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segunda-feira, 23 de setembro de 2024

2026 É LOGO AQUI


 Passados quase dois anos do mandato da governadora Raquel Lyra, a pergunta que se faz é: como a gestora chegará politicamente para disputar a reeleição em 2026, considerando que sua aprovação popular não é das melhores, que não tem uma base sólida na Assembleia Legislativa, que não segurou os aliados que a ajudaram a derrotar a ex-deputada Marília Arraes e, principalmente, sabendo que seu adversário será o “Pablo Marçal” da esquerda (comparação apenas no aspecto midiático, na espuma da fama)? Some-se a isso o fato de ela estar filiada ao moribundo PSDB e ter na sua aliança política partidos insignificantes como o PSD (zero deputados) o PDT, o PV e o MDB, que devem mais reverência a João Campos do que mesmo a ela, detentora de uma máquina formidável que é o governo do Estado.

        Mesmo o resultado das eleições municipais não será um alento político para Raquel. Em Recife, a vitória acachapante de João Campos vai moer até o bolsonarismo. Juntos, o candidato da governadora e o candidato do ex-presidente, não chegam sequer a ameaçar um segundo turno, o que já seria uma vitória, tamanho o favoritismo do prefeito do PSB. E não se discute aqui o mérito desse favoritismo e sim a incapacidade da oposição de provocar qualquer tensão num pleito onde o eleitorado já está consciente de que vai votar em João e eleger Victor Marques. Não se trata de reeleger um prefeito que é um potencial candidato a governador, mas de reconduzir alguém que já está “formando o secretariado” para 2027.

        È normal e tradicional que o candidato da máquina agregue quase todos os prefeitos do estado. Terminado o pleito, mesmo com a vitória de um oposicionista, a migração dos gestores da base do derrotado para a base do vencedor é natural como a água que escorre conforme a gravidade.  Mas esse pode não ser o caso da reeleição da governadora. Sua influência nesse pleito que se aproxima não decide a eleição de ninguém. Aliás, ela corre o risco de ver seu candidato perder na cidade simbolicamente mais importante, Caruaru. Em nenhum  dos grandes municípios do estado, o candidato a prefeito lidera porque pertence à base da governadora. E pra piorar, os aliados sorridentes de agora, chamados inclusive no diminutivo, evidenciando o carinho e a intimidade política, podem debandar para o barco de João Campos, sem nenhum constrangimento.

     Da aliança que a elegeu em 2022, ela também não pode contar com a chamada “direita”, aquela que abriga o bolsonarismo, como o PL de Anderson Ferreira, do Coronel Beira, do deputado Abimael... Dependendo dos movimentos políticos de Raquel até o pleito de 2026, é mais provável que essa turma corra também para a candidatura do filho de Eduardo Campos, que, dado seu caráter político, não teria nenhuma dificuldade em recebê-la. Depois do vexame que o sanfoneiro fanfarrão Gilson “Rachado” vai passar em Recife, arrastando consigo o bolsonarismo, não tem como o PL pensar em candidatura própria, exceto se o estoque de óleo de peroba não for suficiente.

        Não se sabe o porquê de a governadora não ter segurado um nome importante da geografia eleitoral para 2026, o ex-prefeito de Petrolina, Miguel Coelho. Espaço administrativo na máquina estadual havia à vontade, como também para a chapa majoritária em 2026. Acrescente-se o secretariado fraco e não político que formou, obrigando-a a fazer diversas mudanças já no primeiro ano de mandato. E a cereja do bolo indigesto, a briga com o presidente da ALEPE, Àlvaro Porto. De concreto mesmo, do ponto de vista político, restou-lhe a bancada do PP liderada por Eduardo da Fonte, que, provavelmente, nem pleiteará uma vaga de candidato a senador. Deve investir em mais uma reeleição e manter seu poder de fogo.

          O grande desafio de Raquel não é só dar visibilidade às ações administrativas, que são muitas e importantes para a população, mas furar o balão do “governador” João Campos. Duplamente. Primeiro entre os prefeitos e depois entre o eleitorado. E esse primeiro furo precisa se dar até abril de 2026, momento em que o prefeito de Recife decide, oficialmente, se deixa a prefeitura. Claro que já “deixou” nas conversas internas, animado com a baixa popularidade da governadora, mas se ela se recuperar perante a população, o socialista terá, no mínimo, um dilema: deixar a prefeitura e arriscar o governo. Ele é muito jovem e não perderia muito se esperasse para 2030, sem uma derrota para Raquel no currículo.

        Terminado o pleito dos prefeitos, é hora de a governadora mostrar serviço, levar até o conhecimento da população as obras e iniciativas que divulga em suas redes sociais. Isso serve também para animar possíveis aliados políticos. João já tem a chapa formada: ele para governador, Silvio Costa Filho e Humberto Costa para o Senado e Miguel Coelho para vice. Ela tem duas vagas de senador para negociar apoios políticos, mas corre o risco de preencher com “qualquer um” se a certeza de uma derrota estiver nas mesmas perspectivas de agora. Até a força política de Priscila Krause, para se manter na vice, é questionável. Ela teria autoridade suficiente para manter o Desunião Brasil com Raquel? O prazo que resta à governadora, para melhorar a popularidade, é dezembro de 2025.

        Sabe-se que o estado tem um considerável volume de investimentos, destacando-se a reforma de estradas. Investimentos significativos estão sendo feitos também na saúde a no aparelhamento das forças policiais. A governadora se comunica bem nas redes sociais e mantém uma relação amistosa com o presidente Lula. Amistosidade que não parece oportunismo político. Isso pode ter alguma influência em 2026. Até o líder do PSB dentro do PT, Humberto Costa, ficou chateado com a manobra de João  Campos para barrar o PT na vice, em Recife. Se chegar fragilizada no início de 2026, resta a Raquel Lyra, aproveitando esse beicinho de Humberto e a simpatia de Lula, dar “O pulo da gata”, única forma de forçar o golpista do PSB a adiar seus planos de governar o estado de Pernambuco.


 Gisonaldo Grangeiro, "cearense" de Pernambuco, agrestino do Polo, professor efetivo da Rede Estadual de Educação do Estado do Ceará e da Rede Municipal de Educação de Fortaleza.

segunda-feira, 19 de agosto de 2024

È tetra

           O que era uma possibilidade, materializou-se. Oficialmente, a disputa pela prefeitura de Taquaritinga do Norte terá quatro vias, uma a mais que na surpreendente eleição passada. Quando se fala em terceira via, considera-se a postulação de alguém que se lança na disputa com alguma possibilidade de, no mínimo, exibir uma respeitável performance eleitoral. O então candidato Fábio de Jairo rompeu a barreira dos mil votos, beliscou uma fatia da votação Calabar e ainda elegeu um vereador, que hoje preside o poder legislativo local. Agora serão quatro candidatos e nenhum pode ser considerado como figurante.

