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sexta-feira, 3 de março de 2017

Marcelo livra cara de Temer


Se depender do depoimento do empresário Marcelo Odebrecht, mandachuva do Grupo Odebrecht, o presidente Michel Temer (PMDB) não tem como ser incriminado e sofrer, consequentemente, um processo de impeachment decorrente das contas mal-assombradas na campanha de 2014, na qual foi eleito vice-presidente na chapa de Dilma Rousseff, reeleita presidente da República.
Ao ministro Herman Benjamim, relator do processo no Tribunal Superior Eleitoral, Marcelo contou, anteontem, em Curitiba, que esteve de fato com Temer no Palácio do Jaburu em Brasília, para um jantar, mas em nenhum momento o então vice-presidente, na condição de presidente nacional do PMDB, pediu R$ 10 milhões para campanhas de aliados. Marcelo confirmou ter se encontrado com o presidente Michel Temer durante tratativas para a campanha eleitoral de 2014.
Mas negou ter acertado com o peemedebista um valor para a doação. Ele informou que não houve um pedido direto pelo então vice-presidente da República para a doação de R$ 10 milhões ao PMDB. Marcelo afirmou que o valor já estava acertado anteriormente e que o encontro foi apenas protocolar. De acordo com o empresário, as tratativas para a doação foram feitas entre o ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha, e o executivo Cláudio Melo Filho. Ele admitiu que parte dos pagamentos pode ter sido feita via caixa 2.
Em anexo de delação premiada que vazou em dezembro, Melo Filho, que é ex-diretor de Relações Institucionais da Odebrecht, mencionou o jantar no Palácio do Jaburu no qual, segundo ele, Temer teria pedido pessoalmente “auxílio financeiro” ao empreiteiro, que se comprometeu com R$ 10 milhões.  Ao depor na ação que tramita no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Marcelo disse que Temer não mencionou a doação de R$ 10 milhões.
Esta era a principal acusação que comprometia Temer. Se o próprio doador revela que não houve interferência direta do agora presidente da República, o relator fica sem provas testemunhais para qualquer incriminação em relação aos supostos R$ 10 milhões. Possa ser até que surjam outros embaraços, mas neste caso específico não há como se sustentar um processo de cassação do mandato do presidente.
MINISTRO DETERIORADO– Aliados de Temer acham que as declarações do empresário Marcelo Odebrecht na ação que pede a cassação da chapa Dilma e Temer complicam a vida do ministro licenciado da Casa Civil, Eliseu Padilha. A avaliação é que a situação de Padilha piora com a confirmação de que foi o ministro quem negociou com o ex-Odebrecht Claudio Melo diretamente R$ 10 milhões para o PMDB em 2014. Isso porque parte desse dinheiro - R$ 6 milhões – foi para a campanha de Paulo Skaf, candidato do PMDB ao Governo de São Paulo em 2014. E o pagamento, na versão da Odebrecht, foi autorizado por Padilha.
Governador ou senador?– Um dos ministros com melhor avaliação no Governo Temer, o pernambucano Mendonça Filho, da Educação, desembarca hoje cedo em Afogados da Ingazeira, no Sertão do Pajeú, para inaugurar uma escola em tempo integral na comunidade São João, na zona rural. Mendonça tem andado o Estado inteiro com uma frequência impressionante, daí a razão das especulações de que sairá candidato majoritário no Estado em 2108. Há quem diga que seu projeto é o Senado, mas não está descartada a sua candidatura a governador.
Rombo em Jaboatão– 
Há dois fundos previdenciários em Jaboatão: o Fundo Financeiro, que beneficia os servidores nomeados até 2006 e de onde saem às aposentadorias e pensões pagas atualmente; e o Fundo Capitalizado, que serve de poupança para os funcionários contratados a partir de 2006 e que servirá para o pagamento dos futuros aposentados e pensionistas. Ao invés do ex-prefeito Elias Gomes ter feito os aportes, optou por realizar saques, resultando num rombo de R$ 15,4 milhões. O déficit sobrou para o prefeito Anderson Ferreira (PR), para cobrir com recursos do Tesouro Municipal.

Olinda bombou– O carnaval de Olinda surpreendeu não superou a expectativa de rendimento turístico. Cerca de 2,3 milhões de foliões estiveram na Cidade Alta durante os cinco dias oficiais de festa para aproveitar os 242 shows e mais de mil blocos nas ladeiras. A rede hoteleira teve ocupação de 97% e mais de 60 mil empregos - diretos e indiretos - foram gerados. Segundo a Prefeitura de Olinda, foram injetados R$ 120 milhões na economia. No último ano, 2,8 milhões de foliões passaram pela Cidade Patrimônio e houve um incremento de R$ 190 milhões na economia.
Segurança funcionou– 
No balanço oficial do Carnaval divulgado, ontem, o governador Paulo Câmara (PSB) comemorou a não ocorrência de um só crime nos diversos polos da folia vigiados pelo forte esquema de segurança montado na Região Metropolitana. Em Vitória de Santo Antão e Água Preta, que não são polos oficiais, ocorreram três crimes, mas segundo o Estado sem relação direta com a festa. “Nosso esquema funcionou perfeitamente e tivemos um dos carnavais mais tranquilos nos últimos anos”, afirmou Câmara, destacando que o efetivo contou com a mobilização de mais de 31 mil policiais.

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