Tentando pôr um fim à crise entre o Poder Judiciário e o Legislativo, o ministro Teori Zavascki determinou que fosse suspensa a Operação Métis, que semana passada levou a Polícia Federal ao Congresso, culminando com a prisão de quatro funcionários do Senado, da área de Segurança.
A ação tinha sido determinada por um juiz de primeira instância de Brasília e agora só pode prosseguir com ordem do Supremo.
Afinado com Teori Zavascki, o ministro Gilmar Mendes, também do STF, fez críticas a Operação Métis, argumentando que colocar polícia no Congresso não é a melhor maneira de lidar com os problemas. “A não ser que seja imprescindível, nós devemos evitar”, disse Gilmar à imprensa da capital federal.
O primeiro a reagir fortemente a presença da Polícia Federal no Congresso foi o presidente do Senado, Renan Calheiros. Na ocasião, ele acusou o juiz Vallisney de Souza Oliveira, que determinou a Operação na Casa Legislativa, de “usurpar” a competência do STF, chegando a chamar o magistrado de “juizeco”. O termo pejorativo foi criticado por integrantes do Poder Judiciário, inclusive a ministra Carmen Lúcia, presidenta do Supremo.
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