            Apostava-se numa desistência de Jânio Arruda, asfixiado por um "ataque especulativo" do dissidente Jobson da Internet e um cartel de derrotas para o Calabar, mas o ex-prefeito resistiu. Também havia a expectativa de um possível acordo entre o candidato do União Brasil com o vice-prefeito Gena Lins para a formação de uma chapa única para enfrentar o candidato da situação, Allyson Dias. Jânio esfregou as mãos de ansiedade, torcendo por esse acordo, assim correria sozinho no eleitorado Gravatinha, mas as fotos postadas em redes sociais não se transformaram numa junção Gena-Robson, alimentada, segundo disseram, pela frustração com o público presente nas convenções, principalmente do chamado grupo Roxo.

            Das quatro candidaturas, uma não tem muito o que perder, a do ex-prefeito Jânio Arruda, acostumado com os dissabores eleitorais desde o ano 2000, mas ainda esperançoso com a performance de 2020. Dessa disputa sairá o tamanho eleitoral de Jânio, depois de tantas jornadas e agora com um candidato dissidente no seu grupo. Porém, mais do que Jânio, é Jobson da Internet que está na obrigação de superar a votação do ex-prefeito, já que é claramente a campanha do milhão contra o tostão, e não apenas em termos de estrutura. Jobson está acompanhado de três ex-prefeitos, sendo assim, não será muito honrosa uma votação inferior à de Jânio

                                                                          È treta

           Conforme dito acima, o aroma de uma possível junção dos grupos Branco e Roxo, representados, respectivamente, pelo vice-prefeito Gena Lins e pelo empresário Jobson da Internet, chegou a impregnar narizes mais sensíveis, acostumados com os simbolismos de campanhas eleitorais. O agora saudoso Sílvio Santos, olhando os “sinais”, certamente perguntaria: “é namoro ou amizade”? Nem uma coisa, nem outra, terminou sendo inimizade, política, evidentemente, já que houve um estranhamento entre os dois grupos por causa do chamado “kit convenção”, atribuído a jovens da campanha do vice-prefeito Gena Lins, composto de cachaça, vodka e outros ingredientes, para dar uma animada no evento que lança os candidatos.

          A esposa do candidato Jobson da Internet reprovou firmemente o tal kit atribuído à “Juventude Genial”: “Espero que essa coligação reveja tudo o que foi colocado e que não volte mais a se repetir”, foram as palavras de Simone, esposa do candidato do União. Claro que o anúncio do tal kit foi uma falha da pré-campanha de Gena Lins, mas a repercussão terminou respingando nele, o responsável pela campanha. Politicamente incorreto, mas a ressaca causada pelo tal kit foi enterrar de vez a possibilidade de um entendimento entre os dois candidatos com vista a uma candidatura única.

         Além desse episódio do kit, insatisfações internas teriam existido, com candidatos proporcionais fazendo beicinhos para a possibilidade de uma junção. Uma equação muito difícil de fechar, afinal, depois de se rebelar contra Jânio, depois de sugar lideranças do ex-prefeito, depois dos dispêndios da pré-campanha, depois de juntar no mesmo barco, “cassado” e “cassadores” e convencer o ex-prefeito Evilásio a pensar pequeno, como seria a engenharia para uma junção com o Branco? Como chegar para Evilásio e dizer-lhe que nem pequeno ele poderia pensar? A própria desistência de Jobson para ser vice de Gena, mesmo que com uma promessa para 2028, já seria pensar minúsculo, uma vez que não se imagine que, uma vez obtendo sucesso nas urnas, o atual vice-prefeito se conformasse com apenas quatro anos de mandato.

                                                                                           È hepta

          Se há um político que merece um prêmio por resiliência, esse político é o ex-prefeito Jânio Arruda da Silva, que já disputou sete vezes a prefeitura de Taquaritinga do Norte, estando agora na oitava tentativa. Nesse quesito, ganha até para o presidente Lula, que disputou seis vezes e só não empatou com Jânio porque a candidatura de 2018 foi barrada pela justiça eleitoral. A resistência de Jânio reside no fato de que um político pode perder algumas, como Lula em 1989, 1994 e 1998, mas depois emplacar uma sequência de vitórias, incluindo a eleição de “postes” ou alternando com derrotas, mas o caso de Jânio é o inverso: reinou em 1988, 1992, 1996 e a partir da eleição de 2000 não conseguiu mais sucesso nas urnas, mesmo sentado na cadeira de prefeito que os Gravatinhas, incluindo Erivaldo e Jobson, “tomaram” de Zeca, em 2008.,

         Foi apostando nessa sequência de insucessos que Jobson imaginou suplantar Jânio dentro do Grupo Gravatinha e assumir a candidatura e o controle do grupo, apostando num desgaste irreversível do ex-prefeito diante da militância. Mas, além da condução desastrosa e desrespeitosa, o candidato do União precisaria de um argumento muito forte para convencer Jânio a esquecer a espetacular votação de 2020. Como se fosse uma microcirurgia, Jobson queria usar uma alavanca (aquele instrumento leve e pequeno usado para cavar  buracos de cerca) no lugar de uma agulha para fazer a sutura política. Ansiedade de calouro, captada, evidentemente, por Jânio, que bateu o pé, oficializou a candidatura, formou chapa proporcional com dois vereadores e se lançou literalmente na disputa, percorrendo ruas e feiras livres.

           Jânio fez um cálculo, muito acertado, e seus concorrentes sabem disso, principalmente Jobson. Pode ser que a dinâmica da campanha imponha fatos novos e pressionem o candidato do PSD, mas o fato é que a batata quente está nas mãos do candidato do União, ou seja, com a estrutura que tem, está obrigado a fazer primeiro o dever de casa, vencer no eleitorado Gravatinha, superando Jânio, e só depois pensar na cadeira de prefeito. Não chegar em primeiro lugar é “normal”, no mínimo se projeta para disputas futuras, mas se perder para o ex-prefeito vai ficar difícil conservar o elenco e  o projeto de mil maravilhas gestado por computação gráfica.

 

 Gisonaldo Grangeiro, "cearense" de Pernambuco, agrestino do Polo, professor efetivo da Rede Estadual de Educação do Estado do Ceará e da Rede Municipal de Educação de Fortaleza.

LUIZ GONZAGA, SILVIO SANTOS E AS POLÍTICAS DO PT

 


Com a morte de Silvio Santos, neste sábado 17 de agosto, foi divulgado nas  redes socais um vídeo antigo do cantor Luiz Gonzaga no programa  do famoso comunicador. 

Silvio pergunta a Gonzaga qual a música que  os fãs  mais pedem nos shows.

O artista pernambucano responde  que é "A Triste Partida", com letra de Patativa de Assaré, gravada pela primeira vez em 1964.

Surpreso, Silvio dá a  entender que na sua cabeça seria "Asa Branca".

