As melhores marcas anunciam aqui

As melhores marcas anunciam aqui

quarta-feira, 26 de abril de 2023

PALCO NÃO É PICADEIRO, POLÍTICA NÃO É PORNOPOLÍTICA

 


Somos seres mergulhados em representações, nascido no século IX antes de Cristo na Grécia, o teatro é um dos elementos de representação utilizado para trazer diferentes temas e provocar uma maior reflexão em torno daquilo que é representado, sem dúvidas algo que contribuiu para o processo de formatação de diferentes culturas no mundo todo, mas nem só do teatro clássico vive o homem, temos representações teatrais imbrincadas em diferentes setores de maneira subliminar, um desses setores é o da política.

A teatralização política por vezes necessária pode ser também muitas vezes danosa, para citar cidades de pequeno e médio porte como Toritama, Taquaritinga, Brejo da Madre de Deus, Santa Cruz do Capibaribe, Jataúba e outras que poderíamos citar a esmo, são cidades onde a teatralização em muitos casos ocupa o lugar da realidade, e isso fortalece o empobrecimento da capacidade de politização do seu povo, basta que se observe o comportamento de boa parte dos populares que acompanham "brigas" "políticas" em lugar de se ocupar, por exemplo, dos projetos de lei que tramitam nas câmaras de vereadores.

Isso é reflexo de uma prática antiga que une a chamada política hereditária (voto em quem meus antepassados votam), com falta de um cuidado maior também com a política após as urnas, pois tem quem depois do voto em tempos de eleição, se esqueçam facilmente em quem votou pouco tempo depois, bem como na teatralização, muitas vezes se perde o candidato e aparece um "novo" ser, que ninguém viu nos palanques. Os danos trazidos por uma sociedade que não cuide dos rumos políticos com cuidado são muito sérios e prolongados, pois quando não se pensa no que se está fazendo ao apertar o botão das urnas, isso pode se transformar em menos saúde, menos educação, menos direitos humanos, menos qualidade de vida, e isso no que se refere ao coletivo, o voto é individual, mas o resultado impacta o coletivo.

E aqueles que usam a tribuna como espaço amplo para apresentações divertidas ou tentando fazer eleitores de surdos utilizando a técnica da gritaria como vetor de credibilidade? Não sabem esses que aqueles que querem ouvir esse tipo de político já são definidos pelo seu baixo nível de entendimento de sociedade e consequentemente pela falta de coerência quando defende suas causas. O palco da política deve ser respeitado em favor de todos, palco não é picadeiro, quem não sabe diferenciar um do outro, deve procurar saber onde verdadeiramente deve estar. No mais fica o dito para ser reescrito e ponto final.


Professor Rimário

Graduado em História, Pós-graduado em História Contemporânea, Pós-graduado em Ciências da Educação.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Por favor, registrar E-mail