Parece que, finalmente, a prefeitura de Santa Cruz do Capibaribe vai devolver à população, o hospital de urgência e emergência construído na gestão passada e que passou por uma reforma, tão demorada, que quase rivaliza com o secular conflito entre Inglaterra e França, ocorrido entre os séculos XIV e XV.
Por pouco a harmonização facial da UPA não ultrapassa sua própria construção. Vista de fora, a unidade teve a pintura renovada e o estacionamento asfaltado. Iniciativas que não exigem mais do que um ou dois meses de serviços. A justificativa é que, por dentro, é uma nova unidade.. E disso não devemos duvidar já que é atestada por um personagem que, coincidentemente, é sub da atual da atual gestão. Um angu difícil de entender. A atual secretária tem como conselheiro o secretário do tempo em que a UPA “estava para cair”. E este, num programa de rádio, louvou as novas instalações, reconhecendo a “incompetência” ou a “competência”, dependendo do ponto de vista. Para completar o enredo e mostrar que o Novo tempo é tão jovial quanto Matusalém, um ex-gestor da UPA e vereador do município, teria sido convidado para se integrar às cores encarnadas da Terra da Sulanca, mas recusou.
Não se tira o mérito e a importância de uma reforma, mas questiona-se uma gestão que, decorridos 63% da sua duração, serve-se de obras e pessoas da gestão anterior como única vitrine eleitoral. As surrealidades são muitas. O mesmo ex-secretário que criticou sua própria gestão e elogia a atual como co-piloto, também reinaugurou um laboratório que já havia inaugurado na gestão passada. Cobrou o escanteio e cabeceou a bola.
A atual gestora do Santa Cruz Prev ocupava a mesma função no governo passado, quando foi acusada de prevaricação. E seguem outros casos que “não prestavam” e agora estão prestando. Nenhum pedido de desculpas a quem foi acusado, desmerecido, criticado e que agora deles se serve o prefeito para vender o “novo”. Acima de tudo, política é pragmatismo, mas nesse colosso da moda o pragmatismo é mais pragmático. Para a população, porém, importante é voltar a dispor do que tinha antes, um serviço de emergência bem localizado e eficiente, faltando apenas a volta das cirurgias e dos partos cesarianos. O dinheiro a Caixa tem, a Câmara Municipal autorizou a contratar e a prefeitura pode pagar. Nenhum “canalha” votou contra.
Gisonaldo Grangeiro, "cearense" de Pernambuco, agrestino do Polo, professor efetivo da Rede Estadual de Educação do Estado do Ceará e da Rede Municipal de Educação de Fortaleza.
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