Luiz complementa dizendo que esta canção (Asa Branca) é seu maior sucesso. Revela, porém, um carinho especial por A Triste Partida

"Patativa de Assaré é o maior poeta do Nordeste", disse Gonzagão. O cearense, na época da entrevista e apresentação,  ainda estava vivo.

Música "A Triste Partida" tem 8 minutos. É antológica.

Representa na  música, possivelmente, o que "Vidas Secas", de Graciliano Ramos, representa na literatura.

A canção de autoria de Patativa narra a saga  dos nordestinos, até meados da década  de 60.

Uma  seca terrível na  região faz com que uma família deixe o Nordeste para viver em São Paulo.

Vendem os animais, até o galo, tudo  que têm, a um "feliz  fazendeiro" que compra tudo por uma ninharia.

Pegam um pau de arara, os filhos saudosos na estrada, lembrando do cachorro, do gato e da  boneca (no caso da menina).

Chegam em São Paulo e são discriminados. O chefe de família trabalha como escravo, sem melhorar de vida, perdendo as esperanças de voltar.

Essa era a realidade do Nordeste, nos anos 50 e 60 do século passado.

Nos  últimos tempos essa situação mudou muito. Vivemos já mais de uma década sem uma grande seca e, acredito, as políticas do  PT contribuíram para que a região  se desenvolvesse mais.

Os resultados obtidos  pelos estudantes nordestinos em concursos, no Enem, as  notas do IDEB, deixaram claro  que o Nordeste não é mais sinônimo de atraso.

Pernambucanos, baianos, paraibanos, cearenses e  alagoanos já não fogem mais para o "Sul Maravilha" como antes.

"A Triste Partida", no entanto, retrata uma realidade de pouco tempo atrás. E logicamente ainda existem bolsões de pobreza na região nordestina.

Pode ser que a finalização das obras de transposição do Rio São Francisco, a industrialização dos grandes centros da  região e outras ações possibilitem de vez a independência dos nordestinos.

Que cada vez precisarão  menos de se deslocar para São Paulo, Minas, Rio ou qualquer outro estado do país.


Segue um trecho da letra de A Triste Partida.

Rompeu-se o Natal

Porém barra não veio

O Sol bem vermeio

Nasceu muito além

(Meu Deus, meu Deus)

Na copa da mata

Buzina a cigarra

Ninguém vê a barra

Pois barra não tem

Sem chuva na terra

Descamba janeiro

Depois fevereiro

E o mesmo verão

(Meu Deus, meu Deus)

Entonce o nortista

Pensando consigo

Diz "isso é castigo"

Não chove mais não. 

quinta-feira, 8 de agosto de 2024

Robson conseguiu o óbvio, mas, e o plano de governo?

 

     


Certamente seria muito interessante que alguém pesquisasse a gênese da chapa Alan Clemente, pré-candidato a prefeito, e professor Kelvin, pré-candidato a vice-prefeito. O primeiro, filiado estrategicamente ao partido Novo, numa espécie de “vacina” contra uma possível rasteira do deputado Eduardo da Fonte, segurando o “bastão” do grupo Verde, depois da fraquejada dos eminentes; o segundo, indicado, acredite-se, pelo deputado chefão do PP, de quem se temia um daqueles golpes da capoeira, adaptados, claro, à política. Das duas, uma, ou a viagem surrealista foi além da imaginação de Salvador Dali, ou olharam para o deputado e enxergaram nele o esperto e inteligente filho da Dona Florinda, o Quico. Sem falar da corrupção de um princípio básico da física: um corpo não ocupa dois espaços ao mesmo tempo, ou seja, o Da Fonte que poderia rifar a pré-candidatura do Verde era o mesmo que iria indicar o pré-candidato a vice.

    Como o deputado Da Fonte poderia tirar Robson Ferreira do PL, depois dos 30 mil votos que teve, sendo 10 mil apenas em Santa Cruz, ostentando a condição de primeiro suplente da chapa do PP à Câmara Federal, podendo ser deputado federal por pelo menos quatro meses e propor uma perícia na Serra do Pará, para comprovar que ela é plana, sem lhe oferecer algo substancioso em troca? Algo do tipo pré-candidato a prefeito. Convencê-lo apenas com a chefia insignificante do PP municipal, para que ele coordenasse a possível chapa Clemente-Kelvin? Não faria sentido, como não fez e a convenção de segunda-feira, passada, dia 5 de agosto, mostrou. Todos sabem o quanto Robson é querido no meio político, por seu desprendimento, desapego a cargos, por seu sacerdócio em agregar pessoas e cores políticas em busca do bem comum do eleitorado. Por isso ficou muito evidente a torcida contra, a secada, a figa, para que lhe fosse negada uma legenda e ele tivesse a possibilidade rodar a cidade com sua proposta mais importante: uma foto com Bolsonaro.

       Necessário também que quem tem uma opinião mais refinada, pelo convívio diário com a análise política, faça pelo menos um cafuné nos dois professores, que se empolgaram com a “corda” que receberam. Tanto que, o que seria pré-candidato a prefeito cuidou logo de instagramar o carro-chefe da sua campanha: uma placa na PE 160, delimitando os limites de Santa Cruz com Pão de Açúcar, para que, assim, os empresários não confundissem as fronteiras e despejassem investimentos no município vizinho, Taquaritinga, pensando estar investindo em Santa Cruz. Já basta a compra de sítios, chácaras e fazendas na Terra do Café. Se sua filiação foi uma vacina para não ter a pré-candidatura rifada, pesquisaram o vírus errado. Sequer vai poder se apresentar como candidato a vereador, por obra do seu próprio grupo, que viria “forte”, como o Fortaleza, mas nem vai poder se apresentar porque não tem elenco, ou seja, o Verde não vem. Já o que seria pré-candidato a vice preparou uma sopa com os melhores ingredientes para demonstrar que na política o que parece ser uma “raposa”, na verdade é uma rolinha, dócil e inofensiva, incapaz de reagir ao ataque dos pardais, que lhe roubam os ninhos.

     Robson ganhou, é fato, ao ter sua candidatura homologada, mas está muito longe de levar. Não tem mais tempo para continuar blefando e pode se ver no verdadeiro lugar que os analistas lhe atribuem: disputando a terceira via com Anderson Silvestre. Isso porque não reconhecem o mérito dos seus 30 mil votos, atribuindo tal fenômeno à vinculação com o nome do primeiro presidente não reeleito da história, Bolsonaro. Ou seja, para os analistas, essa montanha de votos seria auferida por qualquer pessoa que se apresentasse, naquela ocasião, como nome do Jair em Santa Cruz. Faz muito sentido, apesar dos 500 votos do suplente Adilson, do Jerimum, não eleito mesmo se “batizando” com o nome do próprio ex-presidente. O agora homologado candidato a prefeito já perdeu várias batalhas na briga para patentear o bolsonarismo. Talvez precise de uns conselhos com um especialista, o Sebastião. Não conseguiu o controle do PL, não contou com a solidariedade do “homem lá de cima”, com quem sugeria uma interlocução privilegiada, não impediu nem tomou de volta o PL dos Vieira, não contou com a ajuda do sanfoneiro fanfarrão, o Machado, e, pelo que foi divulgado agora Santa Cruz não estará no roteiro do ex-presidente Bolsonaro, nesse primeiro périplo por Pernambuco, pós-convenções.

