Jornalista Reinaldo Azevedo, da Band News, entrevistou nesta quinta-feira à noite, no programa "O É da Coisa", o presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
O petista respondeu com firmeza todas as perguntas, mesmo as mais delicadas.
Presidente defendeu o papel estratégico da Petrobrás para o país, argumentando que a empresa não pode servir somente aos acionistas, gerando altos lucros para um grupo de privilegiados.
Frisou que a Petrobrás precisa investir em pesquisa, como fez nas suas gestões de 2003 a 2010, quando foi possível descobrir o pré-sal.
Lula foi incisivo a respeito de ministros que traem sua confiança e não defendem os interesses do Brasil: serão demitidos.
Na entrevista, o líder de esquerda falou sobre o fortalecimento do programa Bolsa Família e a volta do Minha Casa, Minha Vida.
Anunciou investimentos, neste primeiro ano da administração, que vão superar o montante do aplicado em quatro anos pelo governo anterior.
Presidente criticou abertamente o presidente do Banco Central por manter os juros altos, a seu ver prejudicando a população do país.
"Eu fui eleito pelo voto popular, tenho de prestar contas aos deputados, aos senadores, aos órgão de controle como Tribunal de Contas, ao STF e à imprensa. Por que o presidente do Banco Central não precisa prestar contas a ninguém?", questionou.
Lula falou ainda dos esforços para acabar com a guerra na Ucrânia, lembrando que o conflito está tendo consequências em todos os países, inclusive o Brasil.
Ele revelou que terá conversas com os presidentes da China e da Ucrânia, quando tentará mediar o fim da guerra. "Se necessário eu falo com o Putin também".
Reinaldo lembrou ao presidente que jornalistas estavam ironizando as tentativas do petista em pôr fim ao conflito no país da Europa.
"Alguém tem de tentar. Por que não o Brasil?", ponderou, argumentando que o nosso país é gigante e pode ser protagonista nessas questões. "Mas ainda existe o complexo de vira lata, por parte de quem acha que somos pequenos", completou o governante.
No final da entrevista, Lula elogiou o jornalista Reinaldo Azevedo, que foi crítico das gestões anteriores do PT. "Seria importante que o Brasil tivesse mais jornalistas com o seu caráter", frisou o presidente.
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