquece do dia em que Dr.Nanau chegou em sua residência e fez o convite para comandar a campanha. “Depois desse dia, perco meu esposo durante alguns meses, de quatro em quatro anos”, brinca.

Candidato
Em 2008 ele entendeu que era o momento de se lançar na disputa por uma das vagas na Casa José Vieira de Araújo. Aliado a isso, ainda coordenou novamente a campanha majoritária, desta vez do então candidato Edson Vieira.
Com 964 votos não obteve êxito, ficando como suplente, e ainda viu o então adversário Toinho do Pará, consagrar-se prefeito.

A redenção
2012 foi o ano da dupla vitória. Dando a volta por cima consegue ser eleito, entre os 17 vereadores, e ver Edson Vieira bater José Augusto Maia para o Palácio Brás de Lira.
O vereador se destaca por seus cálculos eleitorais. Durante a campanha afirmava sempre que o grupo conseguiria eleger 10 dos 17 parlamentares.  “As experiências anteriores fizeram com que chegássemos em 2012 preparados”, diz.

Jogo rápido
Afrânio Marques – Meu presidente
Junior Gomes – Um amigo de infância, uma liderança e amigo para o futuro
Fábio Aragão – Um irmão
José Augusto Maia– Ultrapassado
Dimas Dantas – Uma decepção
Ernesto Moraes – Anarquista
Diogo Moraes – Um deputado de futuro
Edson Vieira – Um amigo
Família - Meu tudo
Santa Cruz do Capibaribe – Minha Paixão

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