      Pelo fato de ser a “cidade mais bolsonarista de Pernambuco” e pelo prestígio que Robson insinuava ter com Jair, a passagem dele para comprar uma “brusinha” seria meio óbvia, como o agradecimento eterno da Seleção Brasileira de 1994 à cidade de Recife, ponto inicial da reação nas eliminatórias e, consequentemente, na conquista do Tetra. Sem foto com Bolsonaro, sem um vídeo de alguns segundos, pelo menos, mesmo que constrangedores, a candidatura homologada de Robson já começa na defensiva. Some-se a isso o fato da dupla do PP, Dafontão e Dafontinho, não terem comparecido à convenção na Câmara Municipal, como fizeram na cidade-mãe de Santa Cruz, Taquaritinga. Sim, a dupla esteve lá, Alan I e Alan III, para dar a força que não tiveram no Verde, suficiente para se lançarem na disputa, como em 2020. A presença da dupla até seria um “sinal” de que o Verde não acabou. Mas a percepção da cerimônia é que o candidato homologado vai ter muitos desafios pela frente, além do mais aparente, atrapalhar o grupo Azul, que fisgou o PL e, consequentemente, estocar o trio Anderson Ferreira, Adilson e Abimael. 

        Ao final da disputa e, se Robson sobreviver até lá, teremos seu verdadeiro tamanho eleitoral e a sustança da base política para apoiar o próprio Robson e Eduardo da Fonte em 2026, para estadual e federal, respectivamente. Pelo tamanho do risco e pela confiança que os proporcionais têm no deputado, imaginou-se que ele iria imitar os Verdes e não apresentar candidatura majoritária, liberando os pré-candidatos a vereador para que apoiassem o candidato da sua preferência, sem perigo de retaliação. Terminou contrariando a “torcida organizada” ávida por enfiar uma fatia de melancia branca na goela política de Robson, num evidente sinal de empatia, o mesmo que ele teve com os verdes naquele famoso áudio lombardino. Lembrando que Da Fonte prometeu para perto das convenções uma entrevista em que explicaria o rompimento com o prefeito Fábio. Blefou também. Assim como o fez ao garantir que seu PP não chegaria nem perto do partido que abrigasse a filiação do prefeito Fábio.

 Gisonaldo Grangeiro, "cearense" de Pernambuco, agrestino do Polo, professor efetivo da Rede Estadual de Educação do Estado do Ceará e da Rede Municipal de Educação de Fortaleza.

quinta-feira, 1 de agosto de 2024

Grupo de empresários declaram apoio a Alisson Dias


Às vésperas das eleições municipais, figuras de peso do empresariado de Taquaritinga do Norte declararam seu apoio ao candidato do grupo calabar, Alisson Dias que terá como vice na chapa Batata. Candidato da situação, a favorito no pleito desse ano, Alisson Dias vem cada vez mais garimpando apoios. 

Durante a reunião, que aconteceu na fazenda do Sr. Júlio, na quarta-feira 31, Alisson Dias falou dos avanços que pretende buscar para Taquaritinga do Norte, e que vai governar junto do povo e do grupo. Cada empresário falou durante a reunião, contou de suas participações em outras campanhas, e que confiam em Alisson pra administrar o município. Nomes como Béa, Júlio, Doca, Paulo de Pierre, Zé Mário, Valmir Marinheiro, Jorge Dias, Bá, Aguiru e Dudinha, Vava e Elias Araújo, se juntam a nomes que aderiram com Fabinho de Gravata e Ciel pra reforçar a campanha de Alisson e Batata.







sexta-feira, 19 de julho de 2024

No Dicionário do Verde, medo significa "passar o bastão".

         


Até quarta-feira, dia 10 de julho, ninguém sabia exatamente por que motivo o senhor Alan Carneiro “bi-desistiu” de voltar a disputar a prefeitura de Santa Cruz do Capibaribe. A divulgação da tal carta, em janeiro de 2023, deixou todo mundo com uma interrogação na cabeça: por que uma pessoa que bateu na trave para ser prefeito de uma das maiores cidades do interior de Pernambuco, do nada, divulga uma carta abdicando das disputas eleitorais, sem um motivo aparente? O mais lógico, em qualquer lugar, inclusive em Chorrochó, BA, seria fazer como fez o senhor Fernando Aragão. No outro dia após o pleito de 2016, já estava "em campanha" para 2020.

          Mas isso não foi o pior. Exceto o radialista Geraldo Silva, ninguém, nem o próprio Alan I, acreditou naquela lorota escrita.Tanto que ele alimentou por um ano a possibilidade de imitar o ex-presidente FHC: "esqueça o que eu escrevi". Foi preciso um segundo momento para confirmar que a carta era pra valer e, portanto, como símbolo do Verde, passou a navalha na expectativa de muita gente, principalmente de quem mudou de grupo político acreditando que Alan teria tutano para tirar a prova dos nove contra Fábio Aragão e, posteriormente, Helinho Aragão. Mas, até ali, todo mundo compreendendo suas ocultas razões, certamente de cunho particular, que não convinha trazer a público. Até que inesperadamente, numa entrevista aos radialistas Cilas Tenório e João Bosco, na Rádio Comunidade, o senhor Alan, tomado por uma franqueza inusual e surpreendente, revelou o verdadeiro motivo de não se apresentar na disputa de outubro pelo maior cargo da municipalidade: MEDO. Claro que, como verde, usou o eufemismo "passar o bastão", numa tentativa de convencer ninguém da sua fraqueza política.

          Foi essa condução desastrosa e patética do senhor Alan I a responsável pelo definhamento de um grupo político que se mostrou tão promissor logo na estreia do desafio eleitoral, em 2020. Na ocasião em que confirmou que estava “passando o bastão”, descobriu também que se encontrava sozinho para esse revezamento, ou seja, comunicou que ninguém da cúpula verde aceitara substituí-lo na missão de superar novamente o grupo Azul e abreviar a jornada do Vermelho à frente do leme municipal. Sendo assim, sobrou para o baixo clero, primeiro com Capilé, “cassado” uma semana depois pela falta de entusiasmo dos caciques e pelo fogo amigo de uma colega parlamentar, e depois com o professor Alan Clemente e seu entusiasmo juvenil. Este, porém, recebeu um inequívoco endosso dentro do grupo Verde. Parecia que, finalmente, uma cobaia se efetivaria como candidato, com dupla missão: uma formal, representando a presença do grupo na disputa, e outra eleitoral, como escudo para a covardia dos empresários. Uma votação pífia seria creditada ao candidato.

