Prezado Dimas,
Embora a constituição brasileira defenda claramente que o Estado é LAICO, ou seja, SEPARADO DA RELIGIÃO, me espanta que você tenha dito na rádio Vale AM no dia 20/01/2011 que um político só pode ser honesto se for temente a Deus. Nada mais discriminatório e imoral do que isso não é Dimas?
Não parece contraditório que você, um advogado, e mais ainda, um servidor público democraticamente eleito use um microfone de uma rádio, cuja a concessão também é pública, para pregar a discriminação para com aqueles que não tem fé nenhuma? Ao dizer isso você sujou seu nome enquanto Vereador, Advogado e Cidadão.
Dizer que uma pessoa só é honesta se for temente a deus é tão absurdo como dizer que uma pessoa só é honesta se for branca, por exemplo. Tudo isso não passa de discriminação brutal e desumana com a qual você tem contribuído. Talvez você esqueça que muitos dos maiores ditadores sanguinários que a humanidade já conheceu acreditavam também em deus, temos como exemplo Hitler, Francisco Franco, Mussolini, Napoleão, Papa Doc e Baby Doc . Políticos corruptos como Collor, Maluf, Roberto Jeferson, Severino Cavalcanti, ou até um certo ladrão de merenda se mostram extremamente religiosos e nem por isso são honestos. Será que você joga no time deles? Creio que não.
Quero lembrar a você que não estou dizendo que estes sejam corruptos por causa da fé, mas venho lembrar que religião não define caráter de quem quer que seja. É uma opção pessoal e não torna ninguém melhor ou pior. Pessoas boas e ruins existem entre cristãos, espíritas, ateus e etc.
Apenas lembro que os descrentes em deus (deuses) também trabalham, tem família, objetivos e contribuem para o bem estar da sociedade como qualquer pessoa. Então Dimas por que esse rancor todo a pessoas que são totalmente portadoras de direito perante a lei como você?
Dimas Dantas você pode simplesmente pedir desculpas e limpar seu nome enquanto Cidadão, Vereador e Advogado, ou pode escolher ser mais um daqueles que fazem parte do esgoto da política que lutam pelo poder apelando apenas para a ingenuidade popular a qual tanto lutamos para concertar.
Estou esperando pra ver qual a sua escolha.
Por Mário Júnior - Historiador
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