Lampião e outros cangaceiros conhecidos de sua época, assim como militares que lutaram contra os fora da lei sertanejos, marcaram presença também em diversos municípios do Agreste Meridional, a exemplo de Garanhuns, Águas Belas, São Bento do Una, Angelim, Capoeiras, Caetés, Paranatama e Canhotinho.
Vários fatos que ocorreram nesses municípios, envolvendo personagens famosos da história nordestina, vão ser contados em livro pelo escritor e pesquisador Junior Almeida, que deve lançar sua obra, toda ela baseada em depoimentos, documentos e extensa bibliografia, ainda neste ano de 2018.
“Lampião, o Cangaço e Outros Fatos do Agreste Pernambucano” traz por exemplo detalhes da vida do PM José Caetano, que lutou contra Lampião e seu bando e quando passou para a reserva veio morar em Angelim, onde viveu seus últimos dias de vida e está sepultado.
Uma das narrativas mais interessantes do livro de Júnior Almeida se refere ao ataque frustrado de Virgulino Ferreira a Paranatama, que na época se chamava Serrinha. O perigoso bandido teve de fugir às pressas com seu bando, porque sua mulher, Maria Bonita, levou um tiro na bunda e precisou ser socorrida para não acontecer o pior.
Júnior estreou em livro com “A Volta do Rei do Cangaço”, em que faz ficção com a vida de Lampião, que não teria morrido na Grota de Angicos, em 1938, e sobreviveu até pouco tempo atrás, por conta de uma espécie de maldição.
Agora é história mesmo, é a realidade, com muitas revelações inéditas que vão interessar tanto aos estudiosos do cangaço quanto ao leitor comum, principalmente moradores da região, muitos deles sem informação de como o bando de Virgulino e outros atuaram de alguma maneira em Garanhuns ou cidades vizinhas.
*Foto: Lampião e Maria Bonita, arquivo do jornal O Globo.
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