        O grupo sonhava também com o apoio do deputado Eduardo da Fonte e seu poderoso PP ocupando o posto de vice do professor Alan, estrategicamente filiado ao Novo, numa precaução contra uma eventual rasteira muito comum nas disputas eleitorais. Essa ilusão chegou até a empolgar outro professor, filiado ao partido de Da Fonte. Empolgação turbinada por analistas e postagens em redes sociais, sem muita sintonia com a lógica da política e de políticos raposas velhas como o chefão do Progressistas. Uma aposta pueril, uma vez que o PP tinha o “abacaxi” Robson registrado nas suas fileiras. E esse abacaxi não foi tirado do PL sem a promessa de uma contrapartida, uma posição de protagonista na eleição vindoura. Tratava-se de um suplente de deputado federal, com trinta mil votos no Estado, sendo dez mil apenas em Santa Cruz, ou seja, no município, Robson tem, até a próxima eleição nacional, o mesmo tamanho do mandachuva do PP.

        Para coroar essa chanchada do Verde, eis que o professor Alan, talvez sentindo o cheiro de queimado ou pressentindo que seu bastão seria tomado, logo após lançar sua principal proposta de campanha, uma placa na divisa entre Santa Cruz e Pão de Açúcar, resolve também entregar o bastão (nesse caso, não por covardia e medo) e ser mais um nome do grupo na galeria dos desistentes, deixando a meia dúzia de pré-candidatos a vereador na rua da amargura e da incerteza. Sem falar no outro grupo de proporcionais aprisionados no PP por causa da indecisão do senhor Alan I. Aliás, o próprio Valmir Ribeiro atribui a Alan Carneiro e sua hesitação a perda do controle do PSD e do MDB, estando agora reféns de Robson Ferreira e Eduardo da Fonte, já que o controle do Novo é tão firme quanto as pré-candidaturas do próprio grupo.

     O dia D está chegando, cinco de agosto, prazo final para todas as definições partidárias. Já está precificado que o “Verde não vêm” ou vem raquítico. Vai depender, mais uma vez, da decisão dos “diferentes”. Podem engolir o sapão Robson, num esforço para não prejudicar os pré-candidatos a vereador, tanto do Novo quanto dos aprisionados no PP; podem lavar as mãos e entregar à própria sorte quem acreditou na perspectiva eleitoral do grupo ou podem, finalmente, abrir fogo contra a dupla do PP, como se ela fosse a responsável pela marmelada em que os verdes se transformaram. Lembrando que o grupo saiu da eleição de 2020 com cinco parlamentares eleitos e hoje se encontra com três. Um não vai disputar a reeleição, outro está à mercê do G 14 (grupo que “atropelou” o devido processo legal contra um parlamentar) ou de uma decisão judicial e outra não se sabe se vai disputar. Passando esse tormento de 2024, é melhor entregar o grupo a quem entende de política, Anderson Silvestre ou Barbeirinho. Nesse grupo, tudo pode acontecer, inclusive, tudo.

 Gisonaldo Grangeiro, "cearense" de Pernambuco, agrestino do Polo, professor efetivo da Rede Estadual de Educação do Estado do Ceará e da Rede Municipal de Educação de Fortaleza.

terça-feira, 16 de julho de 2024

"A gente deixou transparecer que realmente não tem liderança, e vamos assumir a liderança" dispara Robson contra o grupo verde

 Com a desistência de Alan Clemente de ser candidato a prefeito pelo grupo verde, notícia que caiu como uma bomba no cenário politico de Santa Cruz, mostrando toda desorganização do grupo, um áudio de zap, de Robson Ferreira, poderá acabar de vez com o verde, ou causar um racha enorme no grupo.

Alan Clemente, foi anunciado como  pré-candidato já fazia cerca de dois meses referendado por Alan Carneiro e os demais do verde. O que eles não sabiam, era que aparentemente, Robson estava agindo por traz, e caiu no erro de enviar áudio com seu plano para alguém, que vazou o áudio.

Em outro momento, Robson já tinha enviado um áudio, afirmando que o candidato do verde seria Lombarde, em forma de zombaria, pela indecisão do verde na escolha da chapa. Além dessas polemicas, comprovadas em áudios, Robson já se envolveu em várias polemicas, como uma carta publicada por ele, atirando várias críticas ao presidente estadual do PL, Anderson Ferreira, um pouco antes da eleição de 2022. 

O áudio será veiculado amanhã, no programa Cilas Tenório, ao meio dia na Comunidade FM.

EX-GOVERNADORES DE SANTA CATARINA RECEBEM SALÁRIOS ESCANDALOSOS

 



Valor é maior do que o orçamento previsto para a rubrica orçamentária de "redução das desigualdades"

Mais de R$ 353 mil foi o valor pago, somente no mês de junho, para seis figuras políticas conhecidas que já exerceram o cargo de governador de Santa Catarina e que hoje são remuneradas com uma “pensão especial” no valor de R$ 39,7 mil, atualizada na surdina, sem registros oficiais acessíveis à população.

A soma equivale a 28 salários mínimos, e o montante despendido no mês de junho, contendo retroativos de R$ 58 mil para cada um, é maior do que o orçamento previsto para a rubrica orçamentária de “redução das desigualdades”, que faz parte do Fundo Estadual de Promoção Social e Erradicação da Pobreza. Com os retroativos, a renda de cada um deles, no último mês, chegou aos R$ 98 mil.

Eduardo Pinho Moreira, Esperidião Amin, Jorge Bornhausen, Leonel Pavan, Paulo Afonso Vieira e Raimundo Colombo são os pensionistas. Alguns deles ainda estão na vida pública, como Amin, que recebe, no senado, um salário de R$ 44.008,52, e Pinho Moreira, exonerado ano passado do cargo de Diretor Financeiro do BRDE, banco regional de desenvolvimento. Pavan deve disputar a prefeitura de Camboriú esse ano e Colombo, que já foi senador, tentou vaga no Senado no último pleito.

*Fonte: ICL Notícias

sexta-feira, 12 de julho de 2024

Cassação de Capilé: indevido processo legal


 Quem imaginaria que a sessão extraordinária da Câmara Municipal de Santa Cruz do Capibaribe, do dia 20 de junho, cuja pauta principal foi “assuntos correlatos a cassação do Vereador Cícero Cosme da Silva, bem como dos atos do presidente” terminaria, não só com a anulação da cassação aprovada no dia 13 de junho, como também na própria anulação de todo o processo? Tudo isso sem que o vereador Carlinhos da Cohab fosse na jugular de qualquer vereador, Vermelho ou Azul. Nem parecia aquele Carlinhos que “metralhou” a “farra do Take” promovida pelo presidente Zeba, acompanhado de muitos dos que guilhotinaram, irregularmente, o mandato do vereador Capilé, regada a Old Par e queijo provolone, segundo Carlinhos. Aliás, a tabelinha Nailson Ramos, Jessyca Cavalcante e Gilson Julião com Carlinhos da Cohab, no dia 20, parecia uma tão falada junção de cores políticas, tamanha a sintonia e o enlace político. Por pouco não surgiu o grupo roxo.

