Política
Garoto, que aprendeu a dirigir cedo, já participava da campanha de Gaudêncio Feitosa, em 1967, na condução de um jipe com uma difusora, pelas poucas ruas da cidade. O pleito foi vencido por Padre Zuzinha. “Eu só não participava das decisões. Mas ficava curioso vendo aqueles homens entrando e saindo lá de casa”, relembra.
Sem nunca ter sido candidato a nenhum cargo eletivo, até então, recebe uma ligação em meados de 1992, onde lhe informavam que seria o candidato. “Estava em Campinas, no interior de São Paulo, e me ligaram dizendo que já tinham feito uma reunião e eu seria o melhor nome para disputar. Voltei de viagem sem conseguir dormir, ainda não estava assimilando bem essa história”, diz.
Sem saber que era filiado ao Partido Socialista Brasileiro, sai como candidato a prefeito, tendo na vice José Augusto Maia, contra Salete Jordão. “Eu nem sabia que era filiado. Eu não queria. Dionelma certa vez chegou com uns papeis para assinar e nem sabia que era a filiação”, conta.
Campanha
Seu primeiro discurso como candidato aconteceu na Rua Lázaro Davi Monteiro. Aquela que seria primeira rua calçada após sua vitória nas urnas. A campanha foi uma das primeiras a ter uma estrutura de marketing, com assessores contratados para dar dicas de posturas, falas e gestos.
Com o decorrer da campanha, Ará tinha certeza da vitória. Mais que o povo nas ruas, era balizado por pesquisas que constantemente tinha em mãos. “De 15 em 15 dias tínhamos uma pesquisa. A primeira já mostrou a gente com uma frente. Isso deu animação. Mas isso era pra um grupo fechado, trabalhamos dessa forma”, relembra.
Gestão
A vitória aconteceu com uma diferença de 903 votos. Era hora de comandar os destinos da cidade pelos próximos quatro anos... “Naquela época era uma dificuldade incrível. E montar a máquina num período de grande seca que tivemos, como a de 1993, foi muito pior”, conta.
Deixando o vice
Para piorar, após uma viagem de 20 dias realizada a Israel, muita coisa foi modificada pelo seu vice-prefeito José Augusto Maia, que comprometeu o término do governo.
“Primeiro ele nomeou os concursados, sem a minha presença. Detalhe: foi o primeiro concurso público que essa cidade teve. Ele nomeou e deu 20% de aumento salarial para todos os funcionários”, lembra e faz uma crítica logo em seguida. “Zé foi prefeito durante 8 anos, pergunte a ele quanto deu de aumento durante esse tempo”.
O governo de Aragãozinho findou de forma desgastante. E após os quatro anos de gestão ele abandou as disputas eleitorais. “Faltou experiência. Depois fui lutar pela minha família e começar de novo. Não me arrependo, gosto de política, mas às vezes muitas pessoas não gostam das minhas posições”, finaliza.
Jogo Rápido
Raymundo Francelino Aragão – Meu pai, meu amigo...É o meu Céu.
Fernando Aragão – Meu compadre, louco para ser prefeito de Santa Cruz e será, se Deus quiser.
Miguel Arraes de Alencar - Para mim não foi bom um governador.
Oseas Moraes – Meu amigo, gente boa.
Toinho do Pará - Boa pessoa. Foi o vereador que dei mais prestígio durante o governo.
Edson Vieira – Primo, amigo, só não votei nele... Tá administrando Santa Cruz com dificuldade
Diogo Moraes – Meu amigo e nos damos muito bem.
José Augusto Maia - Gente boa, tranquilo. Não tenho adversidade com ele, cada um tem seu ponto de vista.
Helinho Aragão – Meu sobrinho, afilhado e amigo. Um dos meus amores.
Santa Cruz do Capibaribe – Tudo na minha vida. Sou muito grato a Santa Cruz do Capibaribe. Minha terra, a terra que me pai libertou.
Do Direto ao Ponto
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