Dr. Paulo Lima*
Foto: Arquivo Pessoal Dr. Paulo Lima |
Nestes últimos dias não acessei os blogs de nossa região. É que o tempo disponível que me resta está cada vez mais curto em razão das atribuições do meu cargo na Procuradoria Regional Federal. E o mais engraçado em tudo isto é que o mandatário da Prefeitura (será que devo mesmo usar este adjetivo?) ainda tem a audácia de, não raras vezes, insinuar que sou um desocupado. Só mesmo em Taquaritinga...
Mas, voltando ao tema, acessei agora há pouco o blog de Júnior Albuquerque e me deparei com uma matéria interessante, postada hoje, 22 de fevereiro, sob o sugestivo título: “OS MERCENÁRIOS DA POLÍTICA DE TAQUARITINGA QUEREM IMPLANTAR A LEI DA MORDAÇA.”
Na matéria, por sinal bem pertinente, o articulista político alerta que estão ameaçando processá-lo por estar denunciando o uso dos cofres públicos municipais para compra de apoios políticos em nossa cidade.
E, pergunto: onde está a novidade?
Ora, é do domínio público que nos últimos dias vários apoios têm sido comprados em nossa cidade e o dinheiro certamente não está saindo do bolso desses “senhores”, (se é que podem assim ser chamados), hipócritas e corruptos, travestidos de vestais mas, que, na verdade não passam de hienas famintas saciando a sua fome nas magras tetas da Prefeitura!
Mas, volto a indagar: onde está a novidade?
A verdade é que os ideais e os princípios éticos na política estão cada vez mais raros, como mais raros são os personagens que pregam e praticam uma política voltada para a defesa intransigente dos verdadeiros anseios da coletividade. O que vemos são personagens defendendo interesses pessoais em nome de uma coletividade, quando em verdade estão tentando se perpetuar no poder.
E de quem é a culpa?
Certamente não podemos colocar a culpa no povo, pois nenhuma culpa lhe cabe.
Também não podemos colocar a culpa nos ombros desses pobres coitados, que estão vendendo a preço de ocasião o pouco que lhe restava de sua dignidade.
Absolutamente não!
Devemos, sim, antes de tudo, fazer uma “mea culpa”, uma reflexão, e nos perguntar se também não temos nossa parcela de culpa por este estado de coisas. Sim, pois não é de hoje que se faz uso de tal prática em nossa cidade, reprovável sobremaneira, cumpre salientar!
Em verdade, meus caros, política se faz com coragem, renúncia, despreendimento, abnegação e, principalmente, com honestidade, valores estes que a cada dia estão mais raros.
Um abraço a todos.
*PAULO ROBERTO DE LIMA é graduado em Filosofia pela Universidade Católica, bacharel em Direito pela Faculdade de Direito do Recife e atualmente exerce o cargo de Procurador Federal
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Por favor, registrar E-mail