       Antes da sessão começar, já corria nos blogs de notícias e nas redes sociais que o presidente Zeba seria destituído do cargo por causa dos “atos” do dia 18 de junho, quando anulou a sessão de cassação do dia 13 de junho. Ou seja, alguém do grupo dos quatorze vereadores que iriam reconhecer a ilegalidade da cassação, por flagrante desrespeito ao devido processo legal e à ampla defesa, já antecipava à imprensa que destituiriam o presidente por supostamente ter infringido o regimento interno da casa, como também desrespeitado a “soberania do plenário”. Plenário este, cujos vereadores tiveram 60 dias para elaborar e votar um relatório sobre o resultado incontestável apurado pela CPI da reforma do plenário e deixaram para fazê-lo no último dia do prazo, como se a cassação do mandato de um vereador fosse um mero requerimento. A soberania  do plenário, reconhecidamente ilegal pelos próprios quatorze vereadores, não se sobrepõe à soberania do voto e, principalmente, à soberania da lei.

         Já no dia 13 de junho, o presidente Zeba alertou sobre a irregularidade de continuar a sessão extraordinária, pois o devido processo legal e a ampla defesa não foram garantidos ao vereador Capilé. Fez uma exposição endossada em parecer jurídico, disse que não presidiria a sessão e retirou-se do plenário. Mesmo assim, o grupo dos quatorze vereadores dos grupos Vermelho e Azul ignorou os alertas do presidente e resolveram continuar a sessão que resultou na cassação do parlamentar em questão. Lembrando que dentro do grupo há três advogados, um dos quais já presidiu a casa, portanto, dispunham de notória experiência para não consumar o ato que, sete dias depois, o mesmo grupo, com os mesmos três advogados, consideraria irregular, dando uma certidão positiva ao que o presidente Zeba falou no dia 13.

          O ato do presidente, no dia 18 de junho, anulando a sessão de cassação do vereador, mesmo com o respaldo jurídico da casa, é questionável. Pode-se sim acusá-lo de descumprir o regimento. Mas tal iniciativa não se assemelha ao ato dos quatorze vereadores, reconhecido por eles mesmos, qual seja, negar ao vereador Capilé princípios sagrados de uma democracia: devido processo legal e direito à ampla defesa e ao contraditório. Princípios estes inscritos e garantidos na lei Magna do país, a Constituição. Então, se nessa mesma sessão em que o grupo de quatorze vereadores reconheceu que as leis de garantias fundamentais não foram cumpridas no processo de cassação, também foi deliberado o afastamento do presidente para posteriormente ser destituído, como punição à suposta infração do regimento, qual seriam as consequências jurídicas para esse grupo de vereadores que feriram a Constituição? E nem precisaram ser questionados pelo vereador cassado. Cuidaram eles próprios de registrar nos arquivos da casa, na sessão do dia 20, que realizaram uma sessão irregular. Mesmo assim, contrariados com o presidente,  ainda iniciaram o processo de destituição do presidente Zeba.

       O roteiro do dia 20 pareceu ensaiado, tamanha a harmonia e sintonia entre os vereadores. Um deles pediu a abertura do processo de destituição do presidente, que foi acusado inclusive de agir para proteger um colega de grupo, no caso, o vereador Capilé. Nada mais pueril o presidente proteger Capilé dispondo de três votos contra quatorze dos grupos Vermelho e Azul. Ora, se foi assim, se zeba tentou proteger o colega de grupo, poder-se-ia dizer que os quatorze, como adversários, agiram para perseguir? È preciso alinhar certas teses para que não se assemelhem ao cinismo. Nada há em todo esse processo que configure uma atitude protelatória do presidente Zeba ou que tenha procurado dificultar a investigação ou a confecção e votação do relatório no conselho de ética. Tudo o que aconteceu, a partir do primeiro dia do prazo de sessenta dias que tiveram é responsabilidade exclusiva dos quatorze vereadores que votaram naquela sessão do dia 13.Tudo o mais foi consequência, inclusive os posteriores “atos do presidente”. ´

       A pressa de votar o parecer da comissão de ética, para que não fosse prejudicado com a exiguidade do tempo, protelado pelo mesmo grupo dos quatorze vereadores, terminou resultando no que queriam evitar. Ou seja, voltou tudo à estaca zero, tudo será reiniciado, agora cuidando em garantir ao vereador a ampla defesa e sem “atropelos” como destacou o vereador, advogado e ex-presidente Augusto Maia. Os lamentos da sessão do dia 13, onde todos expuseram a dor em ter de cassar o mandato de um colega, vão dar lugar agora ao mesmo sentimento de um felino espreitando a presa. Fizeram a lambança e estão contrariados com quem colocou o dedo na ferida. Nada podem dizer porque está tudo atestado na ata do dia 20. Se a Justiça não repuser as coisas no seu devido lugar, que a soberania do voto e das urnas o façam. Estão misturando atos legislativos com cores partidárias para justificar, proximamente, a cassação do vereador e a destituição do presidente.

           O poder legislativo é, naturalmente, mais exposto à crítica do “não faz nada”. Crítica essa endossada até por quem entende o papel de um vereador, que não tem nada a ver com “fazer”, e sim legislar e fiscalizar o executivo. A população não compreende bem a importância de um parlamentar. Deve ser por isso que muitas vezes se veem casas legislativas “jogando para a plateia”, com receio de serem mal vistas se seguirem os ditames legais. Não há ninguém que conteste a robustez do relatório da CPI e do parecer da comissão de ética. Mas não é isso que está em questão. O “julgador” não pode usar expedientes questionáveis, e nesse caso, reconhecido por ele próprio. Mesmo que a culpa seja óbvia, o processo tem de seguir o que determinam as leis, sem “atropelos”, mesmo que o fígado político implore por uma catarse. Mesmo que o vereador acusado não tenha sido diligente com seu mandato. Os sinais de “atropelos” são evidentes, que o vereador Capilé e o presidente Zeba busquem a mediação judicial. Isso também é democracia. Acomodar ou capitular cria uma “jurisprudência” para legitimar futuros contrariados.

 Gisonaldo Grangeiro, "cearense" de Pernambuco, agrestino do Polo, professor efetivo da Rede Estadual de Educação do Estado do Ceará e da Rede Municipal de Educação de Fortaleza.

PESQUISA QUAEST MOSTRA MELHOR AVALIAÇÃO DO GOVERNO LULA

 


Pesquisa Quaest divulgada hoje mostra que a "avaliação geral do governo" melhorou: entre maio e julho, passou de 33% para 36% o percentual daqueles que a consideram "positiva"; enquanto o percentual dos que avaliam o governo de forma "negativa" caiu de 33% para 30% no mesmo período (a avaliação "regular" caiu marginalmente de 31% para 30% entre maio e julho).

A avaliação do governo tem agora o seu melhor resultado desde dezembro passado. Lula retornou aos índices que havia conseguido em dezembro (36% "positivo", 32% "regular" e 29% "negativo").

Também quando a Quaest perguntou sobre a "aprovação do trabalho que o presidente Lula está fazendo", o resultado mostra um viés de alta.

Em maio, esta mesma questão revelava um país rachado ao meio: 50% aprovavam e 47% desaprovavam, um empate técnico considerando a margem de erro. 

A distância em julho aumentou: agora, 54% dizem que aprovam o "trabalho que Lula está fazendo" e 43% desaprovam.

A Quaest entrevistou entre 5 e 8 de julho 2 mil brasileiros acima de 16 anos em 120 cidades de todos os estados do país de forma presencial. A margem de erro é de dois pontos percentuais para mais ou para menos.

*Texto: Mídia Ninja. Foto: Lula Oficial

MORRE MAGDALENA, VIÚVA DO EX-GOVERNADOR MIGUEL ARRAES

 



Morreu na manhã desta quinta-feira (11), Magdalena Arraes, viúva do ex-governador Miguel Arraes de Alencar 

Magdalena tinha 95 anos e faleceu em casa,  nesta manhã. A ex-primeira dama era avó de Marília e da deputada federal Maria Arraes.

Era bisavó do prefeito Recife  João Campos e do deputado federal Pedro Campos. 

Segundo o Diário de Pernambuco, nenhuma mulher passou tanto tempo como primeira-dama de Pernambuco quanto Magdalena. Seu esposo, Miguel Arraes se elegeu governador três vezes.

Marília Arraes, que disputou o segundo turno da eleição de Pernambuco, em 2022, gravou um vídeo sobre a perda da avó. Ela disse que Magdalena viveu 95 anos "bem vividos", tendo tido o privilégio de conviver com ela, como neta, durante 40 anos.

segunda-feira, 1 de julho de 2024

Fernando Pierre declara apoio a Alissinho

 


O empresário Fernando Pierre, de família tradicional de Pão de Açúcar, esteve ao lado do prefeito Lero, e em conversa sobre  pleito de 2024,  declarou apoio a chapa do grupo calabar.

Fernando sempre foi um grande apoiador do grupo, e vai ajudar a manter Taquaritinga do caminho certo. Em conversa com nosso Blog, o prefeito Lero falou da alegria de contar com nomes que ajudaram em várias vezes em que ele foi candidato, e que ajudaram o grupo calabar a ter a força que tem hoje. "É uma enorme satisfação poder contar com apoio de amigos de longas datas, que nos ajudaram sempre e que ajudaram o grupo calabar, o grupo do povo a ter a força que tem hoje. Fernando é uma amigo meu e do grupo, e é muito bom ter pessoas amigas ao nosso lado", disse Lero. 

Marcão também aparece na foto, ao lado de Fenando e Lero. Marcão também ajudou a construir a história do grupo calabar, e também vai continuar ajudando deixar Taquaritinga no caminho certo. 



terça-feira, 25 de junho de 2024

"A nota dele quem deu foi os tribunais" disse Lero em resposta a Zeca Coelho

 
Na ultima sexta-feira (21), a política de Taquaritinga do Norte pegou fogo, em entrevista ao radialista Edson Ferreira da Filadélfia FM, o ex-prefeito de Taquaritinga e ex-membro do grupo calabar, Zeca Coelho, teria dado nota zero, a forma como o atual prefeito Lero Mestre conduz a politica de Taquaritinga do Norte.

Logo após a entrevista de Zeca, Lero também concedeu uma entrevista no mesmo programa da radio Filadélfia, onde soube da nota dada por Zeca. Quando perguntado por Edson Ferreira que nota Lero dava a Zeca, Lero respondeu de forma enérgica e dura. "Eu não vou da nota a ele, porque quem deu a nota dele foi os tribunais de todas as instâncias, e o povo na eleição de 2020 que colocou ele pra casa". disse Lero.

A resposta pegou a todos de surpresa, pois além de muito pacífico, dificilmente se ver Lero responder aos adversários no mesmo tom. A resposta de Lero foi elogiada por todos do grupo calabar do distrito de Pão de Açúcar, que tem uma rejeição enorme pela dupla Zeca e Evilásio.   

Thaynar Cesar será candidata a vereadora pelo grupo calabar

As mulheres ganharam mais protagonismo ainda, nas eleições de 2022 aqui em Pernambuco, quando três mulheres conseguiram ser eleitas na disputa majoritária para os cargos de Governadora, vice governadora e senadora. Inevitavelmente com as eleições da primeira mulher governadora e da primeira senadora da história de Pernambuco, a temática feminina estará presente na eleição municipal que se avizinha. É fundamental estar de olho que a virada de chave no protagonismo estadual das mulheres também chegará como um efeito cascata nos munícipios.

Nesse quesito o grupo calabar tem se destacado tanto na gestão do prefeito Lero, com praticamente metade dos cargos comissionados ocupado por mulheres, como na disputa eleitoral, colocando a representatividade feminina com força em todos os setores da sociedade.

E mais uma mulher surge para abrilhantar ainda mais a disputa no legislativo, a jovem Thaynar Cesar, que é natural da comunidade do Tatus, e que hoje reside no distrito de Pão de Açúcar, vai disputar uma cadeira na casa do povo.

Além de blogueira e trabalhar como modelo, Thaynar é técnica de enfermagem no CAPS de Pão de Açúcar, mas também já trabalhou no PSF da Serrinha. Jovem e com boas ideias, Thaynar tem uma família tradicional em Taquaritinga do Norte, que certamente vai ajudar ela na disputa legislativa.

segunda-feira, 10 de junho de 2024

Carlinhos Bala

        


 A base parlamentar do prefeito Fábio tem sete vereadores, quatro eleitos: Augusto Maia, Flavio Pontes, Carlinhos da Cohab e Vando da Sertec e três "pula-pula" (expressão do jargão eleitoral para dizer que a convicção de um político é sólida como uma gelatina). Com exceção do vereador Vando, um caso à parte na relação com o prefeito, e fora o vereador Carlinhos, nenhum dos outros cinco precisam suplicar ao articulador político do prefeito, Galego de Mourinha, uma audiência com o chefe da municipalidade. Carlinhos teve um problema lá atrás, pareceu sério, tanto que pensou em desistir da vida pública. Voltou a ter, recentemente, justamente por causa de um "pula-pula". O chegante já sentou na janela do avião, fazendo inveja a Romário, enquanto o fiel escudeiro do senhor Fernando Aragão está sentado na classe econômica. E quem dos seis outros vereadores bota a cara nas redes sociais pelo prefeito? Simplesmente inexistem nos grupos de rede social publicações de Emanuel Ramos, Irmão Soares, Flavio Pontes, Vando da Sertec, Augusto Maia. Eventualmente o vereador Gilson se manifesta na tribuna do legislativo.

           Mas o programa semanal do vereador Carlinhos, a Voz do Pavão, mais parece o exército da Rússia na defesa do prefeito. E pergunta-se: por que o vereador se expõe além do limite para defender a gestão, se esta mesma gestão oferece em troca a companhia do Doutor Nanau na chapa proporcional de Carlinhos e com suposto up grade eleitoral do apoio de dois figurões do Foguetinho? E qual o porquê desse último vídeo do vereador Carlinos falando como se deram as articulações finais em 2020, que, enquanto os socialistas se articulavam para lançar um candidato, Eduardo da Fonte já tinha resolvido lá em Recife com o monge Rasputin do governador Paulo Câmara? Esse TBT tem recados, para muitos e para muitas direções, mas o principal é que parece uma "vacina" do vereador dizendo: "eu sou raiz, eu sou fiel, eu acreditei desde o início, eu fiquei até o fim. Ouviu, senhor... ?"  

           Mesmo com a concorrência interna de olho no mandato dele, o vereador Carlinhos abriu nova frente de batalha, agora com o pré-candidato do grupo Verde, o professor Alan Clemente, que ainda não é viável, que ainda não tem o apoio fechado do PP, leia-se Eduardo da Fonte, que é um reserva efetivado na titularidade porque os titulares cantaram aquela célebre música do Nelson Ned: "mas  eu fiquei com medo, medo, o eleitor me dá medo, medo, acho que é muito cedo, cedo, pra eu me recandidatar". O que o vereador Carlinhos ganha com esse belicismo? Vai reconquistar a submissão do prefeito? Vai intimidar o "super" ou o "sub"? O beneficiário desse belicismo, o prefeito Fábio, endossa essa postura agressiva do vereador? O empresário Alan César pediu desculpas e se disse mal interpretado ao usar o termo “milícias” com simpatizantes do grupo Vermelho. O prefeito não pediu desculpas pelo destempero das Terezinhas e o vereador, no segundo programa, aumentou a carga. Está sendo cirúrgico ou infeliz?

            Lembrando que um dos que se queixaram da fala do empresário sabe muito bem o tempero que Carlinhos costuma usar com seus desafetos. No sábado, primeiro de junho, Carlinhos disparou: "Em breve vocês vão saber quem é esse professor metido a honesto"; "Vem bomba, bomba que a gente vai soltar aqui nesse programa". E questionou se o professor Alan Clemente trabalhou no RH da gestão Edson Vieira, perguntando em seguida: "por que saísse?" O vereador não revelou nada, por enquanto, exceto as sugestas. Vai aguardar a oficialização da candidatura do professor, ou seja, se não se efetivar, ele guarda a munição? Uma vez confirmada, ele dispara? E aconselhou o grupo Verde a procurar saber por que o professor saiu da gestão Azul. No último programa, dia oito de junho, voltou à carga acusatória, mesmo diante de um constrangido Jairo Gomes, tio do professor. O “Cangaceiro” não deixou de lembrar ao vereador uma máxima que circula no mundo jurídico: “cabe ao acusador o ônus da prova” Mesmo assim Carlinhos não arrefece. Ou tem as provas e não mostrou ao seu fiel companheiro de programa e jornada eleitoral, ou não as tem e se arrisca a consequências jurídicas como aconteceu com o caso da “prevaricação”.

           Mas também espera-se da parte do Verde e, principalmente do professor Alan, uma reação firme e veemente para as acusações que lhe são dirigidas, notadamente porque o trunfo eleitoral do professor e do grupo dele é que são “diferentes” dos políticos tradicionais do Azul e do Vermelho, mesmo que vivam cortejando o apoio eleitoral do deputado Da Fonte, raposa velha da política. Mesmo que no seio do grupo tenha um vereador que presidiu a Câmara Municipal e está agora no conselho de ética e na mira do MP. Mesmo que um outro vereador esteja na presidência da Câmara, era tido como potencial nome para prefeito agora em outubro e não vai disputar sequer a reeleição. O grupo Verde vai rifar seu pré-candidato, que teve a coragem de pegar o abacaxi recusado pelos expoentes? Vai deixar o vereador Carlinhos, e não os eleitores, abater a pré-candidatura do professor? E o que deve estar achando o deputado Eduardo da Fonte desse tiroteio disparado pelo vereador?

         Do ponto de vista eleitoral, não é certo que Carlinhos da Cohab reforce seu quinhão de votos seriamente ameaçado dentro de sua chapa. Como também não é certo que vá ganhar pontos com o prefeito e seu entorno por fazer uma defesa tão contundente da gestão. Como fez também no caso do sumiço do milho. A percepção, inclusive do próprio parlamentar, é de que a torcida é forte para que não  esteja entre os dezessete legisladores após a contagem dos votos. Então, não se compreende porque tem uma atuação tão agressiva, que constrange até os próprios correligionários. Se dependesse de barulho, companheiros do vereador Carlinhos não estariam  na lista dos “certos” para a reeleição.

       O professor Alan não representa qualquer ameaça à reeleição do prefeito Fábio. È apenas um nome do partido Novo para  representar os verdes na disputa. Não dispõe de tempo nas emissoras para fazer sua campanha e não tem nenhuma certeza de que PP lhe dará suporte como vice. Nem o próprio pré-candidato sabe quem são os nomes para a chapa proporcional e duvida-se que os conhecidos empresários do grupo deem o suporte financeiro na proporção que uma campanha exige, exceto se for apenas para figurar na disputa. Portanto, ainda não é um alvo estratégico a ser abatido e se estranha que a artilharia do vereador já esteja alvejando o professor. Mas, uma coisa é certa: dois personagens estão felizes com o infortúnio do pré-candidato do Novo e não é preciso dizer quem, de tão óbvio. A incógnita é se o jogo é combinado. E agora que é preciso prestar atenção à semântica das palavras para que as igrejinhas não deem a elas uma conotação maliciosa, a “bala” citada no título não se refere ao artefato bélico que vez por outra encontra um corpo andando pelas ruas do Rio de janeiro, que partem perdidas e depois são achadas.


Gisonaldo Grangeiro, "cearense" de Pernambuco, agrestino do Polo, professor efetivo da Rede Estadual de Educação do Estado do Ceará e da Rede Municipal de Educação de Fortaleza.

NO RECIFE CAI O PREÇO DA GASOLINA, DO ETANOL E DO ÓLEO DIESEL

 


No Recife a gasolina teve redução no preço de 0,75, durante o mês de maio. O etano também ficou mais barato, 0,70%. A maior redução foi do óleo diesel, 0,95%.

O Loteamento Nova Vitória teve o menor preço no diesel e na gasolina, enquanto Ponto de Parada registrou a menor média para o etanol

Levantamento exclusivo foi feito pela ValeCard, empresa especializada em soluções de mobilidade, com base em transações realizadas em mais de 25 mil estabelecimentos credenciados em todos os estados do